Aconteceu na manhã do último sábado, 10, mais uma edição do Dia de Campo do Algodão, em Luís Eduardo Magalhães, apoiado pela Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa) e realizado pela Fundação Bahia e Embrapa. O evento técnico, já tradicional no calendário do agronegócio trouxe, este ano, o tema: Estabilidade, Rentabilidade e Qualidade da Fibra, com o objetivo de trazer conhecimentos técnicos sobre a cotonicultura e as novidades do setor. O público estimado foi de 350 pessoas, entre eles produtores, estudantes e parceiros do evento.
Na ocasião, a diretoria e a equipe da Abapa usaram as camisetas da campanha Sou de Algodão. “O ‘movimento Sou de Algodão’ é coordenado pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, que juntamente com parceiros ligados ao setor, buscam mostrar as vantagens da utilização de roupas feitas com algodão e o que está envolvido em termos de sustentabilidade socioeconômica e ambiental dos envolvidos na cadeia”, explicou o presidente da Abapa, Júlio Cézar Busato.
O evento contou com três estações principais. A primeira teve a apresentação das Cultivares BRS Bollgard II RF com Fibra de Qualidade, acompanhados pelo Dr. Liv Severino, da Embrapa e Zirlene Pinheiro, da Fundação BA. A visita aos plots, na primeira estação foi orientada pelo Dr. Nelson Suassuna, da Embrapa e Eugênio Munduruca, da Fundação Bahia.
Um dos diferenciais dessa edição, foi o mini laboratório de qualidade de fibra, coordenado pela Abapa, que mostrou a importância das características intrínsecas, medidas pelos equipamentos de HVI e as características extrínsecas, feitas pela classificação visual, com base nas caixas de algodão padrão que são referências mundiais. Esses fatores são fundamentais para medir e determinar a qualidade da fibra, que pode ou não agregar valor ao algodão. O espaço teve como facilitador o gerente do Centro de Análise de Fibras da Abapa, Sérgio Brentano. O evento contou ainda, com um mini laboratório de fitonematóides.
Outra novidade foi a apresentação das novas cultivares BRS 430 B2RF, BRS 432 B2RF e BRS 433 FL B2RF, com garantia de alta produtividade, estabilidade de produção, fibra de qualidade superior, além de resistência às principais lagartas que atacam o algodoeiro e ao herbicida glifosato. “Nossos dias de campo beneficiam o produtor, pois buscamos atender todas as demandas que nos são reivindicadas”, disse Ademar Marçal.
Na segunda estação, o tema foi a Situação Atual e Perspectivas da Cotonicultura do Oeste Baiano, com Dr. Eleusio Curvelo, e as Demandas da Indústria Têxtil: Qualidade de Fibra do Algodão, com Sérgio Benevides. Encerrando o ciclo técnico, a terceira estação trouxe o Panorama Fitossanitário. O tema Nematóide foi apresentado pelo Dr. Fabiano Perina, da Embrapa; e o tema sobre o bicudo-do-algodoeiro, foi apresentado pelo coordenador do Programa Fitossanitário da Abapa, Antonio Carlos Araújo e pelo presidente, Júlio Cézar Busato.
Para Busato, o foco está nas ações do Programa Fitossanitário no controle do bicudo. “O sucesso do Programa Fitossanitário deve-se a participação dos produtores, para diminuir o número de aplicações de defensivos, reduzir as perdas causadas por esta praga e aumentar a lucratividade do agricultor”. O presidente contou que houve um grande avanço, quando foram criados os núcleos regionais e eleitos os respectivos líderes, o que permitiu que os mesmos discutissem as melhores estratégias. “Com essa participação dos produtores, tivemos um ganho muito grande e conseguirmos reduzir o número de aplicações, o que diminui os custos de produção e melhora a rentabilidade do produtor”, contou. Na ocasião, os produtores-líderes dos núcleos, Marcelo Kappes e Orestes Mandelli, Anderson José Pletsch, Ademar Marçal, Celito Missio e Celito Breda, entre outros, deram depoimentos sobre o trabalho e resultado dos núcleos.
O Dia de Campo do Algodão é realizado também com o apoio Fundeagro e do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA).