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Em mensagens publicadas em suas redes sociais, governadores de pelo menos 7 estados brasileiros pressionaram o Ministério da Saúde a comprar a produção adicional do Instituto Butantan de 54 milhões de doses da Coronavac.

Aliado do governo federal, o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), disse em sua conta no Twitter que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, se comprometeu com a compra das vacinas.

“Pazuello (...) me garantiu que o Governo Federal fará a compra de toda produção de vacinas do Butantan até que todos os brasileiros sejam imunizados e que o Amazonas continuará contando com a atenção do Ministério enquanto for necessário”, disse o governador.

O ministro esteve em Manaus entre o sábado (23) e a quarta-feira (27), onde entregou doses da vacina AstraZeneca, participou de reuniões, deu entrevistas e inaugurou novos leitos em hospitais da cidade.

“Informo que voltei a formalizar ao Instituto Butantan interesse do nosso estado em adquirir diretamente mais doses. Só descansarei quando todos os cearenses estiverem imunizados”, escreveu em sua conta no Twitter o governador do Ceará, Camilo Santana (PT).

Já Wellington Dias (PT), governador do Piauí, afirmou não ser razoável o país ficar sem vacinas tendo a possibilidade de adquirir mais doses da Coronavac.

“Esperamos que o Ministério da Saúde entenda a necessidade de adquirir as 54 milhões de doses de vacinas para os estados cumprirem o Plano Nacional de Imunização”, afirmou o político na mesma rede social.

Eduardo Leite (MDB), governador do Rio Grande do Sul, destacou que mobilização da iniciativa privada garantiu a construção da nova fábrica do Butantan que produzirá o imunizante contra o novo coronavírus e também reforçou o interesse do estado no imunizante.

“Confio na aquisição pelo @minsaude. Se não ocorrer, o RS já manifestou interesse”, escreveu, marcando a conta oficial do Ministério da Saúde no Twitter.

Entre os outros governadores que também informado ao Butantan sobre seu interesse em adquirir a Coronavac caso o governo federal não o faça estão Renato Casagrande (PSB), do Espírito Santo, Waldez Góes (PDT), do Amapá, João Azevêdo (Cidadania), da Paraíba, e Renan Filho (MDB), de Alagoas.

Entenda a situação

A polêmica das doses extras do Butantan começou nesta semana, quando o instituto aventou a possibilidade de exportar a vacina para países que já demonstraram interesse. 

Depois, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse no Twitter na quinta-feira (28) que, caso o Ministério da Saúde não compre as vacinas, elas serão vendidas para os estados e municípios brasileiros que demonstrarem interesse.

Segundo a analista da CNN Thaís Arbex, o diretor-executivo do Butantan, Rui Curi, enviou um ofício à Saúde no último dia 21, afirmando que, se o governo federal deixar para formalizar a compra dessas doses somente em maio, como já foi divulgado, poderá haver “um enorme lapso entre a manifestação de interesse e a entrega das vacinas”.

Fonte:CNN Brasil
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