Com a pandemia, milhões de estudantes brasileiros, sobretudo os matriculados em escolas públicas, ficaram afastados das atividades escolares desde março de 2020. Para uma parte, no entanto, o ensino remoto virou a opção. Para outros tantos, o empecilho, em consequência da falta de acesso à rede de internet e a equipamentos digitais.
Na última sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente o projeto de lei que obrigaria o governo a garantir internet gratuita nas escolas públicas (reveja) e somente nesta segunda-feira (22) assinou o decreto da nova regulamentação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) (reveja).
Apesar das urgências imediatas, os ministro da Educação, o pastor Milton Ribeiro, e a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, têm empreendido esforços para aprovar na Câmara o projeto que autoriza o homeschooling – educação domiciliar -, pauta histórica de grupos religiosos. A proposta que, se depender do desejo dos ministros e do governo federal seguirá para votação direto em plenário, burlando as necessárias discussões na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, foi assinada por Bolsonaro em abril de 2019. A educação domiciliar integra a lista com as 100 prioridades do governo.
De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, já existe, na Câmara, acordo entre lideranças para que seja dispensada as discussões no âmbito do colegiado de Educação. A intenção do Planalto é garantir aprovação do projeto ainda no primeiro semestre de 2021. Não há, porém, consenso entre os deputados da própria comissão quanto ao apoio ao texto e à manobra pretendida pelo governo para a aprovação do PL, como relevam as diversas opiniões existentes entre os deputados federais baianos que integram o colegiado.
No total, cinco baianos são listados na Comissão de Educação. Alice Portugal (PCdoB), Lídice da Mata (PSB) e Bacelar (Podemos) como titulares. Dayane Pimentel (PSL) e Waldenor Pereira (PT) como suplentes.
Ao Bahia Notícias, a deputada Alice Portugal confirmou que o assunto tem circulado nos corredores da Casa, mas prontamente revela discordância com a manobra. “Nós não vamos concordar que essa prática continue a existir na Câmara dos Deputados, de perpasses das comissões permanentes porque reduz o debate de temas importantes como esse. Eu, enquanto membro titular da comissão, vou defender que se debata profundamente”.
Alice, no entanto, não discorda integralmente da proposta de existência da possibilidade de um modelo educacional domiciliar. Segundo ela, é possível defender a proposta “quando houver uma orientação psicopedagógica, quando houver, por parte do aluno, uma indisponibilidade por qualquer razão para a vivência social. O projeto precisa ser lapidado para que essa modalidade possa ser usada para os casos necessários. Eu não quero diabolizar os mecanismos”, diz.
E acrescenta: “Infelizmente, há projetos e opiniões que circulam na Câmara que são um projeto de apartheid escolar. Há segmentos que não querem [entre aspas] 'contaminar' a formação dos filhos com os conteúdos das escolas. Isso foi verbalizado por alguns deputados governistas. O homeschooling tem grande valor quando é aplicado nos casos certos”.
A ponderação também é feita pelo deputado Bacelar. “Eu não gosto, mas não sou contra. Não posso ser contra porque acho que famílias em situações especialíssimas podem escolher educar seus filhos”. Segundo ele, as questões “especialíssimas” incluem “questões religiosas, dificuldade de acesso, ter conhecimento de uma pedagogia diferente e querer aplicar, assim como família que se deslocam pelo mundo”. Alerta, no entanto, a necessidade de “regras rígidas de controle”.
Para Bacelar, o peso negativo da proposta é o momento escolhido pelo governo para priorizar a pauta na Câmara. “Com 300 mil mortes, meses de escolas fechadas e o governo trazer um assunto que interessa entre 5 a 30 mil pessoas, quando 40 milhões de brasileiros estão sem acesso a escola, é uma coisa que sai do campo da política, da educação, da administração, é a irracionalidade”, classifica o deputado.
“Isso aqui só lembra a Revolução Francesa, Maria Antonieta. Se não tem pão, comam brioches. Esse não é o momento dessa discussão. Esse tem que ser o último dos últimos assuntos. Cadê a vacina, Bolsonaro? Esse que deve ser o ponto número um”, enfatiza Bacelar. Ele também se opõe a uma discussão diretamente em plenário.
Já a deputada Dayane Pimentel, ex-aliada do presidente Bolsonaro, não vê problema em se estabelecer uma discussão diretamente no plenário da Casa, pois entende que o homeschooling “não se trata de uma medida de exclusão dos métodos convencionais, mas como uma alternativa para os pais que não optam pela estrutura tradicional de escola”.
“Eu opto pela escola na educação de conteúdo para meu filho, mas acho correto os pais poderem optar pelo método que acharem melhor”, explica Dayane em nota enviada ao site por meio de sua assessoria. A deputada afirma ser favorável ao PL.
O deputado Waldenor Pereira demonstra posicionamento contrário à proposta, assim como ao método que o governo tenta emplacar. "A apologia a educação domiciliar em um cenário de total precarização da escola pública naturaliza a negação do direito à educação pública de qualidade, podendo resultar ainda no aumento significativo do analfabetismo e na redução drástica nas taxas de escolarização. Nada substitui a escola", diz. O parlamentar destaca ainda as determinações apontadas pelo Conselho Nacional de Educação, o qual prevê a matrícula obrigatória, o ensino presencial e o convívio com outras pessoas em idade semelhante.
"Esse convício, inclusive, é considerado como componente indispensável a todo processo educacional. Essa proposta de educação domiciliar, nega a escola, desacredita o professor e a função do Estado na formação do aprendizado. Ela retira da escola o seu papel na rede de proteção de crianças e adolescentes", enfatiza. "Eu voto contra".
O Bahia Notícias também buscou contato com a deputada Lídice da Mata, mas não obteve retorno dentro do prazo de apuração da matéria.
DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO
A educação domiciliar é uma modalidade de ensino em que pais ou tutores responsáveis assumem o papel de professores dos filhos. Na prática, o projeto de lei altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional (LDB).
De acordo com a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases Educacionais LDB, a educação é "dever do Estado e da família". Aos pais ou responsáveis é determinada a obrigatoriedade de "efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatro anos de idade”.
Segundo publicação do Ministério da Educação, veiculada no site da pasta quando da assinatura do projeto, a medida pretende trazer os requisitos mínimos que os pais ou responsáveis legais deverão cumprir para exercer esta opção. Na nota, sob a gestão de Ricardo Vélez Rodrígues, primeiro ministro da Educação do governo Bolsonaro, já é possível aferir a tentativa de protagonismo do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humamos na pauta. As explicações do projeto são creditadas Pedro Hollanda, secretário adjunto da Secretaria Nacional da Família da pasta chefiada por Damares.
No Brasil, a prática da educação domiciliar é liberada somente no Distrito Federal, a partir de Lei sancionada em dezembro de 2020 pelo governador o governador Ibaneis Rocha (MDB), e que entrou em vigência em fevereiro deste ano.
Nos demais estados, a impossibilidade do ensino domiciliar é amparada em uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em 2018, entendeu não haver uma lei que regulamente o ensino domiciliar no país.
A falta de uma legislação específica, famílias acabam recorrendo à Justiça para garantir uma autorização especial. Em 2016, uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Educação Familiar (Aned) revelou que 7.500 famílias conseguiram na Justiça resultado favorável e conduzem em domicílio a educação.
Pela 3ª vez, membros da Igreja Santo Antonio da Comunidade Bom Jesus da Mata da Cachoeira, realizam operação tapa buraco na BA-459 Anel da Soja.
Cansados do descaso do Governo do Estado da Bahia com a BA-459, Anel da Soja, os membros da Igreja Santo Antonio da Comunidade Bom Jesus da Cachoeira, se unem pela terceira vez, para realizar mais uma operação tapa buraco da BA-459, que aconteceu hoje 23/03 /2021, com apoio de Fazendeiro, Empresário e da Aiba (Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia).
Mesmo com as realizações das operações tapa buracos que foram feitas pelos membros da Igreja anteriormente, a má qualidade da rodovia que foi abandonada pelo governo estadual, continua afetando a locomoção dos usuários da região.
A população da região pede encarecidamente que o Governo Estadual da Bahia intervenha nessa situação precária que a BA-459 se encontra hoje e realizem a recuperação total da malha asfáltica. A pesar de todo o esforço dos membros da Igreja, a deterioração da rodovia está cada vez maior com o passar do tempo.
Localizada num pólo de produção de grãos, a importante rodovia é a mais utilizada para o escoamento dos produtos do Oeste da Bahia, circulação de ônibus com funcionários das fazendas próximas, além de ser um trajeto para os moradores das Vilas e acesso aos principais pontos turísticos da região: A Cachoeira do Acaba Vida e a Cachoeira do Redondo.
Idosos com 70 anos acima e pessoas em tratamento de hemodiálise que forem receber a primeira dose da vacina no drive-thru da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (22) e terça-feira (23), receberão também máscaras, distribuídas pelos agentes de trânsito. A ação é conjunta entre a Secretaria de Segurança Cidadã e Trânsito e Secretaria de Meio Ambiente e Turismo.
Um total de 1.600 máscaras serão entregues durante os dois dias por servidores da Secretaria de Segurança Cidadã e Trânsito que estão no local junto com a Cootrans e a Guarda Civil Municipal, para organizar a fila de veículos. A ideia é reforçar os protocolos de segurança e saúde pública entre a população. “Dividimos a ação com a entrega de 800 máscaras em um dia e 800, em outro, além dos idosos, os itens são fornecidos para os condutores e passageiros dos veículos, junto com o pedido de que todos se cuidem e reforcem a proteção”, diz o secretário Júnior Sampaio ao agradecer a parceria da Secretaria de Meio Ambiente e Turismo, na aquisição das máscaras.
Além do drive thru na Câmara de Vereadores, esta etapa da imunização está sendo realizada das 8h às 11:30h e das 14h às 17h nas unidades de saúde Antônia Zela (Vila Amorim); Martina Clara (Vila dos SAS); Eduardo Medrado (Loteamento São Paulo) e Clayton Pignata (São Miguel/Santa Luzia). Profissionais da saúde podem receber as doses das vacinas CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan e Oxford, produzida pela Fiocruz, no Centro de Saúde Leonídia Ayres. Já os pacientes que fazem tratamento de hemodiálise receberão a dose no ponto fixo montado na Nefroeste, localizado no antigo Unisang, nesta terça-feira (23), das 8h às 11h30.
Academias, igrejas e templos religiosos abriram as portas nesta segunda-feira (22) em Itabuna, no Sul baiano. O funcionamento foi permitido pela prefeitura da cidade, apesar de um decreto estadual proibir as atividades até o dia 29 de março. No decreto do governo, a permissão vale apenas para atividades físicas individuais, desde que não gerem aglomeração.
Em Itabuna, a liberação das academias e igrejas teve autorização da Câmara de Vereadores que assim como a prefeitura considerou as ações como parte das atividades essenciais. Assim, os espaços devem funcionar com até 30% da capacidade e até às 18h, quando começa o toque de recolher em todo o estado. Em Itabuna, a medida que antecipa em duas horas o veto à circulação de pessoas em vias públicas começa nesta terça-feira (23).
Em relação ao funcionamento de estabelecimentos como bares e restaurantes, o município informou que vai seguir o que determina o decreto estadual, que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas durante o horário do “Toque de Recolher”, bem como no final de semana, durante o período de restrição da circulação de pessoas e veículos.
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Mar / 2021 |
Dados da COVID-19 em LEM - Boletim de ontem, dia 22 |
Enquanto durar o estoque das 2.220 doses de vacina, recebido no sábado (20), pela Prefeitura de Barreiras, a imunização contra a Covid-19 em pessoas com 70 anos acima será realizada em pontos fixos de quatro unidades básicas de saúde e no drive-thru, na Câmara de Vereadores. Na manhã de segunda-feira (22), a procura foi grande e movimentou os pontos de imunização na Vila Amorim, Vila dos SAS, Loteamento São Paulo, São Miguel e Centro.
Acompanhado pela esposa Maria Lúcia dos Santos, o morador do Loteamento São Paulo, Antônio Lopes dos Santos aguardou a vez para receber a primeira dose da vacina. Cardíaco e portador de marca-passo, estava ansioso pela chegada deste dia. “Não tenho medo, estou me cuidando muito, mas vacinar é tudo o que esperava. Agora é aguardar para que a minha esposa também possa receber a dose, ela ainda não entrou nessa etapa porque tem 68 anos”, disse.
O lote recebido é das vacinas CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan e Oxford, produzida pela Fiocruz. Além dos idosos com 70 anos acima e aos profissionais da saúde, esta etapa se destina à imunização de pessoas que fazem hemodiálise. Aos 50 anos, Júnia Cássia Farias foi uma das imunizadas, nesta condição. Ela faz diálise peritoneal há cinco anos e recebeu a primeira dose contra a Covid-19. “Hoje é um dia de muita felicidade e alívio”, comemorou após receber a vacina e esperar a mãe, Antônia Carvalho, que aos 74 anos também foi vacinada.
A vacinação está sendo realizada nesta segunda-feira (22) e terça-feira (23) das 8h às 11:30h e das 14h às 17h nas unidades de saúde Antônia Zelia (Vila Amorim); Martina Clara (Vila dos SAS); Eduardo Medrado (Loteamento São Paulo) e Clayton Pignata (São Miguel/Santa Luzia). No drive-thru o atendimento vai das 8h às 17h. Já os profissionais da saúde estão sendo imunizados no Centro de Saúde Leonídia Ayres, e os pacientes em tratamento de hemodiálise serão imunizados nesta terça-feira (23), das 8h às 11h30, na sede da Nefroeste, antigo Unisang.
A Secretaria Municipal de Saúde observou que existe um grande número de idosos dessa faixa etária que ainda não foram imunizados e estão mais suscetíveis à doença. O Município aguarda a chegada de novas doses por parte do Governo do Estado, para anunciar o início da vacinação.
A imunização acontecerá no sistema Drive-Thru montado pela Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, no estacionamento às margens da BR 242.
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Mar / 2021 |
Horário de atendimento do Grupo Santo Antonio. |
A CoronaVac, imunizante contra a Covid-19 desenvolvido no Brasil pelo Instituto Butantan, é segura e capaz de provocar reações imunológicas em crianças e adolescentes, segundo resultados de testes em fase inicial anunciados pela empresa chinesa Sinovac Biotech.
Os dados preliminares são de testes clínicos com mais de 500 crianças e adolescentes entre as idades de 3 e 17 anos que receberam duas doses médias ou baixas da vacina ou um placebo, de acordo com o G1.
De acordo com Zeng Gang, pesquisador da Sinovac, a maioria das reações adversas foi branda. Duas crianças que receberam a dose menor tiveram febre alta e foram categorizadas como grau 3, segundo o especialista, que não quis apresentar mais detalhes.
Zeng afirmou ainda que os níveis de anticorpos desencadeados pela vacina CoronaVac em crianças foram maiores do que aqueles vistos em adultos de 18 a 59 anos e em pessoas idosas.
Para crianças de 3 a 11 anos, a dose menor conseguiu induzir reações de anticorpos favoráveis, e a dose média funcionou bem nos jovens de 12 a 17 anos.
Os dados preliminares ainda não foram publicados em revistas especializadas e/ou analisados pela comunidade científica.
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Mar / 2021 |
\'Parece que só no Brasil está morrendo\', diz Bolsonaro; país tem 25% das mortes do mundo |
O presidente Jair Bolsonaro disse nesta segunda-feira (22), em cerimônia no Palácio do Planalto, ter a impressão de que, no mundo todo, somente no Brasil há pessoas morrendo por Covid-19. "Parece que, no mundo todo, só no Brasil está morrendo gente", afirmou.
Somente nos últimos sete dias, morreram 15.650 pessoas por Covid no Brasil, o que colocou o país em primeiro lugar no mundo em mortes no período, segundo dados da OMS. Esse número representa 25% das 60.503 mortes registradas no período no mundo (uma em cada quatro). O segundo colocado em mortes são os Estados Unidos (7.252 nos últimos sete dias).
Bolsonaro deu a declaração ao afirmar que é preciso se preocupar com as vidas e também com os empregos. Isso porque, segundo ele, a pessoa desempregada por ter "problemas" que levem a "óbito, depressão e suicídio", de acordo com o G1.
"Sempre disse que temos que nos preocupar com vidas, sim, mas também com emprego. Uma pessoa desempregada, ela acaba tendo problemas que podem levar a óbito, depressão e suicídio. Vamos buscar uma maneira de melhor atender à população? Vamos. Parece que, no mundo todo, só no Brasil está morrendo gente. Lamento o número de mortes, qualquer morte", declarou Bolsonaro.
No último dia 12, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, disse que a situação no Brasil é "preocupante" em relação ao número de casos e de mortes e que, "começando pelo governo, todos os interlocutores devem agir de forma séria". Desde então, o Brasil é apontado na imprensa internacional como o epicentro da pandemia de Covid no mundo.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa, até a noite deste domingo (21), o Brasil já havia registrado 294.115 mortes pela Covid e 11.996.442 casos confirmados.
Um dia após mais de 500 economistas e empresários divulgarem um manifesto pedindo vacinação em massa e medidas de distanciamento social para tentar conter o avanço da Covid, Bolsonaro afirmou nesta segunda que aceita "lockdown" por 30 dias, "se acabar com o vírus".
"Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o vírus, eu topo. Mas sabemos que não vai acabar", disse o presidente nesta segunda.
"Eu devo mudar meu discurso? Eu devo me tornar mais maleável? Eu devo ceder e fazer igual à grande maioria está fazendo? Se me convencerem do contrário, faço. Mas não me convenceram ainda. Devemos lutar contra o vírus, não contra o presidente", acrescentou.
A Prefeitura de Araraquara decretou confinamento na cidade. Em um mês, houve redução de 39% no número de mortes por Covid e de 57,5% no número de casos confirmados.
Em Palmas (TO), a Prefeitura atribuiu às medidas de isolamento social a queda de 28% no número de novos casos de Covid na última semana.
Em outro exemplo, a Inglaterra, em isolamento obrigatório, registrou queda na contaminação, segundo o Imperial College de Londres. A instituição informou que a taxa de transmissão caiu de 0,98 (cada cem pessoas contaminam 98) em janeiro para 0,72.
Diante de um cenário com hospitais superlotados em todo o país, com pacientes nas filas de leitos de UTI e relatos de médicos de que faltam insumos e itens de proteção, governadores têm adotado medidas restritivas para tentar conter a circulação do coronavírus.
Bolsonaro, contudo, acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de tentar derrubar decretos desse tipo no Distrito Federal, na Bahia e no Rio Grande do Sul. O presidente critica medidas restritivas desde o início da pandemia.
Enquanto a OMS, especialistas e entidades médicas recomendam o isolamento social e o uso de máscaras como formas de se evitar a disseminação ainda maior do vírus, por exemplo, o presidente participa de aglomerações, critica a máscara e o isolamento.
"Se ficar em lockdown 30 dias e acabar com o vírus, eu topo. Mas sabemos que não vai acabar", disse o presidente nesta segunda.
"Eu devo mudar meu discurso? Eu devo me tornar mais maleável? Eu devo ceder e fazer igual à grande maioria está fazendo? Se me convencerem do contrário, faço. Mas não me convenceram ainda. Devemos lutar contra o vírus, não contra o presidente", acrescentou.
De acordo com os dados mais atualizados do consórcio de veículos de imprensa, a partir de dados da secretarias estaduais de Saúde, o Brasil vacinou até este domingo 5,5% da população. No discurso desta segunda, Bolsonaro que a situação do Brasil em relação à vacinação é "excepcional" quando observado o cenário mundial.
"Dentro da disponibilidade do mundo, somos realmente algo excepcional. Qual país do mundo não tem problema com vacina? Contratamos até o final do corrente ano 500 milhões de doses de vacina”, disse o presidente.
Bolsonaro acrescentou ainda ter "orgulho" de ter contado com Eduardo Pazuello à frente do ministério. General de Exército, ele será substituído pelo médico Marcelo Queiroga.
"O novo, que está entrando agora, é um médico experiente. Vai, obviamente, fazer um segundo tempo de um ministério voltado muito mais, muito mais agora para a questão da medicina", declarou.
Um estudo produzido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) aponta que a disseminação em larga escala e sem controle da SARS-CoV-2 no Brasil gerou mutações do coronavírus que circulam em território nacional. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pelo portal UOL.
De acordo com a reportagem, a pesquisa o identificou "mutações preocupantes" em 11 sequências do vírus na Bahia e em mais quatro estados: Amazonas, Maranhão, Paraná e Rondônia. Segundo o levantamento, estas variantes podem ser capazes de escapar parcialmente à imunidade adquirida por indivíduos.
A matéria reforça que as mutações naturais da SARS-CoV-2 está em processo de evolução e adaptação diante de um cenário de aumento no número de pessoas com anticorpos.
O estudo faz parte de um levantamento a Rede de Vigilância Genômica Covid-19 da Fiocruz e foram colhidas entre 12 de março de 2020 e 28 de fevereiro de 2021. Ao todo, 31 pesquisadores assinam o artigo.
"Identificamos que linhagens SARS-CoV-2 circulando no Brasil com mutações preocupantes no RBD [domínio de ligação ao receptor] adquiriram, de forma independente, deleções convergentes e inserções no NTD [domínio do terminal amino] da proteína S. Esses achados apoiam que a contínua transmissão generalizada do SARS-CoV-2 no Brasil está gerando novas linhagens virais que podem ser mais resistentes à neutralização do que as variantes parentais preocupantes", diz o estudo publicado hoje na revista especializada "Medrxiv”.
Agora, a publicação passará pelo processo de análise para uma eventual validação de outros pesquisadores.
"Esses achados destacam a necessidade urgente de abordar a eficácia das vacinas SARS-CoV-2 para aquelas variantes emergentes do SARS-CoV-2 e o risco de transmissão comunitária não controlada contínua do SARS-CoV-2 no Brasil para a geração de variantes mais transmissíveis", apontam os autores.
O pesquisador Gabriel Wallau, da Fiocruz Pernambuco, ressalta a importância de se conter a disseminação livre do vírus no Brasil. “Se você permite que o vírus circule livremente, ele tem mais chance de mutar e acumular alterações ao longo do tempo. Além das variantes --que não surgiram só no Brasil--, o grande problema aqui é que temos uma situação de pandemia descontrolada e um cenário de sobrecarga do sistema de saúde”, afirmou.
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Mar / 2021 |
Em busca de cargo para Pazuello, posse de novo ministro da Saúde só deve ocorrer quinta |
Mesmo diante do pior momento da pandemia de Covid-19 no Brasil, o cardiologista Marcelo Queiroga só deve ser nomeado e empossado como ministro da Saúde na quinta-feira (25), dez dias depois de ter sido anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como sucessor do general Eduardo Pazuello no cargo.
Governadores e parlamentares da Paraíba, estado de origem de Queiroga, ouvidos pela reportagem nesta segunda-feira (22) disseram que não haviam recebido ainda convite para a posse.
A cerimônia, que já teve sua previsão adiada por duas vezes -seria na quinta-feira passada (18), depois, previu-se para esta terça (23)-, porém, depende da resolução de dois problemas.
É preciso que Queiroga se desligue de uma clínica da qual ele ainda consta no site da Receita Federal como sócio-administrador.
De acordo com pessoas próximas, o médico passou o fim de semana debruçado sobre o assunto, tentando resolvê-lo.
A lei 8.112, de 1990, diz que o servidor público é proibido participar de gerência ou administração de sociedade privada.
Além disso, o governo ainda não conseguiu definir onde alocará Pazuello, quando ele deixar o comando da Saúde.
Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, no dia seguinte à escolha de Queiroga, Bolsonaro já discutia um cargo no Executivo como prêmio de consolação para o general, que se mostrou fiel ao presidente até que o governo não conseguiu mais suportar a pressão por uma troca no comando da pasta, diante do aumento de mortes e escassez de leitos de UTI e vacinas.
Uma das possibilidades sobre a mesa é a criação do Ministério Extraordinário da Amazônia, voltado para o desenvolvimento econômico da região. A pasta acabaria esvaziando o Conselho da Amazônia, sob comando do vice-presidente Hamilton Mourão, que vive uma desgastada relação com o Bolsonaro.
O ministério teria sob seu guarda-chuva estruturas como Sudam (Superintendência Desenvolvimento Amazônia), Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) e o Basa (Banco da Amazônia).
A iniciativa de criar um ministério, porém, esbarra em resistências internas e das Forças Armadas.
Aliados do presidente argumentam, sob reserva, que a criação de um novo ministério contraria promessa de campanha de Bolsonaro de enxugar a estrutura do governo.
Somado a isso, há quem avalie que a manobra dará espaço para que partidos do centrão pressionem por mais espaço no governo.
Integrantes do grupo liderado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), já se disseram descontentes por terem suas indicações para o comando do Ministério da Saúde preteridas por Bolsonaro.
Pelo lado dos militares o incômodo é por se manter em destaque, no primeiro escalão, um general da ativa que já causou tanto desgaste à imagem das Forças Armadas por causa da atuação do ministério no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
Uma outra hipótese aventada por Bolsonaro é entregar a Pazuello a SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos), dando a ela o status de ministério.
Hoje sem esse status, a secretaria está sob comando do almirante Flávio Rocha, que recentemente passou a acumular também a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social).
Bolsonaro e Pazuello conversaram nesta segunda-feira, mas, segundo auxiliares do presidente, não se chegou a uma definição.
Ao perder o status de ministro, Pazuello fica sem foro especial e o inquérito contra ele em curso no STF (Supremo Tribunal Federal) deve ser remetido à primeira instância.
O inquérito contra ele foi aberto pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF, após pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República) para apurar se o ministro foi omisso em relação à crise sanitária de Manaus no começo de janeiro.
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Mar / 2021 |
Israel e Nova Zelândia aprovam spray contra Covid; modelo difere do negociado pelo Brasil |
Israel e Nova Zelândia deram aprovação temporária à venda do spray nasal de óxido nítrico (Nons, na sigla em inglês) da empresa de biotecnologia canadense SaNOtize, que pode ajudar na prevenção da transmissão do vírus causador da Covid-19. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pela CNN Brasil.
O modelo autorizado naqueles países não é o mesmo negociado pelo governo brasileiro, o EXO-CD24, desenvolvido em Israel. Em entrevista ao canal de televisão, o assessor da SaNotize afirmou que o Brasil está negociando ”tratamento errado”.
"O governo de vocês está negociando o tratamento errado. [O spray da] SaNOtize é diferente, muito mais avançado [no desenvolvimento] e com resultados mais fortes que o EXO-CD", disse.
A produção do Nons, sob o nome comercial Enovid, começou em Israel com a parceira da SaNOtize Nextar Chempharma Solutions e é previsto que o produto comece a ser vendido no país a partir de junho.
Na Nova Zelândia, a SaNOtize obteve o registro do spray nasal junto à agência reguladora do país, o que permite que a empresa distribua e venda o Nons nas farmácias imediatamente, disse o representante da empresa em entrevista.
Realizada pela Fiocruz em todo o território nacional, a pesquisa "Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19" revelou que a pandemia tem deixado médicos, médicas, enfermeiros, enfermeiras e outras peças-chave no combate à Covid-19 esgotados.
Segundo o Uol, além das extensas jornadas de trabalho, enfrentadas há mais de um ano, esses profissionais estão lidando com mortes de pacientes, colegas e parentes constantemente.
Este é o mais amplo levantamento sobre as condições de trabalho dos profissionais de saúde desde o início da pandemia, em que foram avaliadas questões como ambiente e a jornada de trabalho e aspectos físicos, emocionais e psíquicos.
A pesquisa revelou que 95% dos profissionais de saúde disseram ter o modo de vida significativamente alterado. O excesso de trabalho durante a crise sanitária foi apontado por quase metade e 45% deles necessitam de mais de um emprego para sobreviver.
Segundo os resultados, a pandemia alterou de modo significativo a vida de 95% dos profissionais da saúde. Quase metade admitiu excesso de trabalho ao longo da crise e um elevado percentual (45%) deles necessita de mais de um emprego para sobreviver.
"Após um ano de caos sanitário, a pesquisa retrata a realidade daqueles profissionais que atuam na linha de frente, marcados pela dor, sofrimento e tristeza, com fortes sinais de esgotamento físico e mental. Trabalham em ambientes de forma extenuante, sobrecarregados para compensar o elevado absenteísmo. O medo da contaminação e da morte iminente acompanham seu dia a dia", disse a coordenadora do estudo, Maria Helena Machado, em comunicado divulgado pela Fiocruz.
A proteção em relação à Covid-19 também foi tema, e 43,2% dos profissionais de saúde revelaram não se sentirem seguros durante o enfrentamento à pandemia. A falta, escassez e inadequação do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) são os principais motivos para 23% deles. Dentre estes, 64% relataram ter de improvisar equipamentos. O medo de se infectar durante o exercício foi demonstrado por 18%.
Mais de 25 mil pessoas participaram do questionário, em mais de 2 mil municípios. Além dos profissionais da saúde (16 mil), também foram entrevistados técnicos, auxiliares e trabalhadores de nível médio. Estes fazem parte de outro levantamento, que deve ser divulgado posteriormente.
OUTROS RESULTADOS
Perturbação do sono (15,8%), irritabilidade, choro frequente e disturbios em geral (13,6%), incapacidade de relaxar e estresse (11,7%), dificuldade de concentração ou pensamento lento (9,2%), perda de satisfação na carreira ou na vida, tristeza e apatia (9,1%) foram alguns dos problemas sentidos por profissionais da saúde.
O estudo mostra que 22,2% dos participantes convivem com trabalho extenuante, e que 14% está no limite da exaustão.
"O estudo evidencia que 40% deles sofreram algum tipo de violência em seu ambiente de trabalho. Além disso, são vítimas de discriminação na própria vizinhança (33,7%) e no trajeto trabalho/casa (27,6%). Em outras palavras, as pessoas consideram que o trabalhador transporta o vírus, e, portanto, ele é um risco. Se não bastasse esse cenário desolador, esses profissionais de saúde experienciam a privação do convívio social entre colegas de trabalho, a privação da liberdade de ir e vir, o convívio social e a privação do convívio familiar", explicou Maria Helena.
Em relação às fake news compartilhadas em relação ao novo coronavírus, 90% admitiram que isso é um obstáculo. Durante o atendimento, 76% relataram que o paciente tinha algum tipo de crença em fake news, como uso de medicamentos ineficazes para prevenção e tratamento.
Uma porcentagem expressiva (70%) dos trabalhadores consultados discorda que os posicionamentos das autoridades sanitárias sobre a covid-19 têm sido consistentes e esclarecedores.
Preocupada com a falta de alimentos e de doações nos lares brasileiros e em instituições que ajudam outras famílias, a ONG Ação da Cidadania doou 10 toneladas de cestas básicas para três ONGs de Salvador. Os alimentos serão distribuídos para a Pastoral do Negro (450 cestas), o Comitê Salvador da Ação da Cidadania (450) e a Instituição Assistencial Beneficente Conceição Macedo - IBCM (100).
“A escassez de não ter alimentos em casa não é uma realidade apenas de quem ficou desempregado ou de quem está sem condições de comprar o que comer só na pandemia. É também um drama de organizações que ajudam o próximo. Percebemos que a pandemia da Covid-19 fez com que as doações caíssem consideravelmente e modificou as ações desenvolvidas pelas entidades. Precisamos ajudar com urgência. Betinho sempre dizia: Quem tem fome, tem pressa”, ressalta Rodrigo Kiko Afonso, diretor executivo da Ação da Cidadania.
Fundada em 1993 pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, a Ação da Cidadania visa combater a fome e a desigualdade socioeconômica no Brasil e ajudar os brasileiros que vivem abaixo da linha da pobreza.
As doações para a IBCM, instituição localizada no bairro de Nazaré, no centro de Salvador, serão destinadas à manutenção de uma creche com atendimento voltado especialmente para crianças com HIV e também para outras comunidades carentes, onde atua o comitê local da Ação e também a Pastoral do Negro.
Além dessas doações específicas, a Ação da Cidadania criou, em fevereiro, a campanha Brasil Sem Fome. Ela seguirá de forma contínua até julho, com o objetivo de ajudar ainda mais brasileiros (veja aqui).
Recentemente, a Ação doou para o Norte e Nordeste oito mil cestas, sendo duas mil para o Acre, que vem sofrendo também com outras doenças ocasionadas pelas chuvas, a exemplo da dengue e da leptospirose. Mas comunidades da cidade de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, também receberam doações na semana passada, cujas famílias estão sem receber merenda escolar do Governo do Estado há mais de um ano.
Desde o ano passado, a ONG vem fazendo diversas ações com o mesmo objetivo. “A Ação da Cidadania entende que essas doações vão ajudar e suprir a necessidade do momento, mas é necessário que os governos pensem em algo no longo prazo e desenvolvam políticas públicas mais eficientes para minimizar a situação caótica”, cobra Kiko.
Assim, neste sábado (06), ás 17:30h, a guarnição de serviço da 4ª CIA PP do 7º BPM foi solicitada através do telefone funcional por uma pessoa do sexo feminino , relatando que seu companheiro o Sr. Jackson Hugo da Silva Santos a tinha agredido com socos e tapas, além de ameaçá-la com uma faca.
De imediato, a guarnição deslocou-se até a Rua Sumaré, n° 52, Bairro Pedra Grande e ao chegar no endereço , o Sr. Jackson evadiu-se da residência em um veículo Polo de cor preta.
Foram realizadas diligências no bairro, porém, sem êxito até o momento.
A vítima foi deixada segura na casa de uma amiga, enquanto aguardava um veículo para deslocar-se até a cidade de Cafarnaum onde residem seus familiares e foi devidamente orientada a registrar Boletim de Ocorrência na Delegacia local.
Por volta do meio dia desta terça (09), veiculando publicidade pelas ruas da cidade, deparamo-nos com a cena que descrevemos no vídeo abaixo: O caminhão de uma distribuidora de bebidas que faz entregas em nossa cidade, afundou no asfalto, em frente à Igreja Matriz de Morro Chapéu, trecho inicial da BA-144, sentido Várzea Nova:
Por volta das 22h20 desta sexta feira 19/03/21 deu entrada na Emergência do Hospital São Vicente o jovem Cleiton Machado de Oliveira (18) (Filho de Lecione do Riacho Fundo) vítima de queda de moto no Povoado de Riacho Fundo. Segundo informações Cleiton retornava da casa de um amigo quando perdeu o controle da moto sofrendo um traumatismo craniano, o mesmo não usava capacete no momento do acidente, ele foi socorrido por familiares até o Hospital São Vicente onde foram prestados os primeiros socorros passou por exame de Raio X e posteriormente transferido ao Hospital Regional em Irecê para exames mais complementares.