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Nesta quarta-feira (27), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, falou que o governo pode realizar mudanças nos ministérios após as eleições na Câmara dos Deputados e no Senado. De acordo com ele, a “reorganização do governo” poderia envolver uma troca no comando do Ministério de Relações Exteriores.

As declarações foram dadas durante uma entrevista à Rádio Bandeirantes. Apesar de falar sobre as possíveis mudanças, o vice-presidente deixou claro que o assunto não foi discutido com ele.

– Não tenho bola de cristal, nem esse assunto foi discutido comigo. Mas, em um futuro próximo, depois da eleição dos novos presidentes das duas Casas do Congresso, poderá ocorrer uma reorganização do governo, para que seja acomodada uma nova composição política que emergir desse processo. Talvez com isso aí alguns ministros sejam trocados, entre eles [n]o próprio Ministério das Relações Exteriores. Prefiro aguardar porque o assunto não foi discutido comigo, e tudo o que eu falar será pura especulação – explicou.

Mourão também foi questionado sobre sua atuação no governo e ressaltou que gostaria de ter mais participação. Ele, no entanto, lembrou que a Constituição do Brasil é “meia vaga do que é responsabilidade do vice-presidente”.

– O papel do vice-presidente é um papel delicado. Nossa Constituição é meia vaga do que é responsabilidade do vice-presidente. A Constituição coloca que a responsabilidade é substituir eventualmente o presidente e ficar em condições de cumprir tarefas especiais, designadas pelo presidente da República. Na minha visão, acho que o presidente poderia me utilizar mais, de modo que a gente pudesse chegar às decisões que fossem mais adequadas às situações que têm sido vividas. Eu sempre estou pronto para auxiliar e tenho procurado fazer isso dentro dos meus limites de atuação, mas é óbvio que eu queria ter uma participação maior – destacou Mourão.

Ele foi a indagado sobre a possibilidade de um impeachment do presidente Jair Bolsonaro e disse acreditar que não nenhuma condição para um processo no “presente momento”.

– No presente momento, não está dada nenhuma das condições para o impeachment do presidente Bolsonaro. Acho que há muito ruído e muita gritaria, fruto de um desconhecimento sobre as vacinas. O mundo inteiro está com problemas para ter acesso a essas vacinas. As empresas que fabricam a vacina são poucas, os insumos vêm principalmente da China e da Índia, e nós vamos ter, ao longo desse semestre, dificuldade para todos, e o assunto termina por respingar aqui. A partir [do momento em] que o processo de vacinação avançar, essa pressão por impeachment vai diminuir – ressaltou ele.

Fonte:Pleno News
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