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Bahia pode insistir na Sputnik, mas Vilas-Boas adota cautela: 'Decisão cabe ao governador'
Foto: Paulo Victor Nadal/Bahia Notícias

Ao que parece, a Bahia e os estados do Nordeste podem continuar insistindo na aquisição de doses da vacina russa contra a Covid-19 Sputnik V, mesmo diante dos percalços e atrasos no envio. Ao Bahia Notícias, o secretário da Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, adotou um tom cauteloso e afirmou que “essa decisão cabe ao governador”. O titular da Sesab também sinalizou que os mandatários dos estados devem se reunir para discutir a questão.

 

A expectativa da Bahia e outros estados do Nordeste era de que um lote chegasse ao Brasil nesta semana. Estava prevista uma remessa de 1,1 milhão de doses da Sputnik V na quarta-feira (28), mas o envio foi cancelado pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), que ficou descontente com uma declaração do ministro da Saúde Marcelo Queiroga (lembre o episódio aqui).

 

Na semana passada o titular da Saúde no governo federal disse publicamente que o Brasil "não tinha necessidade" dos imunizantes Sputnik V e Covaxin - vacina indiana sobre a qual há suspeitas de irregularidade e que teve a compra cancelada nesta quinta-feira (29) (leia mais aqui).

 

Durante coletiva de imprensa em que sinalizou para o cancelamento da aquisição da Covaxin, Queiroga repetiu que o Governo Federal vai adquirir apenas imunizantes com registro definitivo ou emergencial na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

A autorização para o uso da Sputnik no Brasil foi dada pela Anvisa sob o mecanismo chamado de importação excepcional e temporária, que permitiria a aplicação da vacina em 1% da população dos estados solicitantes, com uma série de restrições em relação ao quadro geral de saúde e faixa etária dos vacinados.

 

Também na semana passada, quando os russos pediram um prazo de 48 horas para reavaliar como ficaria o envio de doses diante da fala do ministro, o governador do Piauí e presidente do Consórcio Nordeste, Wellington Dias (PT), classificou os esforços para comprar a vacina como uma "corrida de obstáculos".

Fonte:Bahia Notícias
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