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Exposição fotográfica. Foto: José Bomfim

A Universidade do Oeste da Bahia, Ufob campus Luís Eduardo Magalhães realizou nesta terça-feira, (20), uma série de atividades em alusão ao Dia da Consciência Negra, com a temática: “As reflexões para a construção de uma consciência crítica”. As ações foram coordenadas pelas professoras Vanessa Magalhães e Maria Felícia.

Houve exposição de fotografias de personalidades e figuras que lutaram e lutam contra o racismo, como Lázaro Ramos, Bob Marley, Martim Luther King, Zumbi dos Palmares e a vereadora carioca, Marielle Franco, entre outras.

Quem foi ao campus da Ufob pode participar também de oficinas sobre estética afro e debates, como a proferida pela coordenadora do curso de história da Ufob, professora Vanessa Magalhães, “Reflexões sobre racismo no Brasil e sua perspectiva histórica”. 

Professoras Vanessa Magalhães e Maria Felicia. Foto: José Bomfim 

“Falei um pouco da morte do Zumbi dos Palmares, o que são os Quilombos, de onde vem esse dia, quem foi  Zumbi e o quilombo dos Palmares, falei da África como berço da civilização, da sua importância enquanto continente que tem diversas culturas, diversas línguas, etnias, costumes. Falei um pouco para a plateia como entender a África não só do em sua história e de como essa África se relacionou com o Brasil na expansão marítima. Povos que tinham conhecimento científico, matemático, conhecimento que conhecemos hoje como medicina (povos que tem, mas falando essencialmente desse momento histórico). Desmistificando esse discurso de que eram povos supersticiosos, animais selvagens, de como foi passado para a gente a ideia dos colonizadores. E a gente falou de todo esse período de escravidão, das leis que foram criadas para pôr fim a essa escravidão, a lei do ventre livre, a lei do sexagenário, depois até a abolição da escravatura, em 1888 pela princesa Izabel. Mas descontruir como essa coisa muito bonita, mas como um movimento de luta. A abolição só chegou a acontecer como um movimento de luta, dos próprios povos escravizados e de ex- escravos. E a gente passa a falar de como surge o racismo nesse momento, são negros libertos, mas que obviamente não tem para onde ir. Não são criadas políticas públicas para que esses negros sejam inseridos na sociedade de forma digna. Daí a gente começa todo um processo de marginalização, de racismo, um processo que a gente vive até hoje, de povos largados, a margem do poder público”.

Fonte:Por Raquel Santana/ Cobertura José Bomfim/ Blog Douglas Batista
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