Mesmo com a não realização do tradicional desfile em homenagem à Independência da Bahia, a pequena Maria Antônia, de 5 anos, não deixou de celebrar o 2 de Julho nesta sexta-feira (2), na Lapinha, um dos principais pontos das históricas batalhas entre baianos e portugueses, entre 1822 e 1823.
Mãe da menina, a turismóloga Nira Cabral é paraense, mas mora na Bahia há 20 anos. Ela conta que leva Maria Antônia desde os dois anos para a solenidade – exceto no ano passado, por conta da pandemia da Covid-19. Ela explica que veste a filha como índia para homenagear os povos indígenas do Pará e a cabocla, um dos símbolos do 2 de Julho, ao lado do caboclo, que representa povos indígenas e mestiços baianos que lutaram pela independência.
Ela também lamenta o fato de os livros escolares não se aprofundarem sobre a história baiana. “Infelizmente, os próprios livros didáticos das escolas não se aprofundam. Elas morando aqui na Liberdade, é inevitável não participarem”, diz.
“Estimulo o fato de elas terem essas origens, de culturas e regiões diferentes do Brasil. O país com cultura diferenciadas de norte a sul. Então, pra elas poderem também conhecerem as próprias origens da Bahia”, acrescenta.