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Mar / 2017 |
21 de março - Dia Internacional da Síndrome de Down |
APAE de LEM realiza atividades lúdicas com os alunos em praça da cidade
No Dia Internacional da Síndrome de Down que é lembrado nesta terça-feira, 21, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Luís Eduardo Magalhães, (APAE-LEM), organizou um dia dedicado a apresentações de capoeira. A primeira roda aconteceu às 10h, na Praça Acessível, em frente à Escola Monteiro Lobato. Pela tarde, às 15h, os alunos estarão novamente no local.
O presidente da Apae, Ronei de Jesus Pereira falou o que difere uma pessoa com síndrome de Down: excesso de amor. “Nós temos dois cromossomos, eles têm três cromossomos e isso os faz especial, com uma sensibilidade maior, porque o amor que eles manifestam por nós é sem igual. Com a Apae hoje fazendo esse evento, queremos chamar a atenção da população para a inclusão dessas pessoas cada vez mais na sociedade”, disse.
Do total de 170 pessoas com deficiência intelectual e múltipla, de 0 a 53 anos, atendidas pela Apae, 20 são com Síndrome de Down. Apesar da data lembrar uma deficiência específica, Pereira destaca que a ideia é conscientizar no geral. “Nós queremos chamar a atenção para a inclusão das pessoas com deficiência como um todo”, destacou.
Atualmente, a Apae conta com apoios do Poder Judiciário, empresários locais e pessoas físicas, mas a maior ajuda ainda é da Prefeitura, através de um convênio, como conta Pereira. “Nós contamos com principalmente o apoio da prefeitura, através de um convênio de cooperação mútua. A prefeitura tem com a gente a cedência de profissionais, na área de educação, saúde, ao todo são mais de 40 profissionais cedidos pela prefeitura. Se a gente não contasse com essas ajudas, a Apae não conseguiria fazer esse trabalho. Inclusive, estamos ampliando, com uma construção de 1500 m²”, contou.
A diretora Pedagógica da Apae, Noeli Winkler que há mais de oito anos atua na Associação, falou de como é gratificante o trabalho. “A gente percebe que as pessoas que vêm nos visitar, elas tem uma visão bastante distorcida. Tem alguns que nem querem visitar as salas, mas quando vêm o abraço, o aconchego das crianças, mudam a visão do que se tem da Apae, e das crianças também. Nossos alunos são carentes de amor, mas no nosso trabalho a gente sempre está ao lado deles. Nós temos o apoio dos pais, da diretoria, que faz o trabalho voluntário. E fazem com que a Apae cada dia mais cresça”. Os alunos contam com aulas de natação, música, capoeira, e a gente ver vários talentos. E eles participam de vários eventos. “Quando os professores estão com eles, eles se doam realmente. Aprendem, não aprendem tão rápido quanto as pessoas ditas normais, mas têm um bom aprendizado e alguns deles se destacam”, contou Noeli.
Um exemplo disso é Tatiane de Souza, de 27 anos, uma das primeiras alunas da Apae na cidade, ainda em 2004. Tatiane foi destaque numa competição internacional. “O esporte é minha vida. Em 2009 eu fiquei em 2º lugar na Olimpíada Internacional das Apaes, realizada em Minas Gerais, com o salto à distância. Eu gosto de tudo, esporte pra mim é tudo. Comecei a praticar Capoeira na Apae, tenho nove anos de Capoeira e agora eu sou instrutora”, contou.