Durante o julgamento de Elize Matsunaga, acusada de matar o marido, Marcos Kitano Matsunaga, realizado na manhã desta terça-feira (29), uma jurada passou ao ver partes do corpo da vítima. A jurada é uma das quatro mulheres que compõe o júri popular formado por sete pessoas. Ela teve náuseas e se emocionou ao ver as imagens em um telão montado em frente aos jurados. Uma das imagens era da cabeça da vítima. O júri acontece desde esta segunda-feira (28) no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo.
Elize responde pelo crime de homicídio qualificado e ocultação e destruição de cadáver. O crime aconteceu após uma briga com o marido em 2012. Ao perceber que a jurada passava mal, o promotor José Carlos Cosenzo pediu que a transmissão das imagens do corpo do empresário fosse momentaneamente interrompida. O próprio promotor iniciara a exibição das fotos, instantes antes, durante depoimento do delegado Mauro Gomes Dias, que investigou o caso à época e indiciou Elize.
O promotor quis confrontar a versão dada pela ré, de que teria atirado no marido em uma distância de dois metros e durante uma briga seguida de perseguição por parte de Matsunaga. O delegado afirmou que o tiro foi de uma distância de cerca de 20 centímetros. A distância impediu que a vítima se defendesse. O juiz Adílson Paukoski Simoni , que preside o julgamento, afirmou, assim que as imagens foram interrompidas, que questionou a jurada se ela teria condições de seguir no julgamento, em função da sua saúde, e se estaria apta a ver as imagens do processo.
Ela teria sinalizado que teria condições sim. Durante a exibição das imagens, Elize pediu para sair do local. Até então, ela abaixava a cabeça e era amparada pelos advogados. A ré ainda chorou em alguns momentos do julgamento. Ainda hoje, é esperado o depoimento do empresário Mauri Kitano Matsunaga, irmão da vítima. Ele também é testemunha da acusação.