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Fórum Forró de Raiz lamenta falta de apoio do Governo em projeto de São João
Foto: Reprodução / YouTube

Há quem diga que o "dois para lá, dois para cá" pode ser um caminhar característico do início do mês de junho no Nordeste.  O ato de arrastar os pés no chão ao som de um triângulo e uma zabumba já te diz qual é o gênero que está sendo tocado antes mesmo da palavra forró ser pronunciada por qualquer indivíduo que por aqui viva ou que conheça a cultura nordestina.


Mas o questionamento é sempre o mesmo durante o período de São João: o forró é um gênero sazonal? 


É possível que em alguns lugares do Brasil, e até mesmo aqui pelo Nordeste, só lembrem de 'roncar' o fole, ou tirar a poeira da sanfona, no momento em que o calendário vira de 31 de maio para 1º de junho. No entanto, o ritmo faz parte da vida de muita gente ao longo dos 12 meses do ano.


Ao Bahia Notícias, a coordenadora do Fórum Forró de Raiz da Bahia, Alessandra Gramacho, relatou sua preocupação quanto a lembrança momentânea dos forrozeiros, que vivem da arte desde sempre.


"Essa ideia de que o forró é um ritmo sazonal foi feita através das mídias. Não interessa ao empresariado fomentar essa música, já que eles não conseguem transformar essa música, esses artistas em um produto que eles possam colocar valores sobre shows e enriquecer através deles. O forró deseja estar nos espaços, nos grandes palcos e grandes festivais, mas você nunca vai conseguir, de um artista de forró autêntico, a descaracterização da cultura dele".


Porém se engana quem acredita que o esquecimento se restringe aos outros 11 meses de junho. A coordenadora do Fórum da Bahia lamentou a falta de assistência aos forrozeiros até mesmo durante o período junino por parte do Governo da Bahia.

Fonte:Bahia Notícias
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