A cesta básica de Feira de Santana caiu 0,34% em julho e encerrou o mês com o valor de R$ 519,46, segundo informações da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). No ano, entretanto, a cesta básica registrou elevação de 11,46% e, em 12 meses, o incremento foi de 21,02%.
A equipe de pesquisadores do curso de Ciências Econômicas da Uefs informou que, dos 12 produtos que compõem a cesta, sete tiveram seus preços médios majorados nesse mês em Feira de Santana. O grupo trabalha no Programa “Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos”.
As maiores elevações foram verificadas para: Leite (21,72%); Banana-da-prata (8,13%); Manteiga (4,37%). Dos produtos que registraram queda de preço médio, os mais significativos foram: Tomate (-15,77%); Óleo (-7,55%); Feijão (-3,50%).
Em 12 meses, a variação da cesta básica foi de mais 21,02%, sendo as maiores altas de alimentos observadas no: Café (71,94%); Leite (64,36%); Farinha (35,31%); Óleo (34,69%); Feijão (32,63%).
Os únicos dois itens que tiveram queda de preço médio foram: Arroz (-4,59%); Carne (-0,17%). Os demais produtos que compõem a cesta básica apresentaram elevações de preços médios variando de 20% a 30%.
Refeições
O prato de almoço, constituído de arroz, feijão e carne, em Feira de Santana correspondeu a 36,11% do valor da cesta básica de julho, percentual inferior ao observado em junho 36,86%. Segundo a Uefs, os três alimentos citados registraram queda de preço médio em julho.
O café da manhã convencional, por sua vez, que reúne pão, manteiga, café e leite, representou 33,34% do custo da cesta – percentual maior que o verificado no mês anterior, de 30,87%.
Nesse caso, a explicação é o fato de que todos os quatro itens apontados terem seus preços médios majorados no mês de julho, com destaque para a elevação do preço do leite, de 21,72%.
Participação da cesta básica no salário mínimo
Quanto à participação da cesta básica no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador comprometeu 46,33% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos alimentares em julho.
Trata-se de um comprometimento de 0,16 ponto percentual a menor que o calculado em junho (46,49%).
Em relação ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, constata-se um dispêndio de 101 horas e 56 minutos. Isso significa uma redução de 21 minutos do tempo de trabalho do feirense que recebe o salário mínimo para adquirir a cesta em relação ao observado no mês anterior.