Notícias

A vacina contra a Covid-19 Soberana 2, desenvolvida em Cuba, entrou nesta quinta-feira (5) na fase 3 dos testes clínicos, a última antes da aprovação, conforme anunciaram as autoridades locais, que destacaram que se trata da primeira vacina latino-americana a chegar tão longe. As informações são da agência France Presse.

 

"É incrível que um país pequeno como Cuba, uma ilha pobre em recursos materiais, mas muito rica em recursos humanos, tenha avançado até esse ponto", declarou em entrevista coletiva o médico Vicente Vérez, diretor do Instituto Finlay de Vacinas.

 

O recrutamento dos 44 mil voluntários com idade entre 19 e 80 anos já começou, e o processo deve ter início na próxima semana, indicou o instituto. A última fase terá "uma duração aproximada de três meses, após aplicada a última dose", informou o vice-diretor Yury Valdés.

 

O vice-diretor especificou que o grupo de voluntários foi dividido em três para o estudo. Alguns receberão duas doses de Soberana 2 com 28 dias de intervalo, outros receberão duas doses mais uma adicional para aumentar a imunidade e o terceiro um placebo.

 

Mas, antes mesmo de terminar essa fase, "os resultados parciais desses testes podem ser usados para avançar em outras categorias, como a autorização do uso emergencial" da vacina, como já aconteceu com outras no mundo, acrescentou Valdés.

 

Caso a Soberana 2 obtenha a autorização final, se tornará a primeira vacina contra a Covid-19 concebida e produzida na América Latina.

 

Sob embargo dos Estados Unidos desde 1962, Cuba começou a desenvolver suas próprias vacinas na década de 1980. Atualmente, 80% das vacinas incluídas em seu programa de imunização são fabricadas na ilha.

 

Baseados nessa experiência, cientistas do país desenvolvem quatro candidatas a vacina contra o novo coronavírus: Soberana 1 (atualmente na fase 2), Soberana 2, Abdala (aguarda autorização para avançar à fase 3) e Mambisa (fase 1).

 

As três primeiras são administradas por injeção, enquanto a quarta por spray nasal. Ao contrário de outros imunizantes lançados no mercado, nenhuma das quatro precisa ser armazenada em condições de frio extremo.

 

Especialistas da ilha também trabalham em uma quinta candidata, Soberana +, baseada em uma reformulação da Soberana 1 e destinada a pessoas que estão com a doença. Todas as vacinas cubanas são de proteínas recombinantes.

 

Cuba, cuja meta é vacinar toda a sua população até o fim do ano, é um dos países da região menos afetados pela doença, com 53 mil infectados e 336 mortos em uma população de 11,2 milhões de habitantes.

Fonte:Bahia Notícias
voltar   home   subir  imprimir
  Curta nossa página
  PUBLICIDADE

| Todos os Direitos Reservados |