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Em tom de campanha, Roma diz que Bolsonaro não pode ficar 'desprovido de palanque' na BA
Foto: Max Haack / Ag. Haack / Bahia Notícias

Ex-aliado do presidente nacional do DEM e virtual candidato ao governo da Bahia, ACM Neto, o ministro da Cidadania, João Roma, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pode ficar “desprovido de palanque” na Bahia. A afirmação foi dada nesta sexta-feira (24), em debate sobre a retomada empresarial promovida pelo site Anota Bahia.

 

A declaração de Roma sugere que ele próprio pode ser o candidato apoiado pelo presidente da República ao governo da Bahia – colocando-se, portanto, como possível rival de Neto, seu ex-padrinho político. 

 

“É natural que, no próximo ano, não só o presidente Bolsonaro possa receber a gratidão daqueles que têm observado a gratidão e a atenção que ele tem com a Bahia, como, naturalmente, não poderá ficar desprovido de um palanque que defenda seus ativos, seu legado e suas ações junto ao estado da Bahia”, disse.

 

Apesar do tom de promoção do “bolsorromismo”, ele não verbalizou que será o candidato, mas afirma que não “vai se furtar de defender a Bahia e seus interesses”. “Tenho tido muito cuidado nesse trato, nesse momento que antecede o período eleitoral”, explica. “A gente não [pode] querer reduzir isso [momento no ministério] exclusivamente para as próximas eleições. As eleições são o momento em que nosso povo legitima o que aspira para o futuro”, acrescenta, enaltecendo o trabalho feito à frente da Cidadania.  

 

Roma não fala abertamente sobre uma possível candidatura ao Palácio de Ondina. No entanto, no último mês, matéria do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, apontou que ele, em conversas com apoiadores, admitiu o desejo de disputar a vaga. De acordo com outros ministros do governo, Roma contou que, para não "perder a vaga" na Câmara, lançará sua mulher, Roberta Roma, como candidata a deputada federal (leia mais aqui).

 

Em maio, num cenário mensurado pelo Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o Bahia Notícias, identificou que 15,2% dos baianos votaria no ministro caso ele fosse apoiado por Bolsonaro. Ele estaria atrás da dobradinha ACM Neto/Ciro Gomes (38%) e Jaques Wagner/Lula (33,6%) (leia mais aqui). 

Fonte:Mauricio Leiro / Matheus Caldas
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