O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, informou nesta segunda-feira (29) que está entregando o cargo. Em nota, ele agradeceu ao presidente Jair Bolsonaro e disse que “sai na certeza da missão cumprida”.
A exoneração do militar ainda não consta no Diário Oficial da União.
O comunicado do general não informa o motivo da entrega do cargo e acontece no mesmo dia em que o chanceler Ernesto Araújo também deixa o cargo, após embates públicos com o Congresso Nacional e pressão do Centrão pela sua queda. Diferentemente do diplomata, não havia indícios de que Azevedo estaria saindo do cargo.
Nos bastidores, ventila-se o nome do atual ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, para chefiar a Defesa. Em seu lugar, o ministro Luiz Eduardo Ramos, que está na Secretaria de Governo, assumiria a cadeira. Desta maneira, a articulação com o Congresso seria entregue a um político. Até o momento, o nome mais cotado é o do senador Eduardo Gomes, líder do governo no Congresso.
Azevedo e Silva assumiu a Defesa ainda no período de transição para o governo Bolsonaro. Ele estava à frente do ministério há dois anos e três meses.
NOTA OFICIAL
Agradeço ao Presidente da República, a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos, a oportunidade de ter servido ao País, como Ministro de Estado da Defesa.
Nesse período, preservei as Forças Armadas como instituições de Estado.
O meu reconhecimento e gratidão aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e suas respectivas forças, que nunca mediram esforços para atender às necessidades e emergências da população brasileira.
Saio na certeza da missão cumprida.
Fernando Azevedo e Silva