Para o deputado federal José Guimarães (PT-CE), os indicativos de desistência do governador de São Paulo, João Doria e do ex-juiz Sergio Moro em disputar a Presidência são sinais de “naufrágio da terceira via”.
“A terceira via não se viabilizou porque é um puxadinho do bolsonarismo”, afirma Guimarães, que coordena o núcleo do partido responsável pela estratégia eleitoral. Na sua avaliação, essa será uma eleição polarizada, porque a própria população escolheu assim.
Além disso, sustenta, faltou um projeto político e uma liderança capaz de levá-la adiante. “O projeto deles era o projeto do [ministro da Economia, Paulo] Guedes e do [presidente Jair] Bolsonaro”.
Doria comunicou na quarta (30) ao vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, que tinha desistido da campanha nacional e que permaneceria no cargo de governador.
A informação, antecipada pela Folha, explodiu como uma bomba nos meios políticos.
Na manhã desta quinta (31), no entanto, Doria já estaria voltando atrás. Diante das resistências, ele sairia do cargo para concorrer a presidente. E deixaria o caminho livre para Rodrigo Garcia assumir o governo —e, no cargo, disputar a sucessão estadual.
Já ex-juiz Sergio Moro (Podemos-PR) decidiu deixar o Podemos e vai assinar a ficha de filiação à União Brasil nesta quinta-feira (31).
Segundo o coordenador da campanha de Moro, o ex-juiz admite desistir de disputar a Presidência. A ideia é que ele debata com Bivar e decida em conjunto com o dirigente partidário a qual cargo será candidato.