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O embate entre os apresentadores Sikêra Júnior e Xuxa Meneghel na Justiça parece estar longe de terminar. Depois das trocas de acusações em outubro do ano passado, quando protagonizaram disputas nos tribunais em razões de processos movidos por Xuxa, agora é a vez de Sikêra acionar a “rainha dos baixinhos” com uma ação de reconvenção contra ela.

O caso está com a juíza Glaucia Lacerda Mansutti, da 45ª Vara Cível de São Paulo, que vai analisar os pedidos de Xuxa contra Sikêra, e vice-versa, tudo na mesma ação. Essa foi a estratégia adotada pela defesa do titular do Alerta Nacional, da RedeTV! para responder às acusações feitas pela apresentadora na Justiça.

De acordo com a advogada Patrícia de Mendonça da Silva, especialista em Direito Civil que não tem ligação com a disputa judicial entre os apresentadores, uma ação de reconvenção é quando o autor de um processo passa a também ser réu após um pedido feito pela pessoa que era acusada na ação inicial, tudo isso no âmbito do mesmo processo ao qual ele já respondia.

– A reconvenção é uma ação do réu [no caso, Sikêra] contra o autor [Xuxa]. Neste caso, o autor passa a também ser réu, assim como o réu passa a também ser autor. O réu utiliza o mesmo processo para fazer um novo pedido. É uma forma de ataque, não de defesa – aponta Patrícia.

A especialista explica que uma única sentença decidirá sobre ambos os pedidos. Ou seja, uma das possibilidades é que os dois sejam condenados ao pagamento de indenização por danos morais na mesma decisão. Xuxa e Sikêra Jr. não comentam processos judiciais em andamento.

O EMBATE DE XUXA VS. SIKÊRA
As críticas de Sikêra a Xuxa começaram depois que a apresentadora compartilhou um vídeo do programa Alerta Nacional, comandado por ele, no qual aparecia um homem estuprando uma égua. Sikêra fez graça com a situação e convocou dois membros de seu programa para simularem a cena ao vivo. Xuxa apontou a apologia à zoofilia.

– Repostei fazendo a pergunta: onde está a graça? E reafirmei: zoofilia é crime. Pois bem, o tal senhor, em vez de ver o erro que fez e se desculpar com as famílias que veem seu programa, começou a me atacar, me chamando de pedófila e ex-rainha. E mais, disse que ensinava crianças a não deixarem ninguém tocá-las em certos lugares do corpo – escreveu ela em sua coluna na revista Vogue.

Sikêra então chamou a apresentadora de pedófila citando o fato de a apresentadora ter atuado no polêmico filme Amor, Estranho Amor (1982), no qual ela participava de uma cena sensual com um adolescente, e a acusou de fazer apologia às drogas, por ela ter dito em entrevista que sua mãe, dona Alda Meneghel (1937-2018), fazia uso de maconha medicinal contra uma doença degenerativa.

O apresentador da RedeTV! também afirmou que Xuxa incentiva as crianças a “safadeza, p*****a e suruba” por ter lançado recentemente o livro Maya, o Bebê Arco-Íris, que conta a história de uma garotinha que tem duas mães.

Xuxa, então, levou o caso à Justiça e alegou que “o conteúdo exibido e prolatado pelo requerido é calunioso”. A apresentadora alega que os comentários de Sikêra “não se tratam de liberdade de expressão, mas de abuso de direito”.

Em outubro, Xuxa chegou a pedir a cassação do título de jornalista do apresentador, o fim do Alerta Nacional e que ele fosse proibido de citar o nome dela na TV.

Apesar dos vários pedidos, a Justiça negou as liminares. No caso que está em análise pela 45ª Vara Cível de São Paulo, a defesa de Xuxa pede uma indenização de dano moral de R$ 500 mil — que ela diz que pretende doar a instituições de caridade. Na reconvenção, os advogados de Sikêra querem provar que ele também foi alvo de ataques.

Fonte:Pleno News
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