Em meio ao impasse para a realização do Carnaval em 2022 ou não, o Sindicado dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed) publicou uma nota, nesta segunda-feira (22), se manifestando contra a realização da festa momesca em meio à pandemia.
"Por sua própria natureza de festa de multidão, a folia momesca envolve aglomeração, o que implica em aumento significativo de transmissão de doenças virais, o que é historicamente constatado pelos médicos nos atendimentos após o período carnavalesco. Com a pandemia, a propagação da Covid-19 na escala da maior festa popular do planeta poderia ser catastrófica", inicia a nota.
O órgão chamou atenção para as pessoas que foram vítimas da Covid-19 nos últimos dois anos, sobretudo, os profissionais da saúde que estiveram na linha de frente em combate à doença. Além disso, o Sindimed citou a quarta onda de novos casos da doença na Europa como exemplo para o Brasil.
"O nível de propagação da doença voltou a crescer em países da Europa. Isso ainda pode ocorrer no Brasil. O Sindimed considera que a realização do Carnaval contribuiria para agravar a situação de transmissão e assim o cenário voltaria a piorar dramaticamente na Bahia".
"Um outro fato que preocupa a categoria é que, havendo um novo avanço da Covid, poderá voltar a ocorrer o retardo verificado anteriormente, durante a pandemia, nos diversos tratamentos de pacientes com doenças crônicas tais como diabetes, hipertensão, obesidade e câncer".
REUNIÃO
Durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22), o prefeito Bruno Reis revelou que ainda nesta semana vai se reunir com o governador Rui Costa para decidir sobre a realização do Carnaval em Salvador.
"A nossa expectativa é que possa ocorrer, provavelmente, essa semana...Tenho fé de que a decisão está próxima de ser tomada. Se não for agora, vamos ver até quando pode ser adiada".