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Jan / 2019 |
Prefeitura de LEM promove campanha contra a Hanseníase |
Em alusão ao Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, celebrado anualmente sempre no último domingo do mês de janeiro, a Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de Saúde, promoverá em Luís Eduardo Magalhães, orientações e ações educativas de combate e prevenção a hanseníase, objetivando alertar a população sobre os principais sintomas e riscos da doença, além de incentivar a procura pelos serviços de saúde para o início do tratamento.
As ações começaram nesta segunda-feira (21), com palestras e busca ativa para diagnóstico da doença nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) das zonas urbana e rural do município, e orientação dos agentes de saúde e de combate às endemias nas visitas domiciliares realizadas junto à população.
Segundo o Ministério da Saúde, a hanseníase (Lepra) é uma doença crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae, bacilo que tem a capacidade de infectar grande número de indivíduos, e atinge principalmente a pele e os nervos periféricos, com capacidade de ocasionar lesões neurais, conferindo à doença um alto poder incapacitante, principal responsável pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela doença.
Se não tratada na forma inicial, a doença quase sempre evolui, torna-se transmissível e pode atingir pessoas de qualquer sexo ou idade, inclusive crianças e idosos. A transmissão da doença ocorre por meio de contato próximo e prolongado de uma pessoa suscetível (com maior probabilidade de adoecer) com um doente com hanseníase que não está sendo tratado.
“Normalmente, a fonte da doença é um parente próximo que não sabe que está doente, como avós, pais, irmãos, cônjuges, etc. A bactéria é transmitida pelas vias respiratórias (pelo ar), e não pelos objetos utilizados pelo paciente”, explicou a Diretora de Vigilância em Saúde, Arisleide Bispo.
Os principais sintomas são manchas mais claras, vermelhas ou mais escuras, que são pouco visíveis e com limites imprecisos, com alteração da sensibilidade no local associado à perda de pelos e ausência de transpiração. Quando o nervo de uma área é afetado, surgem dormência, perda de tônus muscular e retrações dos dedos, com desenvolvimento de incapacidades físicas. Nas fases agudas, podem aparecer caroços e/ou inchaços nas partes mais frias do corpo, como orelhas, mãos, cotovelos e pés.
Em Luís Eduardo Magalhães, o Programa de Hanseníase se encontra descentralizado em todas as Unidades Básicas de Saúde. Os casos que necessitam de exames laboratoriais para o diagnóstico da doença são realizados no LACEN com demanda aberta, ou seja, sem necessidade de passar pela regulação do município. Todos os pacientes diagnosticados com hanseníase são acompanhados pelas UBS e pelo departamento de Vigilância Epidemiológica. Este último atua com a realização de visitas domiciliares e controle de todos os contatos do paciente.
“Constando os sintomas, as pessoas devem procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, de segunda à sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30 às 17h, para confirmar o diagnóstico da doença e iniciar o tratamento”, alertou Arisleide Bispo. “O tratamento é gratuito, varia de seis meses a um ano, é eficaz e cura. Ainda no início do tratamento, a doença deixa de ser transmitida. Familiares, colegas de trabalho e amigos, além de apoiar o tratamento, também devem ser examinados”, concluiu.