Os investimentos em infraestrutura no País somaram R$ 26,6 bilhões no ano passado, entre recursos do setor público e privados relativos aos contratos de concessão, informa o Caderno de Transportes 2015. O balanço de atividades de 2015 foi publicado nesta segunda-feira (2) pelo Ministério dos Transportes, demonstrando os avanços do setor no período.
Entre os anos 2011-2014, o setor de infraestrutura apresentou evoluções importantes, também a partir das parcerias entre os setores público e privado, promovendo o aumento da capacidade das vias, atraindo maior competitividade para o setor em âmbitos nacional e internacional.
De 2012 a 2013, especificamente, os investimentos do Ministério dos Transportes subiram de R$ 15,5 bilhões para 16,3 bilhões. Destaque para a duplicação de investimentos em ferrovias, em relação ao ano anterior: de R$ 1,04 bilhão para R$ 2,5 bilhões.
Rodovias
Em 2015, os recursos disponíveis foram utilizados para a duplicação, adequação e construção de rodovias administradas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Os investimentos no modal por meio de recursos públicos totalizaram R$ 6,3 bilhões.
No exercício, foi possível a conclusão de 391 obras, com a realização de 329,81 quilômetros de duplicações, além do início de outras 146, em razão da assinatura de Termos de Ajuste de Conduta (TAC), entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e as concessionárias, promovidas em 2013. A partir do setor privado, foram investidos R$ 5,8 bilhões.
Destacam-se também 42.765,30 quilômetros da malha rodoviária federal que foram atendidos por meio dos Programas de Contratação, Restauração e Manutenção por Resultados de Rodovias Federais Pavimentadas (PROCREMA), aliados às obras de restauração e serviços de conserva rotineira.
Ferrovias
Entre 2011 e 2014, foram concluídos 913,7 quilômetros de ferrovias. A expansão da malha ferroviária, fundamental para a cadeia logística do País, registrou em 2013 a execução de trechos da Ferrovia Norte-Sul com investimentos de R$ 6,04 bilhões. Outros R$ 4,23 bilhões foram investidos na Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e mais R$ R$ 7,53 bilhões na construção da Nova Transnordestina.
No ano passado, houve o investimento pelas concessionárias de R$ 7.658 milhões. O transporte por ferrovia atingiu a marca de 485,4 milhões de toneladas úteis (TU) no ano.
Pelo Programa de Aceleração do Crescimento, destacaram-se as execuções de 15% da Ferrovia Norte Sul (FNS) – Extensão Sul, trecho Ouro Verde/GO – Estrela d’Oeste/SP (682,0 km); 15% da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), trecho Ilhéus/BA – Caetité/BA (537 km) e mais 8% da FIOL no trecho Caetité/BA – Barreiras/BA (485 km). A Ferrovia Nova Transnordestina registrou avanços em sua execução: foram lançados 599,5 km de superestrutura.
Hidrovias
Foram executadas ações em mais de 6 mil quilômetros de hidrovias para garantir a navegabilidade. Dentre as intervenções realizadas estão sinalização, adequação de pontes, adequação de canais, melhorias em eclusas, retiradas de obstáculos e dragagens de manutenção.
Foram realizadas obras de adequação e melhoria nos corredores das hidrovias do Paraná, Paraguai e Brasil – Uruguai, com destaque para as dragagens de manutenção no tramo norte do rio Paraguai e no rio Taquari e para a manutenção da sinalização das hidrovias do Paraguai e do Paraná.
Além dessas intervenções, também deve ser ressaltado o apoio aos melhoramentos na Hidrovia do Tietê, com a continuidade da obra de ampliação do vão da ponte ferroviária Ayrosa Galvão e com o início das obras do atracadouro de espera da eclusa de Bariri.