A Associação de Oficiais Militares Ativos e Inativos da PM e do Corpo de Bombeiros (Aomai) divulgou nesta quarta-feira uma carta na qual pede ao governo do Rio de Janeiro o cancelamento do Réveillon em Copacabana. Segundo informações da revista Veja, a entidade defende que, por causa da “grave crise política e financeira que atravessa o Estado”, podem ocorrer manifestações de “proporções violentas”.

“A Aomai, antevendo a possibilidade de ocorrência de manifestações que, pela amplitude e quantidade de pessoas envolvidas, poderão tomar proporções violentas e atentatórias a integridade da população presente ao evento, recomenda o cancelamento dos shows artísticos e pirotécnicos no município do Rio”, diz trecho do documento, assinado pelo presidente da associação, coronel Adalberto de Souza Rabello, tendo como destinatários o governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Eduardo Paes. O coronel reformado da PM Paulo Ricardo Paúl, que participou da elaboração da carta, acredita que o risco de protesto é real.

“Já tivemos manifestações violentas no Rio de Janeiro neste ano e o melhor lugar para se protestar é o Réveillon de Copacabana, que recebe 2 milhões de pessoas. Isso pode causar uma tragédia terrível.”A Prefeitura do Rio de Janeiro se manifestou em seus perfis nas redes sociais, reforçando que o evento será realizado. “Vocês perguntaram e aqui está: vai ter queima de fogos na virada do ano, sim!”, disse a prefeitura nesta quarta-feira, ao fornecer informações sobre a famosa queima de fogos.

O Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil também divulgaram, nesta terça (27), o esquema montado para a festa. A expectativa é de que 2 milhões de pessoas se dirijam à praia de Copacabana, sendo cerca de 865.000 turistas. Neste ano, o evento contará com somente um palco, na altura do Copacabana Palace. A principal atração será um show do “Grande Encontro”, reunindo Elba Ramalho, Alceu Valença e Geraldo Azevedo, por volta das 21h45. A programação começa às 18h30 e deve se estender até depois das 3h.