O governo abrirá o capital dos aeroportos Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e Congonhas, em São Paulo, que estão entre as dez pontes aéreas mais frequentadas do mundo. Segundo informações do jornal O Globo, a Infraero estuda se desfazer de até 49% da participação nesses dois aeroportos, a partir da entrada de um sócio privado. O objetivo é fazer a Infraero voltar a dar lucro e incrementar o serviço com novas tecnologias. Em 2015, a empresa registrou resultado negativo de R$ 3 bilhões, após já ter prejuízo de R$ 2,1 bilhões no ano anterior. “Pode ser 20%, 30%, 40%, o que eu não posso é passar o controle.
Mas eu posso passar uma fatia (de Santos Dumont e Congonhas) e o privado entra pra dentro do jogo, melhorando a governança e trazendo tecnologias e receita à Infraero”, afirmou o diretor do Departamento de Estatais (Dest), Fernando Soares. Quem decidir entrar na disputa pelos dois terminais não precisará fazer grandes investimentos, devido à estrutura e capacidade instalada preexistente. De acordo com dados da Infraero, Congonhas tem capacidade para 17,1 milhões de passageiros por ano e Santos Dumont, 9,9 milhões de passageiros. Em 2015, o volume de passageiros em Congonhas chegou a 19,2 milhões e 9,2 milhões no Santos Dumont. Em 2014, a receita do Santos Dumont foi de R$ 194,2 milhões, a de Congonhas, R$ 315,9 milhões.