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Ago / 2023 |
"Espero que os policiais não se intimidem e façam seu trabalho", diz coronel Sturaro sob |
Nos últimos meses, a Bahia foi palco de discussão sobre a implementação das câmeras de segurança nos fardamentos de policiais. Conhecidos como bodycams, os equipamentos servirão para monitorar as ações dos agentes e flagrar eventuais abusos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), as câmeras serão uma realidade ainda este ano. Nesta sexta-feira (18) e na próxima segunda-feira (21), as bodycams da empresa vencedora da licitação serão testadas pelo órgão.
Durante a prova, a qualidade das imagens e dos áudios captados durante ações policiais, autonomia da bateria, resistência, transmissão e armazenamento de imagens serão alguns dos pontos avaliados.
O coronel da reserva da Polícia Militar da Bahia (PM-BA), Humberto Sturaro, que disse concordar com a implementação dos equipamentos para monitoração, mas que antes disso é necessária uma mudança na condição de trabalho do policial.
“O policial militar precisa ter acompanhamentos psicológico e jurídico para exercer a atividade de forma legal e precisa. Além do armamento a altura para os combates, o PM precisa de condições totais para fazer o seu trabalho de forma segura para si e para os seus companheiros. Então, antes de um trabalho de monitoramento e fiscalização das ações, o policial precisa do conforto necessário para fazer a atividade de forma tranquila. Quando essas condições existirem, podemos cobrar os excessos do uso da força”, explicou o coronel.
Ainda de acordo com a SSP-BA, caso as bodycams testadas nos próximos dias atendam todos requisitos exigidos no processo, o contrato será assinado e a empresa, no prazo de 60 dias, deverá apresentar as primeiras mil câmeras. Depois mais 2.200 equipamentos serão entregues em até um ano.
Além de fiscalizar os possíveis excessos por parte da corporação, as câmeras também irão proteger os militares de falsas acusações. Perguntado sobre qual atitude ele espera dos PMs após as câmeras corporais serem acopladas, o coronel desabafou: “Espero que os agentes não se intimidem, tenham atitudes profissional, legalistas e façam seu trabalho sem hesitação".