Pacientes baianos com HIV/Aids, meningite e anemia falciforme estão com seus respectivos tratamentos ameaçados e alguns já prejudicados por falta de estoque de alguns medicamentos no estado.
São pelo menos 18 fármacos do Componente Estratégico - ou Componente Especializado da Assistência Farmacêutica - em falta ou em iminência de falta, segundo dados da Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab).
Os medicamentos em questão são fornecidos pelo Ministério da Saúde e estão com a entrega atrasada.
No início do ano a situação era mais grave. Na época, eram 40 fármacos com descontinuidade de entrega por parte da União (leia mais aqui). Segundo a Sesab, “vários foram regularizados, mas ainda existem medicamentos com pendência de entrega”.
A secretaria informou que tem feito solicitações de regularização da entrega de medicamentos, através do envio mensal de ofícios ao Ministério da Saúde.
Dos 18 medicamentos em situação crítica, oito estão com estoque totalmente zerado. Destes, seis são do programa de HIV/Aids (Darunavir; Efavirenz; Etravirina; Lamivudina; Nevirapina; e Raltegravir); um é o Rifampicina suspensão oral do programa de meningite; e o outro o Fenoximetilpenicilina Potássica do programa de anemia falciforme.
Conforme a Sesab, a lista dos medicamentos em falta ou em iminência de falta inclui alguns disponíveis para aquisição fora do Brasil e/ou produzidos exclusivamente para o Ministério da Saúde. Portanto, o estoque do estado está submetido ao envio dos fármacos pela União.
A Bahia enfrentou um problema parecido há alguns dias. Os estoques de insulina do estado ficaram zerados e a Sesab alertou sobre os constantes atrasos nas entregas do Ministério da Saúde. A pasta pontuou que o MS estava com a entrega da programação do 3° trimestre de 2021 pendente e, por isso, o medicamento ficou indisponível em todo o estado durante semanas (leia mais aqui e aqui).