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O Gabinete de Crise do governo federal para reverter o apagão que já dura três dias no Amapá lançou três planos para a recuperar a eletricidade no estado em reunião no Palácio do Setentrião, sede do executivo estadual, nesta quinta-feira (5). Entre as propostas está a recuperação de um dos transformadores queimados e que pode restabelecer cerca de 70% da energia do Amapá hoje.

 

O apagão provocado em todo estado começou após um incêndio de uma subestação de energia localizada na Zona Norte da capital. No momento do sinistro, chovia bastante em Macapá e havia muitos raios.

 

No encontro emergencial estiveram presentes o governador do estado Waldez Góes, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, secretários estaduais, que compõem o comitê de crise do estado, como as pastas de Segurança e Saúde, Defesa Civil e a gestão da Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA).

 

Apenas os municípios de Oiapoque, no extremo Norte, e Laranjal do Jari e Vitória do Jari, no extremo Sul, têm energia, pois são alimentados por sistemas isolados.

 

Juntos, eles tem cerca de 96 mil habitantes, o que equivale a 11% da população do Amapá, estimada em 861 mil moradores pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Cerca de 750 mil habitantes do estado seguem sem eletricidade. Apenas a capital Macapá concentra 512 mil pessoas, cerca de 59% do total de amapaenses.

 

Durante a coletiva, foi informado que os três transformadores da subestação que pegou fogo ficaram comprometidos e que não houve a possibilidade de remanejamento, substituição ou reaproveitamento de peças, o que impossibilitou o reparo das máquinas e inviabilizou religamento da estação.

 

Albuquerque declarou que a proposta de recuperação de uma das máquinas (a menos comprometida) pode levar até 48h. Os outros dois planos consistem em mobilizar a logística de dois transformadores, de quase 100 toneladas cada, um do município de Laranjal do Jari, e outro de Boa Vista, capital de Roraima.

 

O gerador mais próximo, situado no estado, deve demorar cerca de 15 dias para funcionar na subestação atingida pelo incêndio, pois além do peso durante a logística, que deve ser via fluvial, ainda há o desmonte e montagem de peças, bem como o transporte de 30 mil litros de óleo para cada máquina.

 

O mesmo processo funciona para o transformador de Roraima, que deve demorar aproximadamente 30 dias para estar instalado, pois ainda passa por Manaus, no Amazonas, antes de chegar ao Amapá. Ele deve servir como um reforço complementar ao primeiro transformador.
O Gabinete de Crise do governo federal anunciou que mais uma máquina que faz a testagem e a filtragem do óleo deve chegar de Belém, no Pará, para auxiliar o funcionamento das máquinas.

 

O terceiro plano consiste na compra de geradores de energia, originais do Amazonas, para suprir eventuais necessidades durante a recuperação da eletricidade no estado.


O ministro frisou que, pela manhã, ocorreu uma reunião no Palácio do Planalto, coordenado pela Casa Civil da Presidência da República, Ministério de Minas e Energia, da Defesa, da Infraestrutura, Economia entre outras agências para determinar medidas logísticas que devem ser implementadas para trazer os transformadores das localidades até Macapá e minimizar os danos causados pelo apagão. Com informações do G1. 

Fonte:Bahia Notícias
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