Sob as sombras das mangueiras, às margens do Rio de Ondas, com alegria, interação e muitas histórias para contar. Foi assim que egressos, acadêmicos do Curso de Agronomia e outros colegas de profissão passaram o dia, no último sábado (20), em Barreiras. A confraternização, que marcou o encerramento do 5º Encontro Agronômico (ENAGRO) da Faculdade São Francisco de Barreiras, lembrou também os dez anos de formação da primeira turma. Uma excelente oportunidade para rever os amigos, trocar ideias e comemorar o sucesso de cada um na profissão.
Na ocasião, o coordenador do curso de Agronomia, Jorge da Silva Júnior, falou sobre postura da instituição em relação aos alunos que concluíram o curso desde 2007 e migraram para outras regiões. “A gente mantém esse vínculo, sabe o que a pessoa está fazendo, isso é fundamental para nós sabermos o que está acontecendo na Agronomia em outras regiões. É uma importante forma de trocar informação”. Ele tratou também da necessidade do mercado por profissionais da área. “Além de estarmos na região do Matopiba [fronteira agrícola que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia], que tem grande demanda por profissionais desta área, há uma nova realidade aqui no oeste baiano, onde muitos dos agrônomos que se formam, trabalham para empresários do agronegócio que também se formaram na FASB”, explicou.
Um dos muitos casos de egresso da instituição que hoje trabalha fora da região é o do engenheiro agrônomo Yann Pavão. Após a formatura, ele passou a residir em Belo Horizonte (MG), onde atua em projetos de agricultura orgânica e biodinâmica. “Para mim é uma alegria muito grande participar desse encontro. Eu estava há 11 sem vir para cá, e sem essa iniciativa eu demoraria muito mais. É gratificante rever os colegas, professores e ver como a faculdade cresceu e se desenvolveu. Hoje tem Agronomia forte e até curso de Medicina”, disse. O profissional falou também sobre o mercado de trabalho. “Aqui é o polo. Eu aconselho aos novos agrônomos a ficarem na região e criarem identificação com o lugar”, sugeriu.
“Minha família tem tradição na agricultura, trabalhamos com esta atividade desde os tempos em que morávamos no Rio Grande do Sul, de onde saímos 25 anos atrás. Na vida temos sempre um sonho. O meu era avançar, progredir e construir minha trajetória nesse ramo que tanto gosto, então fui estudar na FASB e hoje estou completando 10 anos de formação e atuação na Agronomia”, comemora Henrique Gheller, que trabalha em uma multinacional com forte atuação no cerrado baiano.
Um dos representantes da Associação dos Engenheiros Agrônomos da Bahia presentes ao evento, Antonio Grespan, aprovou a ideia de transformar a confraternização em um encontro anual. “Para nós é muito bom participar desse evento. São novos ventos que sopram na sociedade atualmente. Essa integração nos dá a oportunidade de juntar a energia do jovem que sai da faculdade trazendo inovações, mas questionando tudo no sistema, com o conhecimento adquirido por profissionais mais experientes”, comentou. Durante o encontro, que teve a animação da cantora Stefany Sabel e banda, as turmas de 2007 e 2008 foram homenageadas com uma placa comemorativa.