A EMA (Agência Europeia de Medicamentos) começou nesta segunda-feira (6) uma avaliação acelerada sobre a aplicação de uma dose de reforço de vacina contra Covid para pessoas com 16 anos ou mais.
O esquema em estudo é uma terceira dose de vacina produzida pela Pfizer, administrada seis meses após a imunização completa. A EMA chama esse procedimento de reforço de vacinação, porque seu objetivo é restaurar, em pessoas saudáveis, os níveis de imunidade que podem ter baixado ao longo do tempo.
A agência também está avaliando a recomendação de uma terceira dose de vacina m-RNA (Pfizer ou Moderna) como parte do programa básico de imunização de pessoas com baixa imunidade, que não alcançam um nível adequado de proteção com o esquema padrão.
Doses extras de vacina são aplicadas em cerca de 30 países -inclusive no Brasil-, para diferentes grupos populacionais, mas cientistas e entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmam que ainda faltam evidências sobre sua segurança e eficácia.
O comitê de medicamentos humanos da EMA vai avaliar resultados de um ensaio clínico em curso, no qual cerca de 300 adultos com sistema imunológico saudável receberam uma dose de reforço aproximadamente 6 meses após o segunda dose.
De acordo com a agência, o resultado deve sair "nas próximas semanas".
A EMA também comunicará os resultados dessas avaliações em devido tempo. Por enquanto, a agência endossa o relatório técnico divulgado na semana passada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC), segundo o qual uma dose extra para pessoas saudáveis não é urgente.
As entidades ressalvam porém que a decisão deve ser tomada pelos grupos de aconselhamento de cada país, com base em dados específicos sobre a epidemiologia da doença, a capacidade do sistema de saúde, o avanço da vacinação básica e a disponibilidade de imunizantes.
A agência europeia autoriza, em caráter emergencial, o uso do fármaco da Pfizer em pessoas com 12 anos ou mais. Um processo de recomendação definitiva está em curso.
O governo italiano afirmou na semana passada que, após essa decisão, pode tornar obrigatória a imunização contra Covid de todos os habitantes adultos do país.