O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinou que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) e as polícias militares dos estados tomem ações imediatas para liberação de vias ocupadas por caminhoneiros bolsonaristas.
A decisão de Moraes, dada na noite desta segunda-feira (31), ordena ainda a prisão imediata do diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, em caso de omissão e inércio da PRF em não adotar nenhuma providência para liberação das rodovias, além de multa de R$ 100 mil por hora pelo crime de desobediência.
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), incluindo caminhoneiros, iniciaram na noite deste domingo (30) bloqueios ilegais em estradas pelo país em protesto contra o resultado das eleições, que teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como vencedor na disputa pelo Planalto.
"Que sejam imediatamente tomadas, pela Polícia Rodoviária Federal e pelas respectivas polícias militares estaduais – no âmbito de suas atribuições – , todas as medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis do poder executivo federal e dos poderes executivos estaduais, para a imediata desobstrução de todas as vias públicas que, ilicitamente, estejam com seu trânsito interrompido", escreveu Moraes, atendendo a um pedido da CNT (Confederação Nacional dos Transportes) e do vice-procurador geral eleitoral.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou nesta segunda (31), até o início da noite, 236 pontos de bloqueios ou aglomerações em vias de 20 estados e do Distrito Federal.
Segundo a PRF, há bloqueio ou interdição em Goiás (10), em São Paulo (7), em Minas Gerais (2), em Alagoas (2), no Amazonas (3), no Acre (3), Rio Grande do Norte (2), em Rondônia (17), no Maranhão (2), no Rio Grande do Sul (39), no Espírito Santo (7), no Ceará (1), no Tocantins (1), em Santa Catarina (42), em Mato Grosso do Sul (32), em Mato Grosso (17), em Roraima (2), no Pará (17), no Paraná (20) e no Rio de Janeiro (9).