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A Bahia registrou um aumento no número de colonoscopias, exame para detectar o câncer colorretal, em 2021. Foram 11.793 procedimentos realizados no ano passado, ante 7.660 em 2020, quando a pandemia de Covid-19 iniciou no Brasil. No entanto, com o coronavírus ainda presente, o índice de procura para prevenção da doença segue abaixo do ideal. Em relação a 2019, houve uma queda de 13%. Naquele ano, o número de exames foi de 13.494.

Os dados são da regional da Bahia da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO). Vale lembrar que, entre 2011 e 2021, o estado liderou o ranking geral de óbitos por câncer colorretal no Nordeste, com 6.599 registros. Atualmente, este é o segundo tipo de câncer que mais mata pessoas no Brasil. Está atrás apenas do câncer de próstata, em homens, e de mama, em mulheres.

“Ele possui uma projeção de incidência de 40 mil novos casos diagnosticados por ano e é um câncer que tem um potencial de prevenção muito grande. Através do exame de colonoscopia é possível identificar níveis precoces, que inclusive não são cânceres, mas que com a simples retirada pode evitar aparecimento de tumores”, alertou Thiago Francischetto Ribeiro, cirurgião oncológico e presidente da regional da Bahia da SBCO, em entrevista ao Bahia Notícias.

Na última terça-feira (1º), a SBCO divulgou que 148 mil colonoscopias deixaram de ser realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre 2019 e 2021.

O levantamento, feito com base no banco de dados do DATASUS, mostra a realização de 347.098 colonoscopias em 2019. Em 2020, quando houve medidas mais restritivas para contenção do SarsCov-2, o que incluiu o fechamento de serviços de colonoscopia, foram realizados 241.329 exames (redução de 30,4%). Em 2021, foram 304.004, um volume 12,4% menor em relação a 2019.

O exame de prevenção é recomendado para pessoas com mais de 50 anos, e em casos específicos em que o paciente tem casos familiares ou eventualmente alguma outra alteração que favoreça o aparecimento de um tumor ou câncer.

“O câncer colorretal está muito ligado a hábitos alimentares. Uma dieta rica em alimentos gordurosos, com alimentos processados e carne vermelha, por exemplo, aumenta o risco de desenvolvê-lo. Por isso é necessário orientar a população sobre a importância de ter uma vida saudável, com hábitos alimentares saudáveis, com frutas e vegetais, além da prática de atividades físicas, fatores que contribuem para o não aparecimento de câncer colorretal”, destaca Tiago.

O Março Azul Marinho ressalta a importância do diagnóstico precoce da doença, e alerta para os sinais que podem indicar o câncer colorretal no organismo. “Sobre os sintomas, são principalmente relacionados à frequência e à consistência do ritmo intestinal. Muitas vezes um paciente que tem um bom ritmo intestinal e, ao longo do tempo, começa ter aumento na frequência e alteração na consistência na fezes, que podem estar amolecidas, por exemplo. Outro sinal que chama atenção é o sangramento nas fezes, que geralmente é o que motiva o paciente a procurar ajuda de um especialista”, pontua o presidente da regional baiana da SBCO.

Fonte:Bahia Notícias
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