O Orçamento de 2017 a ser finalizado pelo Ministério da Fazenda nesta semana não deve incluir aumento de tributos. De acordo com a equipe econômica do governo interino, a proposta de orçamento poderá, em compensação, trazer corte de despesas em relação ao estimado anteriormente.
De acordo com o G1, o projeto deve ser concluído até quarta-feira (24), mas ainda não há data para anunciar os números - a proposta deve ser apresentada ao Congresso Nacional até o final de agosto. O que já se sabe sobre as perspectivas para 2017 é teto de R$ 139 bilhões para o déficit primário (despesas acima de receitas, sem contar juros da dívida pública) e a entrada no novo ano com rombo de até R$ 170,5 bilhões nas contas públicas.
O déficit público deverá ficar acima dos R$ 100 bilhões em 2017 e estimativa de crescimento de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo o G1, há também a expectativa de revisão para cima do salário mínimo para o próximo ano, podendo chegar a R$ 950.
O incremento está condicionado à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, neste caso 2016, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No início de agosto, o mercado financeiro estimou que o índice usado para a correção do mínimo seria 7,96%.