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A consultoria AgRural reduziu em 700 mil toneladas sua estimativa para a produção de soja no Brasil natemporada 2015/2016, que está em fase de colheita. Com isso, a projeção atual considera safra de 99 milhões de toneladas, ainda um recorde.  O corte é resultado do clima quente e seco que afetou as lavouras da região conhecida como Matopiba, que abrange os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O calor e a falta de umidade registrados em fevereiro comprometeram as plantações justamente no período reprodutivo, fase crucial para determinar a produção das plantas.

As projeções de rendimentos das lavouras sofreram cortes de duas a cinco sacas por hectare. Os estados mais afetados são Tocantins, Maranhão e Bahia. “No Maranhão e no Tocantins, onde 12% e 19% da área está colhida, a estimativa de produtividade caiu de 45 para 40 sacas. Na Bahia, a colheita está em 15% e a produtividade média foi reduzida de 47 para 42 sacas. No Piauí, 8% da área foi colhida e a produtividade passou de 42 para 39 sacas”, diz boletim da AgRural.

Paraná e Santa Catarina também contribuíram com a revisão na estimativa de safra da consultoria. Diferentemente do Norte e Nordeste, os dois estados foram impactados por chuvas acima da média e falta deluminosidade, que também reduzem o potencial das lavouras. A produtividade paranaense foi revisada para 54,5 sacas por hectare, 0,5 saca a menos que a previsão anunciada no mês passado. Já os produtores catarinenses devem colher média de 54 sacas por hectare, ante 54,4 calculadas em fevereiro.

A expectativa de rendimentos em Mato Grosso e Goiás, por outro lado, foi ajustada para cima pela consultoria. No caso de Mato Grosso, a previsão é que as plantações rendam 50,5 sacas por hectare. Por sua vez, Goiás tende a tirar dos campos 52,5 sacas por hectare, em média. Em Mato Grosso do Sul, a AgRural manteve sua expectativa de produção em 53 sacas por hectare.

Além dos ajustes na produção nacional, a consultoria informou que a colheita brasileira avançou para 52% do terreno total ocupado pela soja. Há um ano, esse índice era de 50% e a média das últimas cinco safras, 47%.

Fonte:Globo Rural
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