18
Out / 2016 |
Sindicato Rural de LEM e Senar/BA certificam os primeiros gestores da empresa agrícola |
Cinco meses depois do lançamento oficial do curso para a região oeste da Bahia, o Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM) e o Senar/BA certificaram na última sexta-feira, 14, em Luís Eduardo Magalhães, os primeiros gestores da empresa agrícola. O projeto piloto foi implantado de forma inédita no município, com a participação de produtores rurais, filhos de agricultores, sucessores e gestores do empreendimento rural que, agora, poderão colocar em prática os ensinamentos obtidos em sala de aula. Depois de validado, o curso Gestão da Empresa Agrícola deve ser expandido para as demais regiões produtoras do país.
O curso foi criado a partir de uma solicitação do Sindicato dos Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães ao Senar/BA, a fim de atender a uma demanda existente dentro das propriedades agrícolas da região: contar com melhores gestores. Diante da necessidade de reformular a grade para atender aos anseios dos produtores e às características da região, o Senar Central foi de extrema importância para formatação do curso e do material didático.
“O Sindicato e os produtores rurais foram imprescindíveis para que pudéssemos oferecer esse curso, atendendo a demanda do mercado. Os instrutores que ministraram as aulas foram muito bons, então acreditamos que esse trabalho tenha sido positivo. Acreditamos que trará resultados aos participantes em seus negócios”, disse a coordenadora técnica do Senar/BA, Daniela Lago.
O resultado parece ter agradado. É o que conta uma das participantes do curso, Isabela Busato. “Gostei do curso, pois nos fez entender que precisamos deixar de pensar e agir apenas como se tivéssemos uma fazenda. Precisamos nos tornar uma empresa rural, passando a fazer uso dos instrumentos e das ferramentas que estão à disposição. Todos que participaram da turma estiveram muito empenhados em absorver o conhecimento repassado pelos instrutores, bem como compartilhar situações reais em prol do aprendizado e da resolução de problemas que são comuns para todos”, avalia.
Filho de produtor rural, Gabriel Masiero, também se diz satisfeito, pronto para implantar na propriedade da família, os conhecimentos que adquiriu durante o curso. “Foi muito importante saber que existem outras possibilidades de gerenciar, com métodos mais práticos, que facilitam e interferem de modo significativo na qualidade final. Com certeza vai auxiliar, pois agora já sabemos como devemos procurar”, destaca.
Sobre o curso
Criado com o objetivo de ensinar as noções de gestão do negócio rural, de modo teórico e prático, desde o primeiro módulo do curso os participantes foram apresentados a uma empresa fictícia, modelo, baseada nas características das propriedades rurais da região. Cada participante trouxe dados e questões reais sobre a sua empresa, para que pudessem, em conjunto e durante o curso, trabalhar essas informações, bem como criaram um plano de ação para melhoria ou mudança de questões relacionadas às atividades exercidas.
De acordo com o engenheiro agrônomo e mestre em economia rural, Gumercindo Fernandes, para que haja um efetivo resultado do curso é necessário que haja uma mudança de comportamento. “Neste curso destacamos conteúdos como gestão de pessoas, de produtos e de produção, com exercícios práticos e aplicáveis em qualquer propriedade. Pela avaliação dos participantes, o Senar acertou quando reformulou os conteúdos, pois muitas pessoas já estão aplicando dentro de suas empresas, aquilo que viram em sala de aula. Isso nos mostra que o objetivo foi alcançado”, encerra.
Para a presidente do Sindicato, Carminha Missio, o sentimento é de dever cumprido. “Este curso, neste modelo e com este foco, não existia dentro da grade do Senar. Nós solicitamos a formatação desse curso e, entendendo a importância do perfil desse profissional e a grandeza da agricultura do oeste da Bahia, fomos atendidos. O que para nós foi motivo de muita felicidade. Temos certeza que após esse curso, teremos não apenas melhores produtores, mas melhores gestores do negócio rural também”, destaca.