Representantes de movimentos sociais, estudantes, centrais sindicais e pessoas não vinculadas a entidades realizaram um ato de apoio ao governo da presidente Dilma Rousseff e contra o impeachment na tarde desta sexta-feira (15), em Salvador. Conforme os organizadores, cerca de 30 mil pessoas caminharam da Praça Dois de Julho, no bairro do Campo Grande, até a Praça Castro Alves, no Centro Histórico. Já para a PM, o número chegou a 20 mil.
A concentração para o ato começou por volta das 15h e a caminhada rumo à Praça Castro Alves foi iniciada às 16h. Por volta das 19h, foi encerrada a mobilização.
Lideranças fizeram discursos a favor da democracia com apoio de um trio elétrico. "O MST está aqui para dizer que nós vamos lutar até as últimas consequências, mas o golpe nunca mais irá se instalar nesse país", defendeu o diretor do MST, Evanildo Costa.
Representando a Arquidiciose de Salvador, o padre José Carlos afirma que a carta recente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgada contra o impeachment de Dilma Rousseff mostra que "a Igreja Católica não quer repetir o erro do golpe de 64". "O direito conquistado não pode ser violado", afirma.
O presidente do PT na Bahia, Everaldo Anunciação, afirma que a mobilização desta sexta-feira foi um aquecimento para "a vigília conta o golpe" marcada para o domingo (17), no Farol da Barra.
"O espírito hoje é de aquecer. Estamos aqui para dizer que não vai ter golpe e defender a estabilidade econômica, diz".
"Vim para defender a presidente da República. O que está acontecendo hoje não é muito diferente do aconteceu naquela época, no golpe de 64", afirmou Edite Vitória, 77 anos, entre os manifestantes.