Produtores de milho, soja e algodão da região oeste da Bahia, a Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) se reúne com bancos e fornecedores em rodadas de negociações para pedir mais crédito e análise do caso de cada produtor, tendo em vista às perdas de safra ocasionados pela falta de chuva. A estimativa é que o prejuízo chegue a R$ 1 bilhão.
“O nosso histórico é de produtividade, de crescimento. O que nós precisamos agora é que o crédito seja mantido na região e os produtores que tiverem que fazer renegociação caso a caso que tenham acesso a isso, como o manual de crédito rural permite”, diz o presidente da Aiba, Júlio Busato.
Em reunião realizada nesta semana com a associação, o superintendente estadual do Banco do Brasil, Carlos Alberto Ramos, disse que instituição sabe que a agricultura passa por um momento delicado e já sinalizou apoio.
“Seja qual for a situação definida, o banco sempre estará aberto para analisar a situação de cada produtor, fazer recolhimento de receita que de fato ocorreu, prorrogar o que precisa ser prorrogado e apoiar com novo financiamento”, afirma.
Com a falta de chuvas, grande parte das lavouras de milho, soja e algodão foi perdida. Segundo estimativa da Associação dos Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), a região terá 37,5% de quebra na safra da soja e 30% na de milho. O algodão ainda não começou a ser colhido, mas a estimativa é que as perdas na cultura cheguem a 40%.
As perdas na fazenda do produtor Selmo Cerrato estão acima da média da região. Ele soma perdas de 60% da soja, e até 70% do milho. Ele aposta na próxima safra para equilibrar o prejuízo.
“Compensar a produtividade com a adubação que foi feita esse ano, com a tecnologia de implantação da lavoura, com o perfil de solo, buscar o máximo potencial para a próxima safra, porque essa já está comprometida", avalia.