A candidatura de Jerônimo Rodrigues (PT) tem recebido uma enxurrada de apoios. O Patriota, que estava com o deputado federal João Roma (PL), e o PSC, que estava com ACM Neto (União), se juntaram às fileiras governistas nesta semana. Mas o grande rival do PT no segundo turno minimizou os abandonos à sua campanha e afirmou que também terá adesões nos próximos dias.
"Alguns estão indo, outros estão vindo. Vamos ter muito mais adesões, com muito mais peso eleitoral do que eventualmente estão anunciando apoio ao candidato do PT. Estamos tranquilos com isso. Vamos ter uma sequência de anúncios durante esses dias", afirmou ACM Neto.
Ao ser perguntado se mantém conversas com seu ex-aliado João Roma, Neto respondeu que não fez contato direto com o deputado, mas que interlocutores têm conversado sobre o tema. Além disso, segundo o ex-prefeito de Salvador, as pautas em comum entre os dois devem fazer com que o eleitorado do parlamentar se junte ao dele no segundo turno.
"Não tivemos ainda um contato direto, mas nossos aliados vêm conversando. Entendo que o eleitor de João tem uma identidade, uma aproximação, afinidade, muito maior conosco. Por nossas pautas: agenda da familia; cristãos; o apoio macico dos evangélicos; de toda parte do agro; dos policiais; pautas como a defesa da vida, ser contra a legalização do aborto, a menos em casos previstos em lei; contra legalização das drogas. Nosso desejo é gerar essa sinergia, para poder ter esses eleitores do nosso lado no segundo turno", disse Neto.
Uma possível fusão entre o União Brasil e o PP também foi abordada por ACM Neto. Ele disse ainda não ter sentado para conversar sobre o tema com os dirigentes das legendas, mas não descartou a possibilidade para o futuro.
"Só consigo ter olhos para a Bahia e foco para eleição de governador. Eu não deixaria de conversar e avaliar as condições. Não sentei para tratar desse assunto nem com dirigentes do União Brasil e nem com o do Progressistas", concluiu.