O celular do cabo da Polícia Militar, Luiz Paulo Dominguetti foi apreendido na sessão da CPI da Covid na última quinta-feira (1º). De acordo com matéria publicada pelo Fantástico, que teve acesso a mensagens do aparelho, investigadores indicam que ele negociava uma comissão de 25 centavos de dólar por dose de vacina.
O material está sob perícia e segundo análise preliminar, 900 caixas de diálogos já foram identificadas.
Em 10 de fevereiro, Dominguetti, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Dupply, enviou uma mensagem a um contato identificado como Guilherme Filho Odilon.
"Estamos negociando algumas vacinas em números superior a 3 milhões de doses. Neste caso a comissão fica em 0,25 centavos de dólar por dose".
"O que estamos fazendo é pegar o volume da comissão e dividimos de forma igual a todos os envolvidos, claro que proporcionalmente aos grupos. Sendo três pessoas, eu, você e seu parceiro não teria objeções em avançar neste sentido", continua.
Na sequência, Odilon pergunta a ele: "Caso quem assina venha a pedir alguma coisa, podemos ver entre nós três para viabilizar?". Dominguetti responde: "Ajustamos".
CPI
Na última quinta-feira (1º), Dominguetti prestou depoimento na CPI da Covid após declarar ao jornal Folha de S.Paulo, e aos Senadores, que Roberto Dias e outros membros do Ministério da Saúde queriam propina de um dólar por dose de vacina fornecida pela Davati.