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As farmacêuticas Pfizer e BioNTech afirmaram, nesta quinta-feira (1º), que a vacina desenvolvida por elas para contra a Covid-19 conseguiu evitar todos os casos sintomáticos da doença causados pela variante sul-africana do coronavírus, B.1.351. A informação foi publicada pelo portal G1.

 

Os dados divulgados pelas empresas, ainda não divulgados em revistas científicas, fazem parte dos resultados de eficácia da vacina após 6 meses de aplicação. As conclusões apontam que a vacina manteve eficácia.

 

A vacina foi aplicada em 46.307 voluntários nos Estados Unidos e na África do Sul na terceira fase de testes. Mais de 12 mil deles foram acompanhados nesse período após a segunda dose. 

 

Do total de participantes, 800 eram da África do Sul. Nessa parte dos testes, foram vistos 9 casos de Covid-19, todos no grupo placebo. E, segundo os cientistas, foi calculada a eficácia de 100% contra a variante B.1.351, que é prevalente no país.

 

Os dados também apontam que foram registrados 927 casos de Covid-19 com sintomas nos dois países. Desses, 850 estavam no grupo placebo (que não recebeu a vacina) e os outros 77, no grupo que recebeu a vacina. Os cientistas calcularam uma eficácia de 91,3%. O percentual é um pouco menor do que o que nos estudos preliminares de eficácia, publicados em dezembro em revista científica, mas ainda é considerado alto.

 

Ainda segundo o portal G1, dos 927 casos da doença, 697 foram observados nos Estados Unidos. Desses 697, 647 ocorreram no grupo placebo; os outros 50 foram no grupo da vacina. A eficácia calculada foi de 92,6%.

 

Segundo os critérios do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), ninguém que recebeu a vacina teve caso grave de Covid. Todos os 32 casos considerados graves da doença nos EUA foram no grupo placebo. Na análise do CDC, a vacina teve 100% de eficácia contra casos graves.

 

Por outro lado, uma análise da Food and Drug Administration (FDA), considerou que houve 22 casos graves de Covid nos EUA. Desses, 21 foram no grupo placebo e 1, no da vacina. Sob o critério da FDA, portanto, a vacina teve 95,3% de eficácia contra casos graves.

 

A eficácia foi, de forma geral, consistente entre os dados demográficos de idade, sexo, cor da pele e etnia e entre os participantes que tinham comorbidades.

 

Os pesquisadores analisaram as amostras em que o coronavírus foi detectado. Dos 9 casos de Covid na África do Sul, 6 foram causados pela B.1351. E nenhuma preocupação séria de segurança foi observada nos participantes do ensaio.

 

Os dados apoiam resultados anteriores de estudos em laboratório, demonstrando que a vacina induziu uma resposta de anticorpos neutralizantes para a variante B.1.351. 

 

As pesquisas haviam mostrado que a quantidade de anticorpos gerados contra essa variante era menor do que a vista em relação ao vírus descoberto em 2019. Mas, para os cientistas, essa queda não afetaria a eficácia da vacina, o que se confirmou com os novos dados.

 

A Pfizer e a BioNTech afirmaram que planejam enviar dados detalhados para revisão científica por outros cientistas e possível publicação em "um futuro próximo".

Fonte:Bahia Notícias
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