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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, comunicou nesta quinta-feira (4) que não deporá no julgamento político que enfrenta, sob a acusação de incitamento à insurreição pela invasão do Capitólio por parte de seus apoiadores, no dia 6 de janeiro.

– O presidente não irá depor num procedimento inconstitucional – declarou o porta-voz do republicano, Jason Miller, em um comunicado divulgado pelo jornal The Washington Post, depois de a defesa do ex-mandatário ter chamado o processo de “manobra de relações públicas” do Partido Democrata.

Trump, que deixou a Casa Branca no dia 20 de janeiro, respondeu a um pedido formal feito pelo legislador democrata Jamie Raskin, líder do grupo que entrou com o processo de julgamento político, para prestar depoimento sob juramento antes ou durante o processo do Senado.

Raskin fez o pedido por meio de uma carta que foi publicada em seu site e enviada aos advogados do ex-presidente dois dias depois de a equipe jurídica de Trump ter apresentado uma série de documentos à Câmara Alta, refutando algumas das alegações feitas pelos nove legisladores democratas que servirão como relatores no julgamento.

Na carta, Raskin destacou que os ex-presidentes Gerald Ford (1974-1977) e Bill Clinton (1993-2001) depuseram uma vez no Congresso enquanto estavam à frente da Casa Branca e apontou que, já que Trump não é mais chefe de Estado, ele estará disponível para apresentar-se aos juízes.

Dado que o julgamento terá início na próxima terça-feira (9), Raskin recomendou ao ex-chefe de Estado que deponha a partir da segunda-feira (8) e, o mais tardar, a partir da próxima quinta (11).

– Se recusar este convite, nós nos reservaremos todos os direitos, incluindo o de estabelecer em julgamento que a sua recusa em falar apoia uma forte inferência adversa relativa às suas ações em 6 de janeiro de 2021 – avisa a carta a Trump enviada pelo legislador que tinha dado ao ex-presidente um prazo para responder que vai até as 17h (19h de Brasília) desta sexta-feira (5).

Apesar deste aviso, os relatores não têm autoridade para convocar o republicano para prestar depoimento se ele se recusar a fazê-lo.

Os advogados do empresário, Bruce L. Castor Jr. e David Schoen, por sua vez, afirmaram, em resposta a Raskin, que “não existe tal coisa como interferência negativa em um processo inconstitucional”.

– A carta apenas confirma o que é de conhecimento de todos: não é possível provar as acusações contra o 45º presidente dos Estados Unidos, que é agora um cidadão comum – acrescentaram.

Este será o segundo julgamento político contra Trump, que escapou de um impeachment no início de 2020, sob a acusação de exercer pressão sobre a Ucrânia para investigar, por corrupção, Hunter Biden, filho do atual presidente, Joe Biden. No processo anterior, o ex-chefe de governo também não depôs.

*Com informações da agência EFE

Fonte:Pleno News
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