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O “cacetinho baiano” já causou muita polêmica em 2011, mas deve voltar a crescer dentro da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) nos próximos meses. Apresentado originalmente pelo agora deputado federal Mário Negromonte Jr. (PP), o projeto propõe que sejam adicionados 10% de fécula de mandioca na farinha de trigo que compõe o pão na Bahia.

Após passar por três comissões e gerar fortes críticas da indústria de panificação do estado, o texto parou de tramitar na AL-BA por causa da seca. “Houve a seca, então a produção da fécula na Bahia, da produção de uma forma geral, foi afetada.

Não era o momento pra poder chegar com um projeto como esse. Eu mesmo vi que tinha que passar aquele momento de crise hídrica”, explicou Negromonte Jr. ao Bahia Notícias. A volta do “cacetinho baiano” – como ficou conhecido – foi fruto de um acordo entre o deputado federal e o parlamentar estadual Eduardo Salles (PP). A reapresentação do projeto deve ser feita na próxima quinta-feira (28), durante sessão especial em homenagem à Cadeia Produtiva da Mandioca.

Segundo Salles, ele foi a pessoa que estimulou o “cacetinho” de Mário. “Na época em que eu era secretário estadual de Agricultura, provoquei o deputado Negromonte sobre a importância desse projeto. Fui eu que embasei, que ajudei na concepção. Só que agora o projeto é mais moldado, mais adaptado à questão da Bahia”, avaliou o deputado estadual.

O novo texto deve trazer mudanças, como a entrega de certificados sociais para as padarias que implementarem a mudança e o escalonamento da inserção da fécula da mandioca. “Vai ser a conta-gotas. Vamos escalonar a substituição pela mandioca. Primeiro vai ser 2%, no outro ano 4%, até chegar a 10%. Isso não tinha no outro projeto, ele era mais geral. Agora é mais adequado”, defendeu. Com as modificações, Salles espera evitar novas polêmicas em torno do projeto, permitindo que o “cacetinho” cresça mais rápido.

“Um projeto mais geral deu espaço pra controvérsias. Espero que não tenha tanta polêmica. Lógico que é uma ideia nova, mas pelo menos eu tentei nesse novo projeto ser mais adequado à realidade da agroindústria baiana, à realidade de produção no estado. Fizemos um longo estudo pra ver o que a Bahia pode em função da seca, da indústria existente. Essa mudança vai beneficiar as famílias que produzem a mandioca, mas também a questão da saúde, já que a fécula não tem glúten”, explicou.

Fonte:bh notícias
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