O corpo de Adriano da Nóbrega foi exumado nesta segunda-feira (12) e passará por novos exames de perícia para avaliar as circunstâncias de sua morte, em fevereiro de 2020, na Bahia. A informação é da coluna Painel, da Folha de S.Paulo.
Adriano é apontado como chefe de uma milicia no Rio de Janeiro e possuía ligação com a família do presidente Jair Bolsonaro. Nóbrega foi citado na investigação que apura a prática chamada de "rachadinha" no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho do presidente. O inquérito da Polícia Civil da Bahia, concluído em agosto de 2020, diz que ele atirou sete vezes contra policiais militares. Ele foi atingido por dois tiros e estava escondido em um sítio na cidade de Esplanada, a 170 km de Salvador.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia, após exames no corpo de Adriano, não havia indicações de execução ou tortura.
De acordo com a Folha de S. Paulo, a exumação foi necessária para que exames de imagens sejam usados para detalhar os traumatismos ósseos causados pelos disparos. A ordem foi dada pela Justiça da Bahia.
O novo exame deverá analisar lesões causadas pelos disparos para que se descubra a distância do atirador e o caminho dos tiros que atingiram Nóbrega para comparação com relatos dos policias.