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O governo de São Paulo estuda criar uma fase roxa no plano de flexibilização da pandemia, se a situação de leitos e mortes piorar no estado.

A discussão sobre uma etapa com mais restrições ocorre há algum tempo no Centro de Contingência do Coronavírus, do qual fazem parte 20 especialistas e membros do governo. E ela se intensificou nesta semana. Ainda não há consenso sobre o assunto. Metade do grupo quer, e a outra metade não quer. Nada foi divulgado na coletiva desta quarta-feira (10).

A continuidade da abertura das escolas públicas e particulares também está em discussão no governo, ainda com análise de dados da pandemia. Seguindo o que fizeram países europeus, o estado manteve a educação aberta mesmo na fase vermelha. Especialistas têm defendido que as escolas sejam interrompidas apenas se houver um lockdown, pois todo o resto estará, de fato, fechado.

O governo também deve acatar recomendações do Ministério Público sobre suspensão do futebol e de cultos religiosos. Nesta quarta-feira (10), a Federação Paulista de Futebol se reúne com o MP para discutir o assunto. Caso não acate o pedido, o governo fica sujeito a uma ação civil pública. A decisão com relação às escolas, aos esportes e às igrejas deve vir antes de uma nova fase de restrições, ainda esta semana.

A definição sobre uma eventual fase roxa viria de uma conclusão de que a fase vermelha não foi efetiva para diminuir os números da pandemia no estado. Como a fase vermelha começou há apenas cinco dias, integrantes do comitê acreditam que ainda é cedo para a definição. Há possibilidade de que a recomendação ocorra para a próxima semana.

Nesta terça-feira (9), o estado de São Paulo registrou 517 mortes pela Covid-19, número mais alto desde o começo da pandemia. Até então, o recorde era do último dia 2, quando 468 perderam a vida em um período de 24 horas.

O número de casos continua subindo; é o mais alto deste ano, com 16.058 infectados.

As taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 82,8% na Grande São Paulo e 82% no estado.

Mesmo com a decretação da fase vermelha, foram constatados comércios com meia porta aberta, camelôs e botecos funcionando. As escolas públicas e particulares foram autorizadas a funcionar, mas registraram diminuição no número de alunos, por medo da transmissão da Covid no momento atual. Os pais se dividiram entre pedir o fechamento completo das unidades e exigir que elas continuem atendendo as crianças.

Nesta terça-feira, uma juíza que já havia autorizado em janeiro que as escola não fossem abertas determinou que professores e funcionários não podem ser convocados para aulas presenciais em escolas públicas e privadas, em regiões que estejam nas fases laranja e vermelha. O estado não foi notificado ainda, mas já avisou que recorreria da decisão. Em janeiro, o presidente do Tribunal de Justiça derrubou a proibição dois dias depois.

*Estadão

Fonte:Pleno News
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