Thayná Oliveira Ferreira, a babá do menino Henry Borel, voltou atrás na versão que deu em depoimento à polícia e admitiu, na segunda-feira (12), que mentiu aos agentes no relato anterior que deu sobre o caso. Desta vez, Thayná afirmou que sabia das agressões contra a criança e alegou que a mãe de Henry, Monique Medeiros, pediu que ela mentisse para a polícia há duas semanas.
Em mais de sete horas de declarações, Thayná relatou que a empregada da casa, Leila Rosângela, a Rose, também mentiu. A polícia sabe que, no dia 12 de fevereiro, quando o vereador Dr. Jairinho teria agredido o menino no final da tarde, as duas funcionárias estavam dentro do apartamento.
A data foi a mesma em que Thayná mandou mensagens para Monique contando o que estava acontecendo e relatando as agressões, reveladas a ela pelo próprio Henry, depois que saiu do quarto de Dr. Jairinho.
No dia seguinte, 13 de fevereiro, Monique levou o filho ao Real D’Or, unidade pediátrica em Bangu, Zona Oeste da cidade, mas afirmou que o filho tinha caído da cama.
Na troca de mensagens entre Monique Medeiros da Costa Silva de Almeida, mãe do menino Henry Borel, de 4 anos, e Thayná de Oliveira Ferreira, babá da criança, a funcionária descreve uma suposta sessão de tortura à qual o menino foi submetido em 12 de fevereiro no apartamento do casal, de acordo com a polícia.
Na conversa, a mulher relatou que Henry e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho, ficaram trancados por alguns minutos em um cômodo do apartamento, com o som da TV alto. A criança depois mostrou hematomas e contou que levou uma “banda [rasteira]” e “chutes” e reclamou de dores no joelho e na cabeça.
A troca de mensagens entre Thayná e Monique aconteceu entre 16h20 e 18h03 daquela data, 26 dias antes da morte de Henry. Nas conversas, durante dois minutos, elas falam sobre Jairinho ter ficado trancado no quarto com Henry.
Os prints dos diálogos de WhatsApp foram encontrados na galeria do telefone de Monique. Os investigadores consideraram as informações “absolutamente contundentes”.