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Greve só começará após 72h, na sexta-feira (27)

Professoras e professores da Universidade Estadual da Bahia (Uneb) aprovaram greve por tempo indeterminado. Medida foi votada em assembleia geral docente, realizada no Campus de Salvador, na tarde desta segunda-feira (23). Seguindo as regras legislativas, a greve deve ser iniciada apenas na sexta-feira (26).

A greve foi declarada aconteceu após a categoria docente considerar "insuficiente a nova proposta apresentada na reunião da última quinta-feira (19)". Na ocasião, a terceira proposta foi colocada à mesa e encaminhada para análise da assembleia. Nela, o governo propôs reajuste salarial acumulado em 13,83% em dois anos, sendo 6,79% em 2025 (4,7% em jan / 2% em jul) e 6,59% em 2026 (4,5 em jan / 2% em jul).

De acordo com os sindicalistas, a nova proposta representa uma recomposição salarial (aumento acima da inflação) de 4,94%, juntando os valores dos anos de 2025 e 2026, utilizando-se as previsões inflacionárias do Boletim Focus. Segundo cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no entanto, a defasagem salarial devido à falta de recomposição inflacionária, desde 2015, chega a 35%.

De acordo com o que dispõe o Supremo Tribunal Federal, sobre legalidade do movimento grevista, após a aprovação é necessária a comunicação prévia à administração pública em, no mínimo, 72 horas de antecedência ao início da greve. Segundo sindicato, a greve deve cumprir os requisitos legais e manterá mais de 30% dos serviços essenciais na universidade.

O CORREIO entrou em contato com a Uneb e a Secretária de Educação da Bahia (Sec), mas não houve posicionamentos até a publicação desta matéria.

Negociação deve continuar

Nesta próxima quarta-feira (25), as representações sindicais das/os docentes das universidades estaduais da Bahia terão nova reunião na Secretaria Estadual da Educação. Além de levar as respostas das assembleias ao governo, a expectativa é a continuidade das negociações. Para a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) o movimento docente continua a demonstrar interesse em negociar, qualquer suspensão da mesa será uma decisão unilateral e arbitrária do governo.

Fonte:Correio da Bahia
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