Especialistas em saúde das Nações Unidas recomendaram que a dose padrão de vacina contra febre amarela seja cortada em 80%, por conta de uma escassez da vacina global. Uma dose menor daria imunidade durante pelo menos 12 meses, disseram. Em casos de emergência, a primeira continuaria a ser dada. As reservas de segurança foram esgotadas em Angola, onde a doença já matou mais de 300 pessoas desde dezembro e foi necessário um programa de vacinação em massa.
O estoque mundial da vacina já foi esgotado duas vezes desde fevereiro. Em comunicado, a Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que a chamada “dosagem fracionada” só seria usada como uma medida de curto prazo em situações de emergência, por conta da escassez.
Apesar disso, a OMS não está claro se doses fracionadas teriam efeito em crianças. Atualmente, para uma campanha de vacinação na República Democrática do Congo está com aproximadamente 18 milhões de vacinas – todo o estoque. Nos últimos dias, o país relatou 1.044 casos suspeitos de febre amarela desde março, incluindo 71 mortes. De 61 casos confirmados, 53 foram ligadas a pessoas que haviam viajado para Angola – que informou 3.137 ocorrências suspeitas desde dezembro, com 345 óbitos registrados.