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Jul / 2022 |
Nome de Terence para suplência teve indicativo de pacificação na federação por Éden, diz O |
A indicação de Terence Lessa (PT) para a suplência de Otto Alencar (PSD) (relembre aqui) ainda movimenta os bastidores políticos da Bahia. De acordo com Otto, a sinalização de que o nome de Terence seria ponto pacificado dentro da federação - composta por PCdoB, PV e o próprio PT - teria partido do presidente estadual petista, Éden Valadares.
"Éden me trouxe como uma coisa pacificada, que não houve nenhuma reação por parte dos partidos que estão na federação. Depois eu vi algumas notas que foram colocadas, mas coisas que podem ser superadas com o entendimento entre as partes. Interessante que não houve em nenhum momento nenhum líder do Partido Verde que tivesse me procurado para tratar do assunto. Do PCdoB, lá atrás no início eu fui chamado pelo presidente Davidson Magalhães, ele me procurou para uma conversa preliminar e disse a ele que ia esperar uma solução da federação porque não eu não ia aceitar de um [único] partido. E eu achava que estava tudo normal", disse Otto ao Bahia Notícias.
O senador ainda apontou que jamais cogitou indicar alguém do PSD na suplência."Eu sempre achei que a federação deveria encaminhar um nome. Depois de muito tempo, o presidente do PT, Éden Valadares, me trouxe o nome de Terence Lessa. Eu sou municipalista e acho que as coisas acontecem muito no município, não só na capital, poderia ser qualquer prefeito. E eu achava que poderia ser um prefeito ou ex-prefeito e o Éden me trouxe Terence Lessa, como já tinha me apalavrado que seria alguém que fosse prefeito ou ex-prefeito, eu aceitei o nome", pontuou.
A divulgação do nome de Terence para a vaga causou um grande desconforto entre o PCdoB e o PV. Ambas legendas divulgaram notas criticando a definição e apontaram que a escolha teria sido feita de "forma unilateral" (reveja aqui e aqui). O presidente do PCdoB na Bahia, Davidson Magalhães, chegou a revelar que esperava que o PT desistisse da indicação e não escondeu sua insatisfação com a escolha (relembre aqui).
Apesar disso, a indicação de Terence não terá nenhum passo atrás, segundo Otto. "Zero. Não volto atrás com minha palavra. Eu dei declaração que é o Terence, dei minha palavra e não volto atrás. Foi aceito. Éden me trouxe como nome da federação e não tem chance de mudança", sinalizou o senador.
Otto também pontuou que "disse à federação que poderia e teria direito de não aceitar" o nome indicado. Anteriormente, ao Bahia Notícias, Otto apontou que qualquer candidato ao Senado tem direito de escolher o seu suplente" (veja mais aqui).
"Eu sou senador com mandato. Poderia vir um nome que eu não aceitasse, que não tivesse liga. Mas aconteceu que o Terence é amigo, conheço ele, foi um bom prefeito em Ibotirama e não teve problema. O senador não pode receber de cima para baixo 'vou botar esse e é esse mesmo'. Comigo não é assim. Não faço isso com ninguém, debato muito. Só que a federação trouxe o Terence e eu aceitei, quem me trouxe foi o presidente do PT, Éden Valadares, dizendo que estava tudo pacificado dentro da federação, por isso não houve nenhum problema da minha parte", finalizou.