Uma técnica de enfermagem que simulou ter aplicado a vacina contra a Covid-19 em uma idosa de 97 anos, na quinta-feira (28), em um shopping na cidade de Maceió, capital de Alagoas, foi afastada pela prefeitura da cidade por conta da conduta. A mulher chegou a furar o braço esquerdo da idosa, mas o líquido não foi injetado.
O Ministério Público Estadual de Alagoas informou que vai apurar o caso. Além de afastar a profissional, a prefeitura abriu um procedimento administrativo para investigar o ocorrido. O nome da técnica de enfermagem não foi divulgado.
Segundo a família da idosa, ela estava ansiosa para receber a vacina, pois está há dez meses sem receber visitas dos filhos e netos. Por volta das 12h de quinta, ela foi levada pela cuidadora para se vacinar, e a responsável gravou um vídeo da suposta imunização para mostrar aos familiares da idosa.
Nas imagens, a técnica de enfermagem prepara o local da injeção passando um algodão, depois injeta a agulha e não aperta o êmbolo, deixando todo o líquido dentro do cilindro. “Isso dá reação?”, questiona a cuidadora da idosa. A técnica então responde que não viu nenhum comentário sobre isso; ao mesmo tempo, ela retira a injeção intacta e passa o algodão no braço da idosa.
Após a falsa aplicação, a cuidadora enviou o vídeo para a família. Ao verem o vídeo, os familiares da idosa ficaram estarrecidos ao notarem que o imunizante não foi injetado.
– Graças a Deus que a vacinação foi filmada porque, se não fosse o vídeo, iríamos acreditar que minha avó tinha sido imunizada. Apesar de 97 anos, ela é muito ativa e estava chateada de ficar em casa todos esses meses e sem receber visitas dos filhos e netos. Temos um grupo dos netos, e estávamos comemorando que ela estava tomando a vacina – contou uma das netas.
A família da mulher então procurou o responsável pela vacinação, para relatar o ocorrido; e, após ter sido constatado que a senhora não tomou a vacina, outra profissional de saúde fez a aplicação correta da vacina. O momento foi gravado novamente para comprovar que a idosa recebeu a vacina desta vez.
– Ela estava ansiosa, e nós, na expectativa da vacina. Todo dia ela perguntava, e hoje aconteceu isso. Ficou uma situação que gera indignação e o questionamento de quantas pessoas podem não ter sido vacinadas. É muito sério, neste momento, expor uma pessoa idosa a conviver [com outros] sem vacina, achando que foi imunizada – completou a neta.
A permanência de mais de quatro anos e meio do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) na presidência da Câmara dos Deputados está a pouco mais de três dias do fim. No cargo desde 14 de julho de 2016, Maia se favoreceu de uma série de manobras políticas que permitiram que o parlamentar conseguisse “engatar” três mandatos consecutivos, algo sem precedentes na história da Casa.
Na longa matemática de Maia no poder, são 1.660 dias até esta sexta-feira (29), que se transformarão em 1.663 ao fim de seu mandato na próxima segunda-feira (1°). Traduzidos, os números mostram que ele é o presidente da Câmara há mais tempo consecutivo no poder desde 1958, quando Ranieri Mazzilli ficou 2.542 dias, ou quase sete anos, até deixar o comando da Câmara em 1965.
O que difere Maia de Mazzilli, porém, é o fato de que o herdeiro político de Cesar Maia conseguiu a “proeza” de estabelecer três mandatos seguidos na presidência da Câmara, algo sem registro na história da Casa que completa 200 anos em 2026. O primeiro deles aconteceu após a renúncia de Eduardo Cunha (MDB), em 2016, quando Maia venceu Rogério Rosso (PSD-DF), por 285 votos a 170.
Em 2017, ao favorecer-se do fato de que seu primeiro mandato foi “tampão”, Maia conseguiu eleger-se para seu segundo período, com uma folgada votação de 293 votos contra 105 do segundo colocado, Jovair Arantes (PTB-GO). Na época, Rodrigo Maia se beneficiou de uma decisão do ministro Celso de Mello, do STF, que entendeu que não havia justificativa para impedir a candidatura de Maia.
Por fim, em 2019, o parlamentar se aproveitou do fato de que estava em um novo mandato e ampliou o tempo no comando da Câmara ao vencer, com 334 votos, os concorrentes Fábio Ramalho (MDB-MG), Marcelo Freixo (PSOL-RJ), JHC (PSB-AL), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Ricardo Barros (PP-PR) e General Peternelli (PSL-SP).
Durante a tradicional live de quinta-feira (29), o presidente Jair Bolsonaro aproveitou para alfinetar dois de seus potenciais adversários nas eleições presidenciais de 2022. Em uma crítica feita às restrições impostas em alguns locais do Brasil, Bolsonaro ironizou as idas do governador de São Paulo, João Doria, e do apresentador Luciano Huck ao exterior.
– Eu não sou daqueles de “vamos fechar e vamos para Miami”. Não teve um outro cara também que foi passear em qual ilha mesmo? Aquele que tem um narigão que parece um órgão. Não vou falar aqui. Parece um órgão acessório. Também fica pregando, abraçando os outros em cima de uma capa plástica e vai passear em Saint Barth com a família. Assim é fácil – disse Bolsonaro.
A fala foi feita em um momento em que o presidente falava da necessidade da volta ao trabalho e do retorno da economia do país. Segundo ele, a manutenção dos setores econômicos fechados seria causadora do aumento da fome e da alta da inflação no país.
– Temos que voltar a trabalhar. Tem que voltar a trabalhar, pessoal. Desde o primeiro momento, eu falei para vocês que eu, como chefe do Executivo, tinha que respeitar os idosos, as pessoas com comorbidade, mas eu não podia mostrar um pânico, medo – declarou o chefe do Executivo.
O governo federal afirmou que é, a princípio, contra o adiamento da aplicação da segunda dose da CoronaVac, vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan contra a Covid-19. A pasta afirmou que um intervalo maior do que 28 dias entre as duas doses pode colocar em risco a proteção dada pela vacina.
– É importante ressaltar que as recomendações [de aplicação] têm como base os estudos clínicos da fase 3 do imunizante, que indicam que o intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de duas a quatro semanas. Não há, até o momento, evidências científicas de que a ampliação desse intervalo irá oferecer a proteção necessária à população – afirmou o Ministério em nota.
A hipótese de adiar para além de quatro semanas o intervalo entre a primeira e a segunda dose foi levantada pelo Centro de Contingência para o combate ao coronavírus do estado de São Paulo. Na quarta-feira (27), a gestão do governador paulista, João Doria (PSDB) anunciou que enviaria uma consulta ao Ministério da Saúde para postergar a aplicação da segunda dose.
A nota da pasta federal não é uma resposta direta à solicitação da gestão paulista, que ainda terá que ser respondida pelo governo federal, mas evidencia que o Ministério da Saúde não deve apoiar a iniciativa.
O Brasil encerrou o mês de dezembro de 2020 com um resultado de -67.906 vagas, segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Apesar de inicialmente parecer negativo, o resultado foi o melhor desde 1995, o motivo disso é o fato de o último mês do ano ser tradicionalmente de perda de postos, devido à sazonalidade.
Para efeito de comparação, em dezembro de 2019, por exemplo, o número de postos de trabalho fechados foi de 307.311 vagas, número mais de 350% maior que o 2020. O resultado positivo mostrou que, apesar do lockdown, o país conseguiu uma retomada da geração de emprego formal, sendo o mês de novembro o melhor saldo informado pelas empresas para um único mês.
De janeiro a dezembro de 2020, foram 15.166.221 admissões e 15.023.531 desligamentos (com ajustes até dezembro de 2020). O estoque de empregos formais no país chegou a 38.952.313 vínculos. Apenas em dezembro, o Brasil teve 1.239.280 admissões e 1.307.186 desligamentos.
Segundo o governo federal, os resultados mostraram que o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda foi bem-sucedido em evitar demissões, mesmo em um ano afetado pela grave pandemia de Covid-19. O programa foi feito por meio de pagamento de benefício mensal a trabalhadores que tiveram o contrato de trabalho suspenso ou a jornada e o salário reduzidos.
De acordo com os dados oficiais, o Benefício Emergencial de Preservação da Renda e do Emprego (BEm) permitiu 20.119.302 acordos entre 9.849.115 empregados e 1.464.517 empregadores no Brasil.
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Jan / 2021 |
Assessor de Mourão que discutiu impeachment é exonerado |
A exoneração do assessor do vice-presidente Hamilton Mourão, Ricardo Roesch Morato Filho, foi publicada oficialmente na edição desta sexta-feira (29) do Diário Oficial da União. A demissão foi motivada por uma troca de conversas revelada pelo site O Antagonista.
Nas mensagens, enviadas por meio do WhatsApp, Ricardo disse ao chefe de gabinete de um deputado que era preciso “estar preparado” para um impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Morato Filho também comparou o vice com o presidente, ao dizer que Mourão era “mais preparado e político”.
Em outro momento da conversa, o assessor de Mourão ainda comentou que o chefe “dividiu a ala militar do governo, antes dominada por Augusto Heleno” e disse que “o capitão [Bolsonaro] está errando muito na pandemia”.
Um levantamento, feito pelo instituto Paraná Pesquisas e divulgado nesta sexta-feira (29) pela revista Veja, aponta que o presidente Jair Bolsonaro está na liderança de todos os cenários de pesquisa para a eleição presidencial de 2022. A análise foi feita pela empresa de pesquisa entre os dias 22 e 26 de janeiro.
No cenário mais realista para 2022, Bolsonaro lidera o primeiro turno com 30,5% das intenções de voto, seguido pelo ex-ministro Sergio Moro (12%), Ciro Gomes, do PDT (10,6%), Fernando Haddad, do PT (9,5%) e Luciano Huck (8,1%).
Já em um cenário mais favorável a Bolsonaro, aquele em que Moro não disputa, o presidente aparece com 33,7%, contra 12,1% de Ciro na segunda colocação; uma diferença superior a 20 pontos. Nesse quadro, Haddad aparece com 11,7% e Huck com 9,4%.
Em um eventual segundo turno, Bolsonaro lidera em quatro dos cenários, mas empata tecnicamente com Moro (39,1% a 37,6%). Contra Lula, a liderança do atual presidente fica em quase sete pontos percentuais (42,4% a 35,7%). A simulação mais tranquila para o presidente é quando ele enfrenta João Doria – a distância entre eles é de mais de 15 pontos percentuais (44,9% a 29,4%).
A pesquisa foi realizada com 2.002 pessoas, em 204 municípios dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
30
Jan / 2021 |
BARREIRAS: 83ª CIPM REALIZA PARADA GERAL COM SUA TROPA |
Na sexta-feira (29), a 83ª CIPM realizou a primeira Parada Geral do ano de 2021 com a sua tropa.
Na ocasião, o comandante, Major PM Vinícius, fez a análise da produção da Unidade no ano de 2020 e, através dos demais oficiais, repassou assuntos internos acumulados desde a última parada, relativos a viaturas, escala, licenças, férias, punições etc.
A Parada Geral ocorreu no auditório da CDL, teve início às 8h e terminou por volta das 12h.
POLÍCIA MILITAR DA BAHIA
"Uma força a serviço do cidadão"
83ª CIPM/Barreiras - A Paz é Fruto da Justiça
30
Jan / 2021 |
COVID-19: Mais de 800 pessoas já foram vacinadas em LEM |
A Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães, através da secretaria de Saúde já vacinou 885 pessoas contra a Covid-19 até essa quinta-feira (28). Foram 665 doses aplicadas em profissionais de saúde e 230 em idosos com 75 anos ou mais no município.
As doses restantes estão sendo aplicadas em trabalhadores da saúde, que fazem parte do grupo prioritário.
Total de vacinas:
Luís Eduardo Magalhães recebeu 720 doses da Coronavac e 430 doses da Oxford/ Astrazeneca. O município aguarda novos lotes para cumprir a primeira fase do Plano Nacional de Vacinação.
Moradores do Residencial Solar proximo ao conjunto habitacional Buritis, estão apartir desta sexta-feira sem energia elétrica. É que funcionários da Coelba(Companhia de Energia Elétrica do Estado da Bahia estiveram na localidade realizando corte no fornecimento de energia que estava sendo utilizada de forma ilegal ou seja ligação clandestina.
Os moradores em protestam fecharam o anel viário
Foi necessário a presença da policia militar para o cumprimento da ordem. Os mais de 350 moradores entre homens,mulheres,crianças e idosos agora estão sem os dois beneficios essenciais,água e energia. Revoltados,eles ameaçam protestar contra o poder público bloqueando a rodovia BA 744 que liga Barreiras a Angical com pneus e outros objetos para evitar a passagem de veiculos.
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Jan / 2021 |
Plano Geral de Retomada das Aulas da Secretaria de Educação de Barreiras se torna referênc |
Após reunião ocorrida na quarta-feira (27) com o Ministério Público Estadual, momento que a secretária de educação de Barreiras, Cátia Alencar, apresentou o Plano Geral de Retomada das Aulas já aprovado nas instâncias locais, ao Comitê Estadual de Saúde/SESAB, à Coordenadoria do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde – CESAU/MP-BA, ao Ministério Público Federal e à Coordenação de Defesa da Educação/MP-BA, a Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer decidiu que as aulas nas escolas da rede municipal continuarão ocorrendo remotamente até o dia 15 de fevereiro.
Ainda participaram da reunião o secretário municipal da saúde, Melchisedec Neves e os assessores jurídicos da Procuradoria Geral do Município, tendo o Plano de Retomada das Aulas de Barreiras sido elogiado e aprovado por unanimidade. Na oportunidade, foi requerida a publicação no site da União dos Municípios da Bahia-UPB, para servir de subsídio norteador a outros municípios do Estado.
A secretária de educação, Cátia Alencar disse que “enquanto se aguarda o posicionamento da CESAU/MP-BA sobre a formalização de nossa propositura com definição do parâmetro abrangente à região oeste, e se processa o ajuste requerido para a Secretaria Municipal de Saúde, optamos por manter a carga horária prevista no Calendário Reestruturado, já aprovado pelo Conselho Municipal de Educação, em aulas totalmente remotas por mais 15 dias”.
A Oi, empresa em recuperação judicial, informou nesta sexta-feira (29) que foi assinado com a Telefônica Brasil, TIM e Claro o contrato para venda das Sociedades de Propósito Específico (SPEs) Ativos Móveis, vencedoras do procedimento competitivo realizado em 14 de dezembro de 2020, por R$ 16,5 bilhões.
Segundo a empresa, a operação está em conformidade com o Aditamento ao Plano de Recuperação Judicial homologado pelo Juízo da 7ª Vara Empresarial da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro em 5 de outubro de 2020.
Dos R$ 16,5 bilhões previstos, R$ 756 milhões referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi às compradoras, bem como a celebração de contrato de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi e algumas de suas controladas, na modalidade "take or pay", cujo valor presente líquido (VPL), calculado para fins e na forma prevista no Aditamento ao PRJ, é de R$ 819 milhões.
A efetiva conclusão da operação, com a transferência das ações das SPEs Ativos Móveis para as compradoras está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e à anuência prévia da Anatel, bem como ao cumprimento de condições precedentes usuais para operações dessa natureza, previstas no contrato.
Em comunicado, a TIM esclarece que a efetivação da aquisição pelas Compradoras da UPI Ativos Móveis deverá ocorrer conforme o plano de segregação de tais ativos, de modo que cada uma das compradoras adquirirá ações de uma SPE contendo sua parte dos ativos da UPI Ativos Móveis.
"Essa transação, a partir de sua concretização, trará benefícios aos acionistas da TIM, por meio de geração de receitas e eficiências em virtude de sinergias operacionais, bem como aos seus clientes, em decorrência da melhoria na experiência de uso e qualidade do serviço prestado e, finalmente, ao setor como um todo em razão do reforço da capacidade de investimento, inovação tecnológica e competitividade", diz a empresa.
A Vivo também destaca em fato relevante que a operação trará benefícios aos acionistas da companhia através de geração de receitas e eficiências em virtude de sinergias operacionais, bem como aos seus clientes, em decorrência do compromisso com a excelência na qualidade do serviço prestado. Para o setor como um todo, destaca, trata benefícios em razão do reforço na capacidade de realizar investimentos e criar inovações tecnológicas de maneira sustentável, contribuindo para a digitalização do país.
Se o Pix já faz parte da vida dos brasileiros na hora de fazer uma transferência, ou até mesmo como ferramenta para paquerar, ainda é pouco comum ver o QR code no balcão do comércio. Dados da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), por exemplo, mostram que 38% dos bares e restaurantes do país ainda não se cadastraram no sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central.
Estatísticas do BC confirmam esse comportamento. Enquanto o número de transações de pessoas para empresas foi de 1 milhão, em novembro, as transferências entre usuários aconteceram quase 24 milhões de vezes. Mesmo em volume, a diferença é expressiva: os consumidores movimentaram R$ 1,3 milhão em compras, enquanto transferiram R$ 11,4 milhões para outros usuários.
Se o Pix promete reduzir custos e manter o capital de giro das empresas aquecido enquanto, por outro lado, deixa a compra mais barata para o consumidor, por que o varejo ainda não aderiu massivamente ao sistema?
"A demora e a dificuldade para ter acesso a uma política clara de preços, o desconhecimento sobre os custos da transação junto aos bancos é o que tem feito com que os empresários, especialmente os pequenos, esperem um pouco mais para aderir ao Pix", afirma Kelly Carvalho, assessora econômica da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).
Entre os comerciantes que participaram do levantamento da Abrasel, 43% disseram que sentem dificuldade em integrar o Pix aos sistemas do negócio, 42% não acham as taxas cobradas por bancos atrativas e 28% sentem medo de fraudes e golpes. A soma é maior do que 100%, porque a pesquisa permitia múltiplas respostas.
Para o coordenador do comitê de inovação do Banco Original, Raul Moreira, é preciso dividir esses empresários em dois grupos, ao menos. Enquanto grandes redes do varejo se anteciparam ao lançamento do Pix e prepararam seus sistemas para operar com o meio de pagamentos instantâneo, o pequeno e médio empreendedor ainda estudam como implementar a melhoria.
"A comunicação é um ponto fundamental. Muitos têm dúvidas sobre o cadastro dos consumidores. Só que quem paga não precisa estar registrado. É um desafio enorme esclarecer questões básicas e isso não depende de integração tecnológica; é diálogo. Uma postura de favorecer o cliente, com taxas competitivas, e tirar as desconfianças em relação ao processo", diz Moreira.
O Banco Original, por exemplo, resolveu zerar as taxas para micro e pequenos empreendedores pelo menos até o final do ano. "Na nossa opinião, outras instituições também deveriam isentar profissionais liberais e pequenos negócios, justamente para melhorar essa relação. Em 2021, a economia ainda passa por um momento crítico e, se os comerciantes passassem a usar o Pix, poderia haver uma alavancagem das vendas e redução dos custos. Os MEI precisam desse suporte", diz o executivo do banco.
De acordo com o BC, ainda é cedo para querer cobrar uma adesão massiva do comércio ao Pix. Conforme disse a autoridade por meio de sua assessoria de imprensa, a implementação do sistema no varejo está crescendo diariamente, de forma gradual.
"Já existem inúmeras redes varejistas, pequenos negócios e autônomos que estão começando a aceitar Pix. Boa parte do varejo conta com sistemas de vendas que precisam ser integrados para a geração dos QR Codes e a conciliação dos pagamentos, o que requer um tempo de integração e ajustes nas soluções e softwares", disse o BC em nota.
O executivo do Banco Original afirma que, em novembro, quando o sistema foi lançado pelo BC, a época não era propícia para integração de um novo meio de pagamento, já que a maioria dos comerciantes atualiza seus sistemas operacionais e de caixa justamente no início do ano, passado o período mais forte de vendas, quando fazem o balanço do faturamento.
Outra causa apontada pelo BC para a demora do aparecimento do serviço de pagamento em tempo real nos balcões do varejo é a competitividade da oferta de bancos. "É natural que as instituições estejam sentindo o mercado para se posicionar e, do outro lado, os comerciantes estejam pesquisando as melhores condições entre as diversas instituições", disse a assessoria da autoridade.
Com lançamento programado para o segundo trimestre do ano, o saque no varejo por meio do sistema do BC é outra coisa que coloca “uma pulga atrás da orelha” do empresariado. Uma das preocupações é quanto ao limite do saque, que até agora não foi estabelecido pelo BC, e sobre a segurança do caixa.
"Hoje, o pequeno comerciante usa uma quantidade limitada de papel moeda. Muitas das vendas são recebidas por cartão de crédito e débito. A partir do momento em que você vai oferecer saque no varejo, existe uma preocupação maior com roubos, por exemplo. Isso precisa ser mais detalhado e discutido antes de entrar em vigor para não ser mais uma dificuldade para o comerciante na crise", diz Carvalho, da Fecomercio.
Para Moreira, do Original, o desafio é o mesmo: informar. "Havia um anseio grande da sociedade de encontrar uma forma mais simples e barata de transferir dinheiro. Isso foi atendido. Agora, é preciso demonstrar que o sistema é maior ainda e dar sequência à agenda do BC, com o Pix Agendado, Saque Pix, e o que vier. Esse é o desafio."
A Fecomercio tem realizado encontros digitais periódicos com os comerciantes e publicado cartilhas no site para explicar melhor o funcionamento do sistema. "A gente sabe que esse sistema traz agilidade, barateia os custos e é seguro. Quem ganha é o empreendedor", diz Carvalho.
Emerson Júnior, paciente com síndrome de Down que emocionou a internet após aparecer em uma imagem abraçando um enfermeiro, morreu nesta quinta-feira (28) em decorrência da Covid-19. Aos 30 anos de idade, ele estava internado desde o último dia 20 com sintomas da doença e aguardava para ser transferido para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Manaus.
A foto que viralizou nas redes sociais foi tirada na madrugada de sexta-feira (22) para sábado (23), em um hospital de campanha de Caapiranga, interior do Amazonas, após o falecimento de um senhor que também estava no local.
Júnior estava muito agitado e não permitia que colocassem a máscara de oxigênio nele. Para tentar acalmá-lo e convencê-lo, o enfermeiro Raimundo Nogueira Matos, de 38 anos, resolve abraçá-lo.
“Achei muito lindo. Senti que Deus estava ali e usou o enfermeiro para acalmá-lo. Ele se sentiu calmo e graças ao Ray conseguiu voltar a respiração normal”, contou a operadora de máquina Mirene Borges da Silva, 38 anos, que também estava internada com a Covid-19 e fotografou os dois.
Na terça-feira (26), ele teve uma parada cardíaca, precisou ser intubado e transferido para um hospital na cidade de Manacapuru, a 99 Km de Manaus. Keitiane Loureiro, uma das irmãs dele, conta que Emerson chegou a apresentar uma melhora e que a expectativa era que ele fosse transferido para uma UTI de Manaus nesta quinta-feira.
“Nem a gente entendeu o que aconteceu. Na madrugada, a saturação de oxigênio foi para 98%. Pensamos que seria possível levá-lo para a UTI. Quando foi de manhã, a assistente
social no ligou para avisar do falecimento”, relata.
A morte de Emerson comoveu os moradores da cidade de Caapiranga, onde ele morava.
“Junior era muito querido por todos nós da cidade, uma eterna criança, super doce, carinhoso, adorado por todos nós. Vamos sentir sua falta nos festejos, suas danças engraçadas, seus contos engraçados, ah é difícil demais”, escreveu Aurys Matos, conselheira tutelar no município.
Keitiane também conta que ele era um “xodó” e diz que os bons momentos com o irmão não serão esquecidos. “Os profissionais de saúde fizeram de tudo para tentar salvá-lo, ele era muito querido. Vai fazer muita falta em Caapiranga, mas sempre vamos lembrar da alegria dele.”
O Amazonas vive uma grave crise por conta do avanço da segunda onda de coronavírus. Neste mês, começou a faltar oxigênio nos hospitais das redes públicas e particular do estado.
De acordo com dados da plataforma Monitora Covid-19, da Fiocruz, o Amazonas ultrapassou o Rio de Janeiro e se tornou o estado com maior a maior taxa de mortalidade por Covid-19 no Brasil desde o começo da pandemia. São 171,87 óbitos a cada 100 mil habitantes.
Casos graves de Covid-19 podem afetar a qualidade do esperma de um homem, possivelmente afetando sua fertilidade, de acordo com um novo estudo publicado quinta-feira na revista Reproduction.
"Este relatório fornece a primeira evidência direta até o momento de que a infecção por Covid-19 prejudica a qualidade do sêmen e o potencial reprodutivo masculino", disse o estudo.
No entanto, especialistas não envolvidos na pesquisa estão céticos sobre a conclusão do relatório e pediram cautela na generalização dos resultados da pesquisa.
"É preciso levantar uma nota forte de cautela na interpretação desses dados. Por exemplo, os autores afirmam que seus dados demonstram que 'a infecção por Covid-19 causa prejuízos significativos da função reprodutiva masculina', embora apenas mostrem realmente uma associação," disse Allan Pacey, professor de andrologia da Universidade de Sheffield em South Yorkshire, no Reino Unido, por e-mail.
"Estar doente por causa de qualquer vírus, como a gripe, pode diminuir temporariamente sua contagem de esperma (às vezes para zero) por algumas semanas ou meses. Isso torna difícil descobrir o quanto das reduções observadas neste estudo foram específicas para Covid-19, em vez do que apenas por estar doente ", disse a Dra. Channa Jayasena, consultora em endocrinologia reprodutiva e andrologia do Imperial College London, por e-mail.
Além disso, "é importante notar que não há evidências do vírus da Covid-19 no sêmen e que não há evidências de que o vírus possa ser transmitido via sêmen", disse Alison Murdoch, que dirige o Newcastle Fertility Centre no International Centre for Life, Newcastle University, no Reino Unido, por e-mail.
O estudo comparou 105 homens férteis sem Covid-19 com 84 homens férteis que testaram positivo para o novo coronavírus. Os pesquisadores, então, analisaram o sêmen dos participantes em intervalos de 10 dias por 60 dias.
Em comparação com homens saudáveis ??sem o novo coronavírus, o estudo encontrou um aumento significativo na inflamação e estresse oxidativo em células de esperma pertencentes a homens com Covid-19. A concentração, mobilidade e forma de seus espermatozoides também foram afetadas negativamente pelo vírus.
As diferenças aumentaram com a gravidade da doença, concluiu o estudo.
"Esses efeitos sobre as células espermáticas estão associados à menor qualidade dos espermatozoides e redução do potencial de fertilidade. Embora esses efeitos tendam a melhorar com o tempo, eles permaneceram significativa e anormalmente maiores nos pacientes com Covid-19, e a magnitude dessas mudanças também foram relacionadas à doença severidade", disse o pesquisador principal Behzad Hajizadeh Maleki, um estudante de doutorado na Justus Liebig University Giessen, em Hesse, Alemanha, em um comunicado.
Havia também níveis muito mais altos de atividade enzimática ACE2 em homens que tiveram Covid-19, descobriu o estudo.
A ACE2, ou enzima conversora de angiotensina 2, é a proteína que fornece o ponto de entrada para o novo coronavírus se conectar e infectar uma ampla gama de células humanas.
No entanto, não é surpreendente que a Covid-19 possa impactar o sistema reprodutivo masculino porque os receptores ACE2, que são os mesmos receptores que o vírus usa para obter acesso aos tecidos do pulmão, também são encontrados nos testículos, disse Pacey, que também é editor-chefe da revista Human Fertility.
Autoridades de saúde estão sugerindo o uso de duas máscaras de proteção como forma de aumentar o nível de proteção contra o novo coronavírus e suas múltiplas variantes mais contagiosas.
"Se você tem uma cobertura física com uma camada, coloca outra camada, faz sentido que seja mais eficaz, e é por isso que você vê as pessoas com máscaras duplas ou fazendo uma versão de uma N95", disse Anthony Fauci, agora conselheiro médico chefe do presidente Joe Biden, em entrevista à NBC.
Biden e a vice-presidente Kamala Harris estão usando máscaras em dobro há semanas – na verdade, Biden costumava ser visto com uma máscara cirúrgica sob sua cobertura de tecido preto antes de ser empossado.
No dia da posse, o secretário de transportes, Pete Buttigieg, e seu marido, Chasten Buttigieg, tiraram uma selfie usando duas máscaras cada. A poetisa Amanda Gorman também usou uma máscara cirúrgica por baixo de sua versão da Prada.
Os senadores republicanos Mitch Romney e Marco Rubio foram vistos usando máscaras duplas no Capitólio em meados de dezembro.
Uma máscara de camada única não é realmente eficaz no bloqueio de aerossóis, mostram estudos, e mesmo as máscaras de tecido de duas e três camadas feitas em casa são apenas parcialmente protetoras – algo em torno de 50% a 60% da faixa de eficácia.
As máscaras cirúrgicas, também chamadas de máscaras de grau médico, são feitas de três camadas de TNT, normalmente feito de plástico. A camada superior colorida do tecido é feita de polipropileno de grau médico, que é um polímero de resina colado por calor em uma estrutura semelhante a uma teia.
Um estudo de 2020 descobriu que as máscaras cirúrgicas eram cerca de 50% eficazes na proteção de usuário contra aerossóis de outras pessoas.
Mas coloque uma máscara cirúrgica sob uma máscara de pano e você terá "mais de 91% de eficiência de remoção de partículas", disse Joseph Allen, professor associado da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard, e diretor do programa escolar Edifícios Saudáveis, em entrevista recente.
Em meados de dezembro, Linsey Marr, professor de engenharia civil e ambiental da Virginia Tech, um dos maiores especialistas em transmissão de vírus por aerossol, e Monica Gandhi, professora de medicina da UCSF / San Francisco General Hospital, publicaram um comentário pedindo o uso de duas máscaras.
"Para proteção máxima", Marr e Gandhi sugeriram que o público poderia "usar uma máscara de pano firmemente em cima de uma máscara cirúrgica onde a máscara cirúrgica atua como um filtro e a máscara de pano fornece uma camada adicional de filtração enquanto melhora o ajuste."
Uma segunda opção, eles disseram, poderia ser usar uma máscara de três camadas feita de um tecido flexível que se adapta ao rosto, com uma inserção de um "material de filtro de alta eficiência", como um saco de vácuo.
As melhores coberturas faciais para proteção são os respiradores do tipo N95, feitos de fibras tecidas com uma carga elétrica que pode reter partículas errantes. Produtos semelhantes incluem o chinês KN95, as versões europeias FFP1 e FFP2, o P2 de Austrália e Nova Zelândia, e o DS2, de Coreia do Sul e Japão.
"Considere a atualização de uma máscara de pano para uma máscara cirúrgica ou de uma máscara cirúrgica para uma N95 / KN95, se disponível. Máscaras melhores podem ajudar a reduzir o risco de cepas mais contagiosas", tuitou o ex-diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) Tom Friedan na segunda-feira (25).
Mas o CDC não está recomendando máscaras N95 para o público em geral, em parte, devido à falta de máscaras para profissionais de saúde e também devido à preocupação de que as pessoas possam não se adaptar a essas máscaras, que podem dificultar a respiração.
"Eu me preocupo que se sugerirmos ou exigirmos que as pessoas usem N95, elas não as usarão o tempo todo", disse Rochelle Walensky, a nova chefe do CDC, a Anderson Cooper da CNN e ao correspondente médico-chefe Dr. Sanjay Gupta na quarta-feira (27).
"Elas são muito difíceis de respirar quando usadas adequadamente", disse Walensky. "Eles são muito difíceis de tolerar quando você usa por longos períodos de tempo."
Quem furar a fila da vacinação contra a Covid-19 no Pará poderá ser punido com uma pena que pode variar entre multa e até 12 anos de prisão. A medida foi publicada em ofício do Governo do Estado, expedido na quinta-feira (28) pelo órgão.
Segundo o Governo do Pará, furar a fila - ou seja, ser vacinado quando não integra um dos grupos prioritários - pode ser configurado como crime de infração de medida sanitária e peculato, com a pena máxima prevista de 12 anos de reclusão.
Nesta primeira fase do Plano Paraense de Vacinação contra o coronavírus, as doses são destinadas aos profissionais da saúde, pessoas com mais de 60 anos que vivem em lares de longa permanência (asilos) e indígenas aldeados. Quem não integrar qualquer desses grupos e tomar a vacina, estará furando a fila e, portanto, infringindo a lei.
Ainda de acordo com o Governo do Pará, a pena será aumentada em ? se o agente for funcionário da saúde pública como farmacêutico ou dentista. Em relação aos funcionários públicos que furarem a fila, eles deverão responder também por improbidade administrativa.
Os fura-filas da vacina já causaram, inclusive, investigação do Ministério Público do Pará. A Promotoria de Justiça de Bragança instaurou em 20 de janeiro um procedimento para apurar as denúncias sobre uma mulher que teria recebido a vacina, mesmo sem ser dos grupos prioritários.
De acordo com o MP-PA, a mulher teria trabalhado como engenheira na reforma do Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, onde também teria recebido a dose. Não obstante, ela teria publicado a vacinação nas redes sociais.
Em 26 de janeiro, o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG) publicou uma nota em que informou que a fiscalização está sendo realizada pelos MPs de todo o país, para acompanhar os planos de vacinação e “promovendo a responsabilidades daqueles que tenham cometido os desvios”.
O número de mortes pela Covid-19 no México ultrapassou o total da Índia, nesta quinta-feira (28). Com isso, o país se tornou o terceiro com maior número de mortes pelo novo coronavírus, de acordo com a Universidade Johns Hopkins.
Os dados do universidade mostram que o México registrou 155.145 mortes por Covid-19 desde o início da pandemia, enquanto a Índia contabilizou 154.010.
A Índia tem uma população de 1,35 bilhão, mais de 10 vezes a do país latino-americano.
Isso ocorre no momento em que o México está lutando contra o agravamento do surto de Covid-19. No domingo, o presidente do país, Andrés Manuel Lopez Obrador, testou positivo para o vírus.
O homem mais rico do México, Carlos Slim Helú, também foi infectado e agora está se recuperando, anunciou seu filho nas redes sociais, na terça-feira (26).
Na quinta, o Ministério da Saúde do México relatou 18.670 novos casos de Covid-19 e 1.506 mortes adicionais.
Os dois países com mais mortes por Covid-19 são Estados Unidos e Brasil, segundo dados da Johns Hopkins.