Sem zeladores e faxineiras, paralisados pela greve de terceirizados que prestam serviços para as escolas da rede estadual de educação, os alunos de um colégio estadual em Luís Eduardo Magalhães, na região oeste da Bahia, se revezam para realizar a limpeza das salas de aulas.
Utilizando rodos, panos e vassouras, os estudantes fazem a higienização do local por conta própria. “A forma que teve da gente ter a sala mais limpa é a gente mesmo limpando a sala”, explicou o aluno Diogo Antônio.
Com a greve das merendeiras, que também são terceirizadas, os alunos contam que estão sem merenda e até sem alguns professores. A situação preocupa os estudantes, que ficam sem aulas e questionam a preparação para o Enem. “Isso é uma falta de respeito, a gente está se preparando para o Enem. A gente não tem matérias exatas, estamos sem professor, isso é um desrespeito com os alunos”, afirmou a estudante Karine Andrade.
No município de Barreiras, também na região oeste da Bahia, os alunos de uma escola da rede estadual realizaram uma caminhada para chamar a atenção para o problema na sexta-feira (10). Os estudantes caminharam pelas ruas da cidade com faixas e cartazes questionando a falta de professores.
Greve dos terceirizados
A greve dos terceirizados começou no dia 24 de fevereiro. A categoria reivindica salários atrasados desde o mês de dezembro de 2015. A Secretaria da Edudação do Estado da Bahia informou que já notificou oficialmente as empresas que ainda apresentam pendência no pagamento dos funcionários.
O Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza do Estado da Bahia (Sindlimp) informou que o sindicato desconhece os pagamentos citados pela Secretaria da Eduacação e reafirmou que os terceirizados seguem em greve.