O Ministério da Saúde decidiu prorrogar as campanhas imunização contra a poliomielite e a de multivacinação até o final do mês, diante da baixa adesão. As campanhas começaram no dia 8 de agosto e iriam até a próxima sexta-feira (9).
Quase um mês após o início da campanha contra a poliomielite, apenas 35% das crianças de 1 a 4 anos tomaram a vacina, segundo dados da pasta. A meta é vacinar 95% do público-alvo, cerca de 14,5 milhões de pessoas.
O PNI (Programa Nacional de Imunizações) recomenda a vacinação contra a pólio de crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade.
O esquema é feito com duas doses de injeção aos 2 e aos 4 meses de idade e uma gotinha aos 6 meses. Depois disso, a criança deve tomar uma dose de reforço aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade.
A doença, também chamada de paralisia infantil, provoca o comprometimento do sistema nervoso, levando à paralisia de membros e alterações nos movimentos. Em alguns casos, pode ser fatal.
A poliomielite foi erradicada do país em 1994, mas a baixa cobertura vacinal e o crescimento de movimentos antivacina preocupam autoridades e especialistas da área.
Já a campanha de multivacinação busca incentivar a atualização da caderneta de vacinação de crianças e jovens até os 15 anos de idade.
Estão disponíveis 18 vacinas do PNI, como a tríplice viral, a tetra viral, a penta valente, a de febre amarela, a de HPV, a VOP, a meningocócica C, e as de hepatite A e B.
Para tentar aumentar a cobertura vacinal, 38 mil postos de vacinação ficaram abertos em todo o país no Dia D da Campanha Nacional de Vacinação, em 20 de agosto.
As duas campanhas de vacinação coincidem com a de Covid-19. Segundo o ministério, as vacinas poderão ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo na população a partir de três anos de idade.