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Há dois mil anos atrás, Jesus Cristo viveu em uma sociedade em que apenas uma pequena parcela da população era letrada. Pesquisadores, entretanto, apontam evidências de que o filho do carpinteiro era instruído e poliglota, conforme explica o paleontólogo Jack Wilkin, em artigo para o portal Ancient Origins.

Jesus morou na Judeia, que fica ao sul de Israel e tinha como língua franca o aramaico. Mas fatores apontam que o Messias também falava o dialeto galileu da língua aramaica, além de hebraico, grego e, talvez, latim.

O hebraico era amplamente utilizado por lideranças judaicas, e Cristo conviveu e debateu com os mestres da Lei usando o idioma. Ainda quando menino, Ele passava dias na sinagoga, conversando e fazendo perguntas. O texto no capítulo 2 de Lucas, diz que as pessoas admiravam seu entendimento e esperteza precoces e mostra que, apesar da origem humilde, o Nazareno tinha instrução e excelente compreensão das Escrituras judaicas. Mais tarde, quando adulto, Jesus retorna à sinagoga e, conforme diz o capítulo 4 de Lucas, lê em público uma passagem do livro do profeta Isaías, escrita em hebraico, idioma usado no Antigo Testamento.

Acredita-se também que Cristo era versado em grego e latim, linguagens dos conquistadores romanos. Na época, o Império dominava o Oriente Médio, e a região foi fortemente influenciada por eles. A compreensão do grego explicaria a conversa entre Jesus e Pôncio Pilatos.

CARTA AO REI ABGAR V
Historiadores apontam também uma possível troca de correspondências em grego entre Jesus e o rei Abgar V de Edessa. A carta de resposta de Cristo é de extrema importância para os estudiosos da Bíblia, pois, se for de fato autêntica, seria o único documento escrito por Ele que sobreviveu até hoje.

Na carta, o rei Abgar V fala sobre sua curiosidade a respeito dos feitos de Jesus, revela sua fé e pede para que Ele o visite.

“Abgar, governante de Edessa, a Jesus, o bom médico que apareceu na terra de Jerusalém, saudação. Ouvi relatos a seu respeito e de suas curas, realizadas sem ajuda de remédios ou ervas. Pois é dito que você faz o cego ver e o coxo andar, que purifica os leprosos e expulsa espíritos e demônios impuros, e que cura os aflitos com doenças persistentes e ressuscita os mortos. E tendo ouvido todas essas coisas a seu respeito, concluí que uma das duas coisas deve ser verdade: ou você é Deus, e tendo descido do céu faz essas coisas, ou então é o filho dEle…”

Jesus, então, teria respondido de próprio punho, também em grego, ao rei Agar V.

“Abençoado és tu que acreditaste em mim sem me teres visto. Porque está escrito a meu respeito que aqueles que me viram não acreditarão em mim e que aqueles que não me viram acreditarão e serão salvos. Mas, em relação ao que me escreveste, para que eu vá a ti, é necessário que eu cumpra todas as coisas aqui para as quais fui enviado. Depois de as ter cumprido, assim, ser levado novamente para aquele que enviou mim. Mas, depois que eu for arrebatado, enviarei a você um dos meus discípulos, para que ele cure a sua doença e dê vida a você e aos seus.”

A Bíblia também mostra que Jesus era letrado, apesar de, mesmo um século depois de Cristo, apenas de 5 a 10% da população da Judeia ser alfabetizada. O texto do capítulo 8 do Evangelho de João, por exemplo, relata o momento em que Jesus impede uma mulher flagrada em adultério de ser apedrejada por um grupo de mestres judeus. O famoso trecho conta que Cristo se abaixou e escreveu algo na terra antes de dizer a célebre frase “atire a primeira pedra aquele que não tiver pecado”.

Fonte:Pleno News
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