Vereador de Salvador, o cantor e compositor Irmão Lázaro (PL) morreu na noite desta sexta-feira (18), aos 54 anos, no Hospital São Matheus, em Feira de Santana, em decorrência da contaminação pelo novo coronavírus. O parlamentar enfrentava a doença há mais de um mês.
Antônio Lázaro da Silva foi diagnosticado com Covid-19 no dia 15 de fevereiro e estava cumprindo tratamento na sua residência, em Feira de Santana. Entretanto, no dia 22, ele teve febre e foi internado. O quadro evoluiu no dia 25 e o vereador da capital precisou ser transferido para uma UTI, onde foi intubado. Nesta sexta, não resistiu e acabou falecendo.
O artista ficou famoso como vocalista da banda de samba-reggae Olodum, especialmente sendo a voz do sucesso de sua autoria “I Miss Her”. Após enfrentar problemas com drogas, ele se tornou evangélico e passou a se dedicar à música gospel, gênero em que teve muito destaque.
Em 2014, Irmão Lázaro se candidatou pela primeira vez à Câmara dos Deputados, sendo eleito deputado federal com 161.438 votos. Quatro anos depois, tentou eleição ao Senado, mas não obteve sucesso. Ficou em terceiro lugar, com 1.830.581 votos.
No ano passado, Lázaro se candidatou à Câmara Municipal de Salvador e foi eleito com 4.273 votos. No seu lugar, assume o suplente Leandro Guerrilha (PL).
O presidente Jair Bolsonaro acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar decretos dos governos da Bahia, do Rio Grande do Sul e do Distrito Federal que determinaram restrições de circulação de pessoas.
Na ação, o presidente quer que o STF determine que o fechamento de atividades não essenciais durante a pandemia só pode ter por base uma lei aprovada pelo Legislativo, e não decretos de governadores.
O texto requer à Corte que se “estabeleça que, mesmo em casos de necessidade sanitária comprovada, medidas de fechamento de serviços não essenciais exigem respaldo legal e devem preservar o mínimo de autonomia econômica das pessoas, possibilitando a subsistência pessoal e familiar”.
“A despeito da naturalidade com a qual esses atos têm sido expedidos, é fora de dúvida que não há, em parte alguma da Lei no 13.979/2020, previsão genérica que delegue competência a instâncias executivas locais para isso”, argumenta o governo.
O governador Rui Costa (PT) ainda não se manifestou sobre o assunto.
A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, através da Secretaria de Saúde entrega nesta quinta-feira (18), a Nova Unidade de Controle Covid-19 (Nova UCC) do Município.
“Estamos entregando para a população a instalação da Nova UCC. Uma estrutura mais moderna, que nos permitirá cuidar melhor das pessoas expostas a este vírus que tanto tem nos causado dor e prejuízos”, contou o prefeito Junior Marabá.
Uma das principais melhorias na Nova UCC é a unidade de coleta de exames do LACEN, dentro da estrutura. Isso irá acelerar os processos de diagnósticos e dar mais comodidade aos pacientes suspeitos de contaminação. “Esta nova estrutura vai dar mais dignidade e humanidade aos atendimentos”, pontuou.
Não houve acréscimo de custo para realização da obra. A empresa que construiu a Nova UCC, foi a mesma responsável pela montagem da primeira estrutura.
“Trabalhamos com os módulos, que é algo de mais inovador para o momento, para que pudéssemos climatizar o ambiente e também pensamos na privacidade do nosso usuário. Fizemos as rampas de acesso, pensando naqueles que por ventura apresentarem dificuldade na locomoção, como os cadeirantes”, disse a diretora da UCC, Kenia Guedes.
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Mar / 2021 |
Senador Major Olímpio tem morte cerebral após Covid-19 |
O senador Major Olímpio (PSL) teve morte cerebral nesta quinta-feira (18) após ter sido diagnosticado com Covid-19, em São Paulo. A informação foi divulgada pela família através das redes sociais do senador.
"Com muita dor no coração, comunicamos a morte cerebral do grande pai, irmão e amigo, Senador Major Olímpio. Por lei a família terá que aguardar 12 horas para confirmar o óbito e está verificando quais órgãos serão doados. Obrigado por tudo que fez por nós, pelo nosso Brasil", diz a conta do parlamentar no Twitter.
O senador Sérgio Olímpio Gomes, conhecido como Major Olímpio (PSL), estava internado desde o dia 2 de março no Hospital São Camilo, na capital paulista, e no dia 5 de março foi transferido para uma unidade de tratamento intensivo (UTI).
Além de Olímpio, também já morreram de coronavírus, desde o início da pandemia, os senadores José Maranhão (MDB-PB), de 87 anos, e Arolde de Oliveira (PSD-RJ).
Natural de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, Olímpio completaria 59 anos em 20 de março. Foi deputado federal e deputado estadual em São Paulo por dois mandatos. Antes de se dedicar à carreira política, Olímpio serviu como policial militar no estado de São Paulo por 29 anos.
O senador deixa esposa e dois filhos. Antes de ingressar no PSL, em março de 2018, o senador já havia passado pelo Partido Verde, PDT e Solidariedade.
Além de bacharel em ciências jurídicas e sociais, titulação obtida ao concluir da Academia do Barro Branco da Polícia Militar, exerceu as profissões de jornalista, professor de educação física e de técnica em defesa pessoal, além de ter sido instrutor de tiro.
Há uma semana, a família publicou nas redes sociais de Olímpio que o quadro dele “era estável e inspirava cuidados” e pedia orações e respeito para que ele continuasse o tratamento. A piora no quadro de Olímpio provocado pela Covid-19 foi rápida. No dia 4 de março, quando internado, o senador usou as redes sociais para dizer que estava "evoluindo satisfatoriamente" e que “apesar da gravidade e tenho fé que em breve estou de volta ao combate!”.
Apesar da internação, Major Olímpio chegou a participar, em 3 de março de uma sessão de trabalhos do Senado, através de videoconferência direto do hospital.
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Mar / 2021 |
Plantão da Dengue em LEM |
22 municípios da Bahia vão ter o comércio não essencial fechado. A medida, publicada nesta sexta-feira (19), vale da próxima segunda-feira (22) até o dia 29 de março. Com isso, apenas o comércio essencial poderá funcionar, caso de atividades relacionadas à saúde, venda de gêneros alimentícios, feiras livres, segurança e atividades de urgência e emergência.
No mesmo período, o toque de recolher – mantido em todo estado a até 1° de abril – será ampliado em uma hora, indo das 19h às 5h. O decreto vale para Andorinha, Antônio Gonçalves, Campo Alegre de Lourdes, Campo Formoso, Cansanção, Canudos, Casa Nova, Curaçá, Filadélfia, Itiúba, Jaguarari, Juazeiro, Nordestina, Pilão Arcado, Pindobaçu, Ponto Novo, Queimadas, Remanso, Senhor do Bonfim, Sento Sé, Sobradinho e Uauá.
Na noite de ontem, quinta-feira, 18, por volta das 21h, durante patrulhamento tático da RONDESP OESTE, nas proximidades do Parque de Exposições, a guarnição avistou um veículo em atitude suspeita que estava sendo conduzido por G.B.M, 20 anos.
Ao proceder a abordagem e busca no veículo, os policiais encontraram seis trouxinhas maconha. Ao ser questionado, G.B.M alegou que seria para uso próprio e que havia comprado no bairro Vila Nova, na casa de D.S.S, 35 anos.
Ao chegar ao local informado, o proprietário I.S.C permitiu a entrada da guarnição e, no interior da residência, utilizando o cão farejador, foi localizada, enterrado em um banco de areia no quintal da casa, uma sacola contendo: 2 tabletes grandes de maconha pesando 1.220kg - 4 pedaços médios de maconha pesando 1.280kg - 5 pedaços pequenos de maconha com 370g - 1 porção solta de maconha pesando 100g - 79 papelotes pesando aproximadamente 130g - 1 balança de precisão.
Diante dos fatos, foi dado voz de prisão a D.S.S e G.B.M. Os dois foram apresentados na delegacia de polícia para a adoção de medidas cabíveis.
Um ano após a criação da força-tarefa que fiscaliza o cumprimento dos decretos municipais de combate à Covid-19, foram realizadas, até esta quinta-feira (18), 366 mil ações fiscais, segundo balanço divulgado pela prefeitura de Salvador.
O grupo é composto por agentes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur), apoiados pela Polícia Militar (PM-BA). Até o momento, foram feitad mais de 357 mil vistorias, 8.400 interdições, 100 cassações de alvará e aproximadamente 700 aglomerações foram dispersadas.
Os estabelecimentos que mais infringem as regras são os bares, restaurantes, salões de beleza e barbearias. Entre os bairros que lideram o ranking de descumprimento dos decretos estão Cajazeiras, Pernambués, São Marcos, Itapuã, Fazenda Grande do Retiro e Boca do Rio.
Somente durante o toque de recolher foram realizadas mais de 28 mil vistorias, 373 interdições e cerca de 100 aglomerações foram dispersadas. Os números se referem ao período entre os dias 19 de fevereiro e a última terça-feira (16).
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Mar / 2021 |
Sesab diz que utilizará Sputnik V na BA, mas Ministério da Saúde requer doses para o PNI |
Nos bastidores, um grande impasse permanece acerca da vacinação contra a Covid-19 na Bahia. Enquanto o governo estadual afirma que utilizará as 9,7 milhões de doses da Sputnik V diretamente para a população baiana, o Ministério da Saúde afirma que o imunizante, negociado pelo Consórcio do Nordeste junto ao Fundo Soberano Russo, será incluído no Plano Nacional de Imunização (PNI) e distribuído de forma proporcional e igualitária para todos os estados brasileiros.
Na última segunda-feira (15), o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já havia contado que realizou um acordo com o Consórcio para a inclusão das milhões de doses, compradas pelos governos nordestinos, no PNI. Segundo ele, o governo federal reembolsará os estados pela vacina, a ser distribuída para todo o Brasil, não apenas o Nordeste.
Em nota ao Bahia Notícias, o Ministério da Saúde, já sob o comando extraoficial do cardiologista Marcelo Queiroga, reafirmou o posicionamento.
“Após reuniões com governadores do Consórcio do Nordeste, ficou definido que o contrato para a aquisição de 37 milhões de doses da vacina russa Sputnik V seria fechado pelo consórcio, devido à negociação já em andamento junto ao Fundo Soberano Russo, responsável pela venda do imunizante desenvolvido pelo Instituto Gamaleya. Ficou acordado também que, nesse caso, a pasta assumirá o pagamento e a distribuição desses imunizantes para todos os estados e Distrito Federal”, diz a nota.
A assessoria de comunicação do Ministério ainda ressaltou o aspecto legal, afirmando que as unidades federativas podem adquirir imunizantes desde que as doses sejam direcionadas ao PNI.
“O Ministério da Saúde esclarece que a Lei n° 14.124, de 10 de março de 2021, autoriza a compra de vacinas contra a covid-19 por estados, Distrito Federal e municípios desde que o produto da compra seja destinado ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), a fim de ser distribuído para todo o Brasil de forma proporcional e igualitária”, justificou.
Por outro lado, a Secretaria Estadual da Saúde (Sesab), também provocada pelo BN, reafirmou que a previsão é que 9,7 milhões de doses da vacina russa virão diretamente para a Bahia. Ou seja: sem interferência do Ministério da Saúde.
O QUE DIZ O DIREITO
No último dia 23 de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal (STF), após ação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), autorizou que estados e municípios comprassem vacinas contra a Covid-19, em caso de insuficiência de doses ou descumprimento do PNI por parte do Ministério da Saúde.
Diante desse impasse, o Bahia Notícias consultou o advogado Fábio Periandro, professor de Direito Constitucional na Universidade Federal da Bahia (UFBA), e questionou se o governo baiano pode utilizar as doses da Sputnik V para imunizar a população do estado, a despeito do Plano Nacional de Imunização.
Conforme Periandro, a utilização local das doses compradas pelo Consórcio Nordeste se justificaria, diante do contexto de avanço da pandemia no país e da baixa velocidade da vacinação.
“O Plano Nacional de Imunização é programado para até o final de um ano em que os registros são de 3 mil mortes ao dia. A urgência me parece que justifica, de forma plena, o uso de toda a carga vacinal local e, caso haja excedente, um envio oportuno à esfera federal”, opinou o jurista.
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Mar / 2021 |
Maior procura por leitos de UTI pode ter relação com infecção \'diferente\' da 1ª onda da |
Após a Bahia atingir o maior número de óbitos notificados pelo estado no período de um dia, a procura diretamente por leitos de UTI pode ter crescido por conta de uma infecção da Covid-19 mais forte. De acordo com a infectologista Clarissa Cerqueira, a infecção é "diferente da primeira onda da pandemia".
"Estava no hospital que estavam com Covid na primeira onda. A evolução é bem diferente. Algumas pessoas estão usando medicações em horas erradas, corticoides. Se é essa cepa, que tem resultados preliminares apontando uma maior gravidade. Estamos observando uma demanda alta para leitos de UTI e mais grave", explicou Clarissa ao Bahia Notícias.
A última quinta-feira (18) também registrou um novo recorde de pacientes internados com casos graves da Covid-19: 1.162 pessoas. Esse número está ocupando leitos de terapia intensiva para adultos, além de 21 crianças em vagas de UTIs pediátricas, somando 1.183 baianos.
Na Bahia, a diferença de ocupação entre leitos de UTI e enfermaria é de 20%. A ocupação das UTIs para adultos subiu de 86% para 87% nas últimas 24 horas, com as unidades de terapia intensiva para crianças, a taxa teve uma queda de 64% para 58%. Já nas enfermarias, o percentual de vagas preenchidas é de 67% entre as para adultos e 69% nas infantis, segundo a secretaria de saúde do estado.
Mesmo enfrentando o momento mais crítico da pandemia na Bahia, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) está prestes romper o vínculo com pelo menos 800 médicas e médicos contratados por regime CLT - a partir de organizações sociais (OS). Os profissionais prestam serviço em unidades de saúde na capital e no interior do estado, a exemplo do Hospital Geral Roberto Santos, o Prado Valadares, em Jequié, maternidades e UPAs.
Para que se mantenham em seus postos de trabalho, os profissionais deverão, obrigatoriamente, constituir com as unidades de saúde um vínculo via Pessoa Jurídica (PJ), culminando na perda de direitos trabalhistas, como férias, 13º salário, recolhimento de INSS e FGTS, assim como afastamento remunerado em caso de doenças.
A “pejotização” na contratação de médicos na Bahia está amparada na Portaria 1003/2010. À época, o chamamento público apontava para a contratação de serviços médicos aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), em hospitais públicos de urgência/emergência e de retaguarda, administrados diretamente pela Sesab. Em 20 de fevereiro deste ano, aos 10 anos de vigência da Portaria 1003, o Estado publicou no Diário Oficial uma atualização da tabela remuneratória.
Durante o ano de 2020, quando a crise sanitária provocada pela Covid-19 obrigou a contratação de equipes médicas e abertura de novos leitos, a gestão estadual, amparada pela portaria de 2010, aplicou pelo menos R$ 151 milhões em credenciamento direto de profissionais de saúde, contratados por PJ e com dispensa de licitação. Para o Sindimed, o atual contexto faz acender o sinal de alerta, pois a urgência da pandemia tem aberto a possibilidade de ampliar o modelo de contratação, burlando a previsão constitucional de realização de concurso público, além de delinear um contexto de precarização que vai desde as condições de trabalho à oferta de serviço ao público que recorre ao SUS no estado.
“Desde 2010 a Sesab tem um edital de credenciamento direto, que é uma burla ao concurso público. Um credenciamento direto tem que ser por edital muito bem posto e todos os médicos terem acessos. Em 2010 eles fizeram o edital e estamos aí com 10 anos de vigência, quando já deveria ter sido revisto, editado e divulgado amplamente. Somente alguns médicos é que ficam sabendo do credenciamento direto. Existem empresas especializadas em fazer essas Pessoas Jurídicas, que ganham um pedaço do trabalho do médico e na verdade é uma burla ao vínculo de fato, que é mediante o concurso público”, avalia Ana Rita de Luna, médica cirurgiã plástica e presidente do Sindimed.
Segundo ela, a precarização do vínculo resulta também na falta de segurança quanto à suposta especialização do profissional, pois o Estado “não pede provas, não se apresenta vínculos, apenas a identificação da Pessoa Jurídica”. Um levantamento feito pelo jurídico do sindicato observou que no credenciamento de especialidades há PJs sem a suposta área de atuação específica cadastrada junto ao Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb).
“A gente vê também que muitos médicos com uma melhor qualificação poderiam ocupar essas vagas mediante concurso ou alguma prova ou forma que confirmasse qualificação técnica, mas ficam para trás, em detrimentos de alguns”, acrescenta Ana Rita. “A gente está em plena pandemia e o Estado vai impor para a classe médica demissões, ao invés de valorizar a classe que está arriscando sua vida para poder cuidar da população”, desabafa. O último concurso estadual que contemplou a classe ocorreu em 2008.
Para a advogada do Sindimed, Cristiana Santos, o “argumento fiscal” não justifica o vácuo de 10 anos sem a realização de concurso público, pois, neste período, o Estado realizou certames para contratação de profissionais em diversas outras áreas. Segunda ela, o que a Sesab coloca em prática é a execução de uma discussão que a pasta vem ampliando há alguns anos com a classe médica: o desejo de “extinguir os concursos públicos e passar a contratar todos na condição de sócios de pessoa jurídica”.
“Será o fim da carreira de médico como servidor público. É essa pejotização para todo mundo. Os médicos não serão mais estatutários. Serão contratados na condição de sócios de pessoa jurídica. A consequência imediata é se deixar de ter servidor público de carreira que pense políticas públicas de saúde, que conheça a estrutura pública de saúde do estado. Em um intervalo de 10 anos sem concurso já se perdeu muita gente que se aposentou e não se está renovando esse quadro. Além disso, tem ilegalidades de não ter concurso, a ilegalidade dos direcionamentos. Você imaginar um diretor da Sesab ligando para o médico para dizer que ‘você monte sua empresa’. Por que não é por um edital aberto?”, questiona Cristiana.
Ao Bahia Notícias, uma fonte revelou que a “orientação” aos profissionais para a criação e associação de pessoa jurídica costuma ocorrer por meios informais, seja pelo gestor imediato do especialista e até mesmo por aplicativos de troca de mensagens. Situações deste tipo estão detalhadas em uma denúncia apresentada pelo Sindimed ao Ministério Público Estadual da Bahia (MP-BA) em 2020. O documento revela que, em alguns casos, a empresa determinada para fazer a administração das sociedades de pessoas jurídicas precisa ter “anuência e alinhamento com a gestão da unidade onde deverá se instalar”.
Conforme a Portaria Nº236/2019, “o prazo de vigência dos contratos, em razão da necessidade de efetiva disponibilidade orçamentária, há que ser de 12 (doze) meses, inexistindo impedimento para prorrogação contínua a partir da renovação". Na avaliação de Cristiane, o modelo abre espaço para o “compadrio”, ou seja, o beneficiamento de profissionais a partir de outras relações, não somente suas capacidades técnicas, tempo de serviço e experiências acumuladas.
Se tem terra, tem que ter plantio. É assim que os produtores agrícolas baianos têm pensado nas duas últimas décadas. Ao menos, é o que indica o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com a Análise Estadual da Evolução de Uso e Cobertura do Território feita pelo instituto, entre 2000 e 2018, houve um crescimento de 87,3% da área agrícola baiana, fazendo a cobertura da produção em terras subir de 16.808 para 31.490 km².
Na região Nordeste, a Bahia foi o estado que mais expandiu a sua área. Já em comparação com todo o território nacional, foi o sexto estado que mais ampliou o uso de terras em termos absolutos, atrás de Mato Grosso, São Paulo, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
Apesar de quase ter dobrado a área disponível para a produção agrícola, a Bahia está longe de ser um dos estados com mais terras para a agricultura proporcionalmente. O monitoramento de cobertura agrícola mostra que 5,6% do território baiano foi utilizado com essa finalidade em 2018, ocupando a 12ª colocação do ranking nacional, que é liderado por São Paulo, que tem 40,8% das suas terras para este fim. Isto, no entanto, não impede que o crescimento seja uma notícia positiva para a economia estadual, que tem 25% do seu Produto Interno Bruto (PIB) vinculado ao agronegócio, e regional, no caso do Oeste do estado, que foi quem puxou para cima o uso de terras para fins agrícolas e viu sua economia crescer através da produção e do escoamento de grãos e da geração de empregos.
Bahia foi sexto estado que mais expandiu área de produção agrícola
Disparada
As mudanças que chegaram no Oeste ao longo dos 18 anos de crescimento da produção são destacadas por quem viu de perto tudo acontecer. Paulo Schmidt, produtor de soja que vive na região há 40 anos e mora em Luís Eduardo Magalhães, afirma que a qualidade de vida do oeste hoje é superior ao período anterior a esta ampliação.
"Se você comparar o interior da Bahia que tem o agro com o que não tem, geração de emprego, economia, educação, tudo é melhor onde existe a produção agrícola. Você pega Luís Eduardo Magalhães e o Oeste como um todo e vê que a qualidade de vida de hoje é muito melhor do que nos anos 80, quando o agro ainda não tinha toda essa força", conta o produtor.
Paulo, ao lado da filha na imagem, afirma que crescimento da agricultura mudou qualidade de vida no Oeste
De acordo com Mariana Viveiros, supervisora de disseminação de informações do IBGE na Bahia, a expansão da fronteira agrícola, sobretudo no Oeste, tem sim um impacto positivo na economia da região. Para ela, o avanço visto por lá é muito por conta da inserção da região no ‘Matopiba’, grupo composto por regiões de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, que ampliaram a fronteira da produção agrícola para investir em grãos, gerando produtos com um valor alto de mercado.
"Essa questão tem um impacto positivo, principalmente, para a região Oeste porque além de estar na área da Matopiba, ao passo que essa área de produção se expandiu, houve um investimento direto em grãos, que são produtos valorizados, que geram um valor alto para a economia e têm influência direta nos ganhos e na geração de renda e emprego", explica Mariana, que destaca Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, São Desidério e Formosa do Rio Preto como os principais municípios impactados por esse crescimento.
O avanço citado por Paulo Schmidt e confirmado por Mariana é fruto de um movimento de adaptação dos produtores que passaram a investir em grãos, como soja, milho, feijão, arroz e algodão, o que deu certo, cresceu e impactou diretamente na economia e no modo de produção do Oeste.
Segundo Schmidt, hoje, a produção agrícola é conduzida com investimento e maquinário de primeiro nível. "Tudo isso gerou empregos e riquezas para a nossa região. Hoje, o produtor daqui busca constantemente uma melhora no agro. O nível tecnológico da nossa produção é tão grande quanto qualquer lugar do mundo. O algodão produzido aqui é tão bom quanto o americano, o australiano. Nossa tecnologia compete em igualdade com qualquer lugar do mundo", afirma.
Secretário Lucas Costa afirma que crescimento é bom para toda a Bahia
Impacto estadual
E não é só o Oeste que cresce com o aumento da cobertura de terras pela produção agrícola na Bahia. Isso porque o agronegócio é o maior setor da economia baiana e é responsável por 51% das exportações estaduais, garante Lucas Costa, secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri).
"Não tenha dúvida de que o crescimento é de suma importância para a Bahia. O setor emprega, hoje, um terço dos baianos. Então, é uma atividade que está em todo lugar e que, quanto mais cresce, mais se ganha para os produtores, para quem se emprega nesse crescimento e para o estado em geração de renda".
Bernardino Santos, produtor de hortaliças e milho em Jaguaquara, no Sul da Bahia, vibra com o crescimento do setor e afirma que a expansão da agricultura no estado só tem a acrescentar para os que já estão no ramo e para a população em geral.
"O agronegócio é permanente. Mesmo na pandemia, não parou como outros setores porque tem uma demanda que não para. Para nós, é positivo demais que a produção tenha aumentado. Aqui, já tinha banana e cacau. O povo chegou e fez soja, milho e feijão, que tem prosperado. Fora isso, tem quem produz frutas. Isso tudo junto gera muito emprego, gera renda e movimenta as outras áreas, o que resulta em um ganho coletivo", salienta Bernardino.
Para Pedro Marques, técnico da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), o agronegócio tem papel fundamental no PIB. "É para considerar o crescimento das áreas de produção como um fenômeno positivo. Em termos comparativos, esse é um dado positivo. Por estar dentro do agronegócio, que é parte importante do PIB do estado, o crescimento em proporção é algo significativo e relevante para a economia do estado", diz.
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Mar / 2021 |
Novo horário de funcionamento do Sistema Drive Thru |
O sistema Drive Thru montado pela Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, através da Secretaria Municipal de Saúde, para oferecer mais agilidade na aplicação das vacinas contra a Covid-19, está com novo horário de funcionamento.
Agora, de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, sem intervalo de almoço e no sábado, das 8h às 12h. Lembrando que o ponto fica localizado no estacionamento às margens da BR 242.
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Mar / 2021 |
Luís Eduardo Magalhães recebe nova remessa de Coronavac |
A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, através da Secretaria Municipal de Saúde recebeu ontem, quarta-feira (17), 430 doses da vacina Coronavac do Governo do Estado.
Os grupos prioritários ainda são os trabalhadores de saúde que atuam na linha de frente da pandemia e idosos acima de 70 anos. E a secretaria Municipal de Saúde tem seguido as recomendações do Ministério da Saúde sobre o público alvo que deve ser vacinado neste início de campanha.
A vacinação continua nesta quinta-feira, dia 18, a partir das 8h, no sistema Drive Thru, montado no estacionamento às margens da BR 242.
A Prefeitura de Barreiras esclarece que foi alvo nessa quinta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal, autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que apura procedimentos no âmbito de uma licitação, cuja Ata de Registro de Preços teve a adesão do Município de Barreiras.
Conforme autorização judicial, a Polícia Federal realizou diligências com o objetivo de localizar documentos que contribuam na elucidação dos fatos pertinentes à investigação. A Prefeitura de Barreiras, por meio da Procuradoria Geral do Município, está colaborando com o fornecimento de todos os documentos requeridos pela Polícia Federal, necessários à elucidação dos fatos pertinentes à investigação em curso.
Barreiras-BA, 18 de março de 2021.
Prefeitura de Barreiras
Capital do Oeste
Um enfermeiro foi encontrado morto dentro de um banheiro no Hospital São Matheus, em Feira de Santana, na última terça-feira (16). Segundo apurado pela reportagem, o homem de 34 anos estava em treinamento na unidade de saúde chegou a receber manobras de ressuscitação.
Segundo o blog local Criativaonline, as Polícias Civil e Militar foram acionadas. No jaleco dele, agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) encontraram ampolas de sedativos. O caso deve ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
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Mar / 2021 |
TCU investiga Forças Armadas por não ofertar leitos de unidades militares durante pandemia |
O TCU (Tribunal de Contas da União) investiga possíveis irregularidades por parte de Ministério da Defesa, Exército, Aeronáutica e Marinha ao não ofertarem a civis leitos destinados a pacientes com Covid-19 em unidades militares de saúde.
Auditores do tribunal já constataram que essas unidades de saúde se recusam a divulgar a ocupação e a disponibilidade de leitos para o tratamento de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
Diante disso, o ministro Benjamin Zymler, relator do processo, determinou em medida cautelar que o Ministério da Defesa e as três Forças Armadas informem a disponibilização diária de leitos de enfermaria e UTI, em cada unidade de saúde militar, destinados a pacientes com Covid-19. Os órgãos também precisam informar a taxa de ocupação de cada unidade.
Esses dados devem ser fornecidos ao Ministério da Saúde, às secretarias estaduais de Saúde e à população em geral. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (17). O prazo para a entrega dos dados é de cinco dias úteis.
O Hospital das Forças Armadas, em Brasília, é um desses espaços militares que têm leitos específicos para tratar pacientes com Covid-19. A UTI do hospital chegou a atingir uma ocupação de 90%. A instituição tem usado um contêiner frigorífico como necrotério.
A área técnica havia sugerido ao ministro que recomendasse à Defesa e às Forças a adoção de "medidas necessárias om vistas à celebração de convênios com o SUS para o compartilhamento com a população em geral dos leitos clínicos e de UTI de suas organizações de saúde, nas localidades em que os sistemas de saúde encontram-se em colapso", como consta no despacho.
Zymler deixou de atender à recomendação, "embora pertinente". Segundo ele, esse tipo de medida não poderia ser adotado em uma cautelar.
O ponto de partida do TCU foi a existência de leitos ociosos em unidade militar de saúde em Manaus, reservados a militares, enquanto a rede pública local vivia em janeiro um colapso generalizado, ao ponto de centenas de pacientes serem transferidos para hospitais em outros estados.
As unidades militares recebem dinheiro da União, como afirmou o ministro do TCU. Somente em 2020, houve empenhos -autorizações para gastos- de quase R$ 2 bilhões, segundo Zymler. Esses espaços usam "estruturas físicas pertencentes à União, pessoal remunerado pelos cofres federais e realizam licitações", disse.
"É, pois, inegável que tais unidades pertencem à administração pública, mesmo que sejam parcialmente custeadas com recursos privados dos militares e de seus dependentes", complementou.
Para o ministro, é impensável falar em reserva de vagas, financiadas com dinheiro público, "para determinados setores da sociedade". "Isso poderia caracterizar uma contrariedade aos princípios da dignidade humana e da isonomia, além da violação do dever básico do Estado previsto na Constituição, que é prever o acesso à saúde de forma universal."
Segundo Zymler, existem instrumentos jurídicos que permitem a colaboração de unidades militares de saúde com leitos para pacientes com Covid-19 que não sejam militares.
"A constatação diária de grande quantidade de óbitos por todo o país decorrente do colapso do SUS e da rede privada de saúde quanto à oferta de leitos clínicos e de UTI demanda que qualquer solução seja adotada no menor espaço de tempo possível", afirmou o ministro.
Na noite desta quarta (17), a reportagem fez contato com o Ministério da Defesa sobre a decisão do TCU e aguarda uma resposta.