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Para empresários, a procura pelos veículos de duas rodas acontece devido ao aumento do preço dos combustíveis

A disparada dos preços dos combustíveis, com o litro da gasolina em torno de R$ 6 a R$ 7, fez muitos proprietários de veículos repensarem os gastos com os modelos de quatro rodas. Na tentativa de não comprometer o orçamento com esses custos elevados, uma das soluções encontradas por muita gente foi utilizar a moto. Segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Bicicletas e Motocicletas e Similares (Abraciclo), no primeiro semestre deste ano foram quase 40 mil emplacamentos de motos na Bahia, aumento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

“A demanda por motocicletas está em alta e o mercado está bastante aquecido pela motocicleta ser instrumento de trabalho e fonte de renda para parte da população que perdeu seu emprego e passou a atuar nos serviços de entrega. Além disso, as motocicletas são uma excelente opção de deslocamento seguro para evitar a aglomeração do transporte público”, avaliou o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. Segundo o presidente ainda informou, até julho, foram licenciadas 629.692 motocicletas no País, volume 44,7% superior às 435.289 unidades emplacadas no mesmo período do ano passado. Entre os modelos apontados por ele como mais econômicos estão as categorias Motonetas e Scooters.

Na avaliação do vendedor de motos da loja Axé Motos, em Salvador, Luciano Jorge Silva Santos, a procura pelos veículos de duas rodas acontece devido ao aumento do preço dos combustíveis. “Muita gente tem procurado motos como válvula de escape para fugir dos constantes aumentos no preço da gasolina. Tem cliente que chega aqui na loja para comprar uma moto dizendo que com o carro estava gastando mais de R$ 1000 com gasolina. Então, não tenho dúvida que esse aumento nos combustíveis influenciou bastante essa procura”, apontou.

Com a alta demanda há a necessidade também de aumento da fabricação. Segundo projeção da Abraciclo, a perspectiva é que esse ano deva se fabricar 1.220.000 motocicletas. “Existem condições favoráveis, mas também uma série de fatores, como o aumento dos juros, do índice de desemprego e da diminuição da renda dos brasileiros, que ainda pode impactar o mercado. Além disso, precisamos avaliar se o que temos hoje é uma demanda cíclica, em função da redução da produção, ou se é algo sustentável”.

Marcas

No ranking por marcas, a Honda segue na frente. De acordo com um levantamento da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), a fabricante japonesa responde por 75,2% das motos emplacadas no primeiro semestre de 2021 no Brasil. Apenas a linha Honda CG 160 representa 139,7 mil unidades – o que equivale a 27% de todas as motos entregues na primeira metade do ano. A Yamaha fica com a segunda posição. No primeiro semestre de 2021, a marca vendeu 95,6 mil motos, alta de 72,3% da marca sobre o mesmo período do ano passado.

Fonte:Tribuna da Bahia
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